“O SUCESSO DAS FRANQUIAS NO BRASIL”

 

Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo

 

      As franquias no Brasil continuam crescendo, mesmo a crise econômica internacional, não impediu o desenvolvimento do setor no país. No exterior, o crescimento existe com intensidade menor que a brasileira.

      O setor de calçados e acessórios pessoais foi o que mais cresceu com aumento de faturamento da ordem de 44,8% em 2008, existem expectativas positivas para 2009.

      Em 2008, mesmo com o abalo do sistema financeiro, o seguimento cresceu 19,5% em faturamento e 15,2% em número de redes comparado com 2007. O único segmento de franquia que amargou uma retração foi o de limpeza e conservação com queda           -1,4%. Destaco o aumento também, alimentação 20%, esporte-beleza 25,8%, hotelaria e turismo 11,8%, vestuário 20%, veículos 31,7%, móveis e decorações 7%, educação 3%.

      Na cri$e surgem oportunidades reais, mas evitar erros na gestão e montagem de uma empresa também é essencial, fazendo com que o seguimento de franchising passe a ter um atrativo ainda maior de diminuição de riscos operacionais, técnicos e financeiros na gestão de um novo negócio.

       A demanda interna aquecida e o acesso das classes C e D ao consumo tem incentivado a manutenção de investimentos do setor.

       As projeções da ABF – Associação Brasileira de Franchising é bem otimista para 2009, estimam um crescimento de 13%, considerando o fator crise.

       Há a possibilidade de várias lacunas do mercado possam ser ocupadas por franquias, a estabilidade financeira do país, a política econômica e a volta dos créditos, facilitam a busca de novos empreendedores.

       Como o Brasil é visto no exterior como uma das mais promissoras rotas de investimento da atualidade, a atenção de redes de franquias internacionais pelo país, tende a aumentar. Segundo a World Franchising Council, o Brasil ocupa a 4ª posição mundial do setor. Fonte: www.worldfranchisecouncil.org/.

        O setor de franquias auxilia a sociedade de várias formas, desde a diminuição dos insucessos provocados no período de vida de criação de um novo empreendimento até a recuperação de auto-estima de executivos bem preparados a voltarem no mercado com sucesso. Podemos dizer que o franchising impulsiona a economia onde ela está inserida com suporte técnico e atividades bem definidas. Geradora de empregos, além de preparar mão-de-obra, serve de base de orientação para um serviço de boa qualidade, com raras exceções.

        A responsabilidade do processo de uma franquia cria compromissos para o resto da vida. O sistema é claro, o dono do estilo de negócio é o franqueador e o franqueado adquiriu a idéia e diminui seus riscos de capital.

        Analisar de forma correta a franquia e a forma de gestão do negócio compete ao franqueado, portanto ele é que assume a maior parte dos riscos. Mesmo uma franquia pode não ter sucesso se regras e detalhes forem esquecidos.

        As taxas de retorno do negócio dependem da agressividade comercial do franqueado e do tipo de franquia escolhida.

        Existem linhas de crédito como o BB Franquia (Banco do Brasil) e Franquias da Caixa (Caixa Econômica Federal), os financiamentos variam de R$ 20 mil a R$ 2 milhões, com tempo negociado e taxas que oscilam entre 0,83% a 3,53% ao mês.

        Alguns sites interessantes como: http://www.clubefranquiabacana.com.br/; http://www.portaldofranchising.com.br/, explicam sobre esta área de negócios. Existe também a revista Franquia e Negócios, que aborda temas interessantes.

        O quintal de maior visibilidade das franquias é geralmente os Shopping Centers e estes com investimentos mantidos para 2009, a tendência de crescimento para mercado de Franchising no Brasil é prevista pela Abrasce – Associação Brasileira de Shopping Centers. 

        Na busca de investimentos mais seguros, a franquia transforma-se em mais um instrumento de aplicação econômica.