O sol é testemunha

É fato: a prefeitura de Teresina trata mal os passageiros de ônibus e, dentre as várias capitais e cidades do mesmo porte, se destaca. No conjunto, falta de respeito, por descaso ou incompetência, considerando as condições climáticas, a não menos de mais da metade da população que usa regularmente ou algumas vezes os coletivos da nossa cidade. Sistema de transporte (concessão do município), do prefeito de plantão, que há anos apenas dorme. Cochila em salas refrigeradas, assépticas, dirão muitos, se consideramos o verdadeiro "mistério" da não implantação da integração e construção das paradas de ônibus. Amenizaria as precárias condições vida de população massacrada há décadas. O usuário do coletivo, com a integração, pagaria uma só passagem bairro-centro (outro bairro). Por demais discutidos e provados o peso dos gastos com transporte na renda familiar. Os argumentos da não realização de ambos padecem de convencimento, considerando que um prefeito eleito é investido de poder popular, juntamente com a câmara municipal na elaboração de projetos, para o atendimento da população na solução das diversas problemáticas. Envolvem as políticas públicas, relacionada, só para citarmos exemplos: educação, saúde, meio ambiente, moradia, outros. São as empresas de transporte coletivo que comandam, pela ausência ou insuficiência proposital, ditam as políticas públicas para o transporte em Teresina? Alguns dizem, parece. Não há mais razoabilidade em aceitar argumentos de ninar, cantigas de pendências judiciais, puxa-encolhe, pulitricas de recorrências, Teresina a 40 graus. Cotidianamente, faça chuva, faça sol, a população padece a espera de um milagre: integração dos transportes públicos e construção de paradas dignas, confortáveis, funcionais. Com controle eficiente dos horários de passagem dos ônibus. João Pessoa na Paraíba tem uma fiscalização rigorosa, são inúmeros fiscais nas paradas diariamente registrando. O Ministério Público, OAB, a quem compete, precisam e, se sintam provocados. Despertar para o estado de calamidade e descaso que há anos perdura na solução da problemática em questão. Os aguardos do coletivo, não estão falando apenas no centro, nos bairros também, o ano inteiro, é uma forma de tortura. Já afeta diretamente, pela exposição ao sol e calor intermitente, a saúde da população, provocando vários problemas, associado a outros fatores, como dores de cabeça, desidratação, esgotamento, golpe de calor. Sem falar na irritabilidade crescente das pessoas quando no ponto do ônibus, que nas mais das vezes é um pedaço de madeira. Desgastante. Obviamente, o aumento na temperatura é provocado pela ação nefasta do homem com relação às agressões ao meio ambiente. O prefeito da cidade não é o único responsável pelas ondas de calor, somos todos no trato com o meio ambiente, às que lhe dizem respeito ,são as fortemente irradiadas quando nós (os súditos) sugerimos ,formulamos uma crítica construtiva. As contradições, o ato de divergir gera o novo. Como dizia o grande educador Paulo Freire "Se não inventarmos o novo, o novo se criará sem nós". A humildade é um traço dos verdadeiros líderes, não a arrogância que mata pela sede de poder, presunção de presépio. O sol é a nossa testemunha.


Renato Uchôa
(educador)