O silêncio dos iguais.

Somos chamados diariamente a compor um exército chamado cidadania. Isto implica dizer que não podemos transformarmos em seres omissos ou escusos às coisas que são relativas aos cidadãos.

Se deixarmos de exercer as funções do exército chamado cidadania, poderemos não só padecer com a violência dos tiranos, mas com pior forma de violência, o silêncio dos iguais.

Não podemos nos calar, não podemos omitir, sob pena de regredirmos à condição de escravos, ao passo que os grilhões desta escravatura podem conduzir a sociedade em que vivemos até a morte.

Ainda que a morte tenha data incerta, é um evento certo à existência de todos os seres humanos, mas a morte em que nos referimos, não é somente a morte da existência, mas sim a morte das liberdades, a morte das condições dignas de vida, a morte da essência humana.

Portanto, é nosso dever quebrar a estaticidade do silêncio, convergindo nossos olhos, ações e argumentos para vida dinâmica da sociedade, combatendo tudo aquilo que é contrário aos interesses difusos.

Não podemos permitir que as vontades dos senhorios sangrentos sejam oponíveis à vontade e desígnios do exército o qual fazemos parte, o exército nomeado cidadania.