O silêncio contemplativo.
Publicado em 31 de janeiro de 2013 por Edjar Dias de Vasconcelos
O silêncio contemplativo.
Hirta se a ânfora que descreve a miudeza.
Do olhar que parte por meio da sombra do tempo.
Nada além do sentimento parcimonioso descrito.
Parêmia ao destino fulgura a imaginação dispéptica.
Fundiram a alma no repuxo do pêndulo perfunctório.
O olhar fechado a esmo ao alheamento da saudade.
O despropósito transparente como metafísica imaginativa.
Elícito embala a ideia comum das searas mitigadas.
Gestos daninhos alheou o piscar dos olhos diariamente.
Naquela noite recordo de tudo e não tinha nada mais a dizer.
Os mistérios recordam a intensidade dos sonhos ao horizonte fechado.
Só de sentir e pensar e ver os vácuos nas possibilidades as avessas.
O medo incerto do princípio avulso apelintrado a eternidade.
Nada além das veleidades comuns ao significado eduzido.
Ergue se ao olhar distante aquele caminho perdido as ideologias.
Algumas idiossincráticas ao modelo derivativo a imaginação.
Nada além de um pretexto dialético pedido a materialidade idealista.
Como se fosse grandevo a luz de ânsias festivas aos sintomas.
As caudas dos trovões aos sinais das ideias determinantes as aspectos comuns.
Inópia do destino inimistado insípido as instruções desmaterializadas a indução.
Esse tempo que não é o tempo, do mesmo modo o outro instante que não será também.
Consequentemente a era dos momentos desmerecidos as grandes intuições.
Um espaço ao remo destinado as figurações das ondas as madrugadas.
O ar que ergue a calma das tempestades que passaram.
As amarras horizontais destinadas ao elevado olhar sombrio dos sonhos.
De um porto infinito a pálida paisagem destinada à liberdade melancólica.
Um vácuo sem fim preso no ar no universo afora provando sombras.
Ondulas a verticalidade absolta ao meio destinatário do intervalo previsível.
A ti Nicomedes Costa de Vasconcelos, pôde saber com veemência o ultimo segredo.
O vasto olhar turbilhonado profundo a desnecessidade do mundo.
Sei que tudo isso é muito tarde, tivemos um pouco de sorte, mas perdemos a sorte.
Digo a vossa pessoa o inopinado canto perdido ao olhar distante.
Basta-me a esse momento durante o tempo da existência percebi o que teria que ser essencial.
E tudo isso foi comunicado de forma indelével a quem teve ouvido para escutar.
Olhos para verem e cérebro para memorizar, linguagem com a finalidade da interpretação.
Edjar Dias de Vasconcelos.