Quando se trata de avaliação de modo geral, o primeiro pensamento é “notas”, exercícios, entre outros. Mas ela extrapola o âmbito acadêmico, haja vista que a avaliação esta presente em nossa vida. Pois quando avaliamos estamos julgando positiva ou negativamente algo ou alguém.

Embora a avaliação faça parte do cotidiano é na escola que ela aparece mais fortemente ligado ao que se faz neste espaço, tanto por parte dos professores como por parte dos alunos. As atividades e tarefas propostas pelos professores visam identificar o que o aluno aprendeu. E a cada situação escolar vivenciada, os professores vão coletando informações que lhes permitam identificar o processo de ensino e aprendizagem e tomar decisões sobre o que fazer.

A avaliação precisa estar baseada em registros que permitam o acompanhamento dos diferentes momentos pedagógicos. Esses registros são possíveis por meio do uso de variados instrumentos (testes, trabalhos, anotações) e todas as formas de expressão do aluno que permitam ao professor acompanhar o processo de aprendizagem/desenvolvimento.

São vários os instrumentos que podem ser  utilizados para investigar o aprendizado das crianças, entre eles o portfólio.  Autores como Hoffmann (1996), Luckesi (1996), Bassedas (1999), apresentam o portfólio como uma coletânea de materias produzidos pelo estudante, de maneira que se possa fazer uma seleção representativa dos seus trabalhos, para analisa-los e refletir sobre eles.

O objetivo principal do portfólio, é de reunir os trabalhos não somente para comunicar os sucessos dos alunos, mas também para que os professores possam acompanhar de forma significativa o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças da primeira infância.  Além de oferecer oportunidade das mesmas registrarem continuamente, suas experiências, o professor também tem a oportunidade de perceber os êxitos e as dificuldades da parte do aluno. Isto pode ser essencial para a melhoria das suas metodologias usadas em sala para o ensino dos conteúdos e para o encaminhamento das atividades dos alunos, porem  muitas  instituições de educação infantil privadas te, como  instrumento de avaliativo o portfólio. Com dados de pesquisa, foi possível perceber que não são observados alguns princípios que caracterizam o portfólio como um meio de se colocar o estudante como responsável por seu processo de aprendizagem, favorecendo a análise de singularidades e peculiaridades do desenvolvimento de cada um. Adota-se o portfólio com um entendimento equivocado de seus princípios. O significado que essas instituições dão ao portfólio, nem sempre diz respeito a trajetória da aprendizagem do aluno, mas acaba por se tornar uma coleção de atividades soltas que pouco contribuem para colocar em evidência o desempenho das crianças ou as hipóteses que levantou e os resultados que alcançou por si mesmo. O objetivo volta-se a mostrar um trabalho (portfólio) bem apresentável aos pais á fim de agradar, e até mesmo usando esse portfólio como marqueting da instituição deixando o desenvolvimento da criança em segundo plano.

 Este instrumento de avaliação pode ser capaz de dar as crianças um suporte para aprimorar suas aprendizagens, e ao professor dar respostas as suas expectativas de ensino

Estudar o portfólio como uma prática avaliativa possível no cotidiano escolar da educação infantil implica em compreende-lo como uma alternativa capaz de superar formas tradicionais de avaliação e analisar os benefícios de sua utilização.

Estudar a Educação das crianças de 0 a 5 anos, implica em compreender a evolução histórica desta modalidade de ensino e as reformas implementadas pelo Ministério da Educação e Cultura, através da Leis de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 e do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil que trouxeram significativas mudanças para desenvolvimento desta etapa da educação na primeira infância...