Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa realizada com os profissionais de Serviço Social das 1ª e 2ª Varas Especializadas de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da comarca de Cuiabá. O presente trabalho sintetiza os resultados da análise sobre os impactos da reestruturação produtiva no Serviço Social, principalmente no que se refere às alterações no mercado de trabalho, destacando alguns elementos importantes para entender as mudanças na profissão e, de que modo às relações e condições de trabalho precarizam a atuação profissional do Serviço Social. Todas as transformações advindas da reestruturação produtiva têm rebatimentos importantes sobre a classe trabalhadora, tanto nas condições de venda da força de trabalho, quanto em sua forma de organização e mobilização de classe, tal modelo de reorganização é ainda incapaz de absorver o grande contigente de trabalhadores. As conseqüências da reestruturação produtiva conformam um pano de fundo, visto que, molda, constitui e altera as necessidades sociais da população, atendidas pelo Serviço Social, e altera a organização do trabalho profissional estabelecendo novas exigências à profissão. Esses rebatimentos se refletem também na categoria profissional de assistentes sociais, uma vez que o assistente social é um trabalhador assalariado, inserido na divisão sócio-técnica do trabalho, que depende da venda de sua força de trabalho pra garantir seus meios de sobrevivência, os desafios éticos-políticos propostos no projeto societário que o Serviço Social defende, convoca a categoria para a necessidade de profissionais propositivos e comprometidos na luta contra o avanço o projeto neoliberal.