Roque Sergio B. Ribeiro[1]


[1] Aluno especial do programa de Mestrado em Cultura, Memória e Desenvolvimento Regional

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho pretende analisar a historicidade da cultura cigana em Cruz das Almas, a partir de 1970 aos dias atuais, observando em qual medida essas tradições vem sofrendo alterações dentro do atual contexto social, econômico, político e cultural que está inserido.

A origem dos ciganos permaneceu envolta em mistérios durante séculos. Para Ronaldo Sena (2005), os antecedentes mais remotos que se conhecem dos ciganos dão conta de que viveram no Norte da Índia, pertencem ao tronco indo-europeu e falam o romani. Marcel Coutiade[1] Secretário da União Romani Internacional, na Europa, informa que os primeiros grupos dessa etnia atravessaram o estreito Bósforo a partir do ano mil, de onde rapidamente se foram espalhando por toda a Europa.

Não é possível determinar com precisão o período da chegada dessas comunidades ao Brasil, sabe-se, porém que, a maioria chegou ao país por meio do degredo. Segundo Pierroni (2006), "somente no final do século XVII é que podemos ver generalizado o degredo de ciganos para o Brasil".

Sua Majestade D. Pedro, Rei de Portugal e Algarves, preocupadíssimo com a inundação de gente tão ociosa e prejudicial por sua vida e costumes, andando armado para melhor cometerem seus assaltos, decidiu determinar, por decreto, que além do degredo para a África já estabelecido nas Ordenações de Filipinas de 1603, eles seriam também degredados para o Brasil.[2]

Ático Vilas Boas da Motta (1986),afirma que quando a Família Real portuguesa foi obrigada a transferirem-se para o Brasil – 1808 – os ciganos já constituíam expressivas comunidades na Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Segundo MOTTA (1986), "explica-se a presença dos ciganos no Brasil através de sistemática perseguição que lhes moveu em Portugal o Tribunal da Santa Inquisição que os considerava hereges, feiticeiros e inconvenientes à sociedade da época" .

Na Bahia, durante o século XIX, praticamente só falava-se em ciganos quando sua presença inquietava as autoridades. Isto ocorria, por exemplo, quando roubavam cavalos. Nas poucas vezes que se escrevia sobre aspectos culturais dos ciganos, não havia qualquer interesse sobre como eles próprios viam sua cultura. Os contadores da ordem pública como os chefes de polícia, os compreendiam como sendo "perturbadores da ordem", responsáveis pelos mais hediondos crimes. Outros recorriam aos estereótipos corriqueiros como "sujos", trapaceiros e ladrões. Isto funciona como um indicador: Os ciganos eram raramente considerados por si mesmos, e com freqüência, eram sinônimos de barbárie, imundice, desonestidade e imoralidade. "Esses ciganos sempre estiveram em discordância aos ideais de civilização e progresso, sendo identificados como elementos incivilizáveis, vândalos, inúteis à sociedade, supersticiosos, enfim, uma anomalia social e racial"[3].

2 – DESENVOLVIMENTO

2.1 – Cruz das Almas e o Povo Cigano

O município de Cruz das Almas, criado em 29/07/1897, está implantado no planalto pré-litorâneo, abrangendo uma superfície de 173,9 km2, com uma população de 68.049 habitantes e densidade demográfica de 305,05 habitantes. A cidade é conhecida nacionalmente pelos festejos juninos e, particularmente, pela tradicional guerra de espadas. Não pode-se determinar com precisão o período em que os primeiros grupos ciganos chegou a cidade, devido a vida nômade que levavam, e muitos grupos, ainda levam. Contudo, estima-se que desde o início do século XX os primeiros grupos ciganos já começavam a circular por Cruz das Almas, atraídos pelo desenvolvimento do comércio. Atualmente estão concentradas inúmeras famílias ciganas em Cruz das Almas, com uma população aproximada de 500 pessoas, as quais estão localizadas, predominantemente, no espaço urbano. Esta população está dividida, basicamente, em seis bairros: Andaraí, Edla Costa, Chapadinha, Fonte do Doutor, Santa Cruz e Rio Branco.

De acordo com Robelito Cordeiro Cardoso[4], a presença dos ciganos no município de Cruz das Almas é mais marcante a partir dos anos 70, seu pai, Raimundo Nonato Cardoso, conhecido como Serrinha, por exemplo, chegou aqui no município por volta dos anos 60, fugindo da seca e escassez de alimentos, mas, a partir dos anos 70 resolveu definitivamente ficar aqui na cidade, em vista o crescimento que o comércio vinha atingindo e, por conseguinte, o crescimento da própria cidade, assim como precisava provar à população local que sua prisão[5] tinha sido injusta. Jair Cordeiro[6], afirma que seus pais andavam de animais e não tinham moradia fixa, mas devido à dificuldade de se locomover para outra cidade, resolveram fixar-se em Cruz das Almas nos anos 70, pois haviam sido acolhidos muito bem aqui na cidade.

Cruz das Almas não foge a regra e a relação com o povo cigano é marcada por muita hostilidade, desconfiança, desrespeito e intolerância. Não obstante, muitas famílias vêm conseguindo, por mais de três décadas, fixar-se no município. Observa-se, ainda que, apesar de manter traços originais de sua cultura, o constante contato com o povo não cigano vem promovendo mudanças em seu universo sócio-cultural, a exemplo do estilo de vestir, a compra de grandes e valorizadas casas no centro da cidade, na freqüência às escolas e até universidades, igrejas evangélicas, etc.

Para Ronaldo Sena (2005) " a adaptação dos ciganos às novas conquistas tecnológicas não fere muito suas tradições". Em Cruz das Almas, apesar de poder falar em transformações na cultura, percebe-se também que as tradições ciganas são fortemente preservadas, muitas mulheres pensam assim: "Apesar de ter construído várias casas ainda prefiro morar na minha tenda".[7]

Compreende-se que a pesquisa histórica sobre ciganos encontra forte obstáculo no tangente às fontes documentais, este trabalho priorizou as fontes orais e iconográficas, por entender também que esses recursos são apropriados para revelar o universo cultural dessas comunidades.

2.1 - A Cultura Cigana em Cruz das Almas

O conceito de cultura pode ser considerado muito variado, assumindo diferentes conotações. O senso-comum por muito tempo vem associando o conceito de cultura à intelectualidade, daí a conclusão de que uma pessoa pode ser ou não culta, a depender da sua capacidade intelectual, seu acesso a informações, etc. Não obstante, o conceito de cultura que nos interessa enfocar refere-se ao comportamento social do grupo, uma vez que traduz desenvolvimento e sentidos. BURKE (2003) afirma que a preocupação com este assunto é natural em um período como o nosso marcado por encontros culturais cada vez mais freqüentes e intensos.

Para THOMPSON (1998), cultura não pode ser visto como um sistema fechado e homogêneo, ao contrário, a cultura é um conjunto de diferentes recursos, em que há sempre uma troca entre o escrito e o oral, o dominante e o subordinado, a aldeia e a metrópole; é uma arena de elementos conflitantes. E na verdade o próprio termo "cultura", com sua invocação confortável de um consenso, podem distrair nossa atenção das contradições sociais, das fraturas e oposições existentes dentro do conjunto.

SegundoLARAIA, (2004), o modo de ver o mundo, as aspirações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura. Para Laraia, a nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria das comunidades. Por isso, discriminamos o comportamento, considerado desviante.

No campo das identidades culturais, uma importante contribuição é dada por HALL, (2005), o qual afirma que a identidade cultural plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia.

"As sociedades modernas são, portanto, por definição, sociedade de mudança constante, rápida e permanente. Esta é a principal distinção entre as sociedades "tradicionais" e as modernas"[8].

Segundo Hall, diferente dos pensadores modernos que viam a identidade como estável e unificada, na pós-modernidade esta identidade tem se mostrado cada vez mais deslocada e fragmentada.

O conceito de identidade aqui desenvolvido não é, portanto, um conceito existencialista, mas um conceito estratégico e posicional. Isto é, de forma diretamente contrária aquilo que parece ser sua carreira semântica oficial, esta concepção de identidade não assinala aquele núcleo estável do eu que passa, do início ao fim, sem qualquer mudança, por toda viscitude da história. (Hall, 2007, p.108).

No caso específico das comunidades ciganas, podemos observar que sempre manifestaram identidades culturais consideradas bastante peculiares ao grupo. Segundo Muniz (1995), embora tenham promovido algumas alterações em seus costumes para poder interagir de forma satisfatória com a sociedade local, os ciganos tem se mostrado capazes de assegurar os traços fundamentais de sua identidade, nem mesmo a ameaça representada pela televisão, que influencia sobretudo os jovens com a disseminação de idéias próprias do mundo ocidental, conseguirá ferir de forma irreversível.

PIERRONI (2006) afirma que, o povo cigano canta e dança tanto na alegria como na tristeza, pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema. A comunidade cigana ama e respeita a natureza, os idosos e todos os membros do grupo educam as crianças de todos, dentro dos princípios e normas próprios de uma tradição puramente oral, cujos ensinamentos são passados.

NATASHA e NAZIRA (2004) defendem que os ciganos possuem uma preocupação muito grande com a manutenção e reprodução da cultura do seu povo, sendo assim, "cada criança quando nasce é uma esperança de continuidade da cultura desse povo". As autoras afirmam que:

Para começar, todo bebê é considerado por eles um ser muito especial, que traz ao mundo novos elementos do universo com uma mensagem de esperança para toda a humanidade; também é um sinal de continuidade e reforço do grupo.

NATASHA e NAZIRA (2004) dão contribuições relevantes para o estudo da cultura cigana no tangente às suas crenças, destacando que a identidade cultural cigana começa a ser forjada em meio a mistérios e diferenciada do mundo dos não-ciganos. A religião para eles tem um valor muito forte, por isso, os ciganos fazem questão do batismo e acreditam que ele traga sorte. Mas o ritual mais marcante é o do nome; este, sim, um verdadeiro batismo cigano. "Sua realização começa no momento da primeira mamada, quando a mãe sopra ao ouvido da criança seu nome secreto que ninguém mais conhecerá e que só lhe será revelado no dia do seu próprio casamento. Mais tarde, nos festejos, a criança receberá um segundo nome, este para ser usado e conhecido no grupo. Finalmente, terá um terceiro nome, este para ser usado apenas no mundo dos gadje (gajões)"[9]

Segundo MOOEN (1996) a sobrevivência foi a realização mais duradoura, o grande evento da história cigana. Por isso, o autor afirma que:

Quando se consideram as vicissitudes que eles (os ciganos) encontraram, porque a história a ser relatada agora será antes de tudo uma história daquilo que foi feito por outros para destruir a sua diversidade, deve-se concluir que a sua principal façanha foi a de ter sobrevivido.

MOTA, (1986), destaca que a cultura cigana, quase despercebida, enquanto rica e surpreendente em seus pormenores é capaz de nos ministrar lições de amor à vida e, antes de tudo, a capacidade de ser e a difícil arte de sobreviver como povo navegando contra a maré social.

Ronaldo SENA, (2005), os ciganos, ao deixarem sinais inconfundíveis de uma cultura milenar, carimbaram os patrimônios simbólicos circundantes em todas as esferas componentes da estrutura social, seja no sistema adaptativo, associativo ou ideológico. E o fizeram em todos os quadrantes. Ciganos são encontrados nos cinco continentes e, possivelmente, na grande maioria dos países. Sena, afirma que o patrimônio real do cigano é o conhecimento, por esse motivo, na sua vida alicerçada em deslocamento, por mais que seja a mesclagem com outras culturas, permanecem, sempre, valores essenciais.

Um outro aspecto bastante relevante da cultura cigana pode ser notado na questão da subordinação da mulher, de um modo geral, os homens, dentro das comunidades ciganas, são vistos como representação de poder e submissão, FREIRE (1993) diz:

O homem é símbolo de autoridade e guia. Na prática, isso significou para a mulher, uma liberdade estritamente vigiada. A juventude de uma cigana acaba aos 16 anos, idade em que geralmente se casam. Aos 12 anos muitas famílias preferem tirar as filhas da escola, por temer que elas se percam na má companhia dos gadjé. Em muitas famílias, é o pai que decide os casamentos, alguns consultam a opinião dos filhos, outros não (Freire, 1993, p.73 ).

As comunidades ciganas que residem em Cruz das Almas não fogem a essas características, também apresentando costumes e mistérios muito peculiares, contudo, tem se observado que nos últimos tempos essas comunidades ciganas têm transformado alguns de seus hábitos e valores, aproximando-se bastante das comunidades não-ciganas. Diante de tais considerações, percebe-se que o contato com outras identidades vem dinamizando transformações nas tradições culturais do povo cigano em Cruz das Almas. Observando-se, dessa maneira, que tem ocorrido uma reinvenção dessa cultura.

Não obstante, essas mudanças não têm atingido na mesma proporção todas as comunidades e ambos os sexos. Ainda encontra-se muitas comunidades nômades em Cruz das Almas, bem como as mulheres ainda estão muito presas 'as suas tradições, é muito comum, por exemplo, encontrar ciganas mendicando, por mais que o filho ou marido pratique agiotagem, ou a especulação imobiliária, rezando mãos pelas ruas, utilizando as vestimentas tradicionais do grupo e outros.

METODOLOGIA

Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica,documental, com o objetivo de proporcionar uma fundamentação teórica para a pesquisa, utilizou-se ainda,fonte oral, pois sabe-se que não existe fonte mais qualificada do que o participante ou testemunha de um fato histórico a metodologia da historia oral possibilita um contato imediato com pessoas que viveram um determinado acontecimento ou fenômeno histórico. Segundo Thomposn (1992, p. 44);

A história oral é uma história construída em torno de pessoas. Ela lança a vida para dentro da própria historia e isso alarga seu campo de ação. Admite heróis vindos não só dentre os líderes, mas dentre a maioria desconhecida do povo.

Nesse artigo, inicialmente foi feita uma analise bibliográfica referente 'a temática e visitas in loco nascomunidades, ciganas, que no município é em numero de seis,com a realização de entrevistas a alguns membros da comunidade, com questões abertas como conceitos, histórias, cultura escolar, profissões e informaçõesfamiliares sobre o povo cigano,buscando assim referenciar o estudo relativa ao povo cigano,através dos quais foi descrito essa dissertação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

                O estudo sobre o povo cigano ainda é muito limitado e esbarra na escassez das fontes, são poucas as produções que se detiveram a analisar o universo social, político, econômico e, principalmente, cultural desses. O imaginário social sobre os ciganos ainda é muito negativo, a luta contra a discriminação para com os ciganos vem de muito tempo e revela-se de maneira distinta, conforme a realidade de cada região. Evidentemente que se percebe a necessidade de corrigir as distorções de conceitos e valores para que se possa melhorar o relacionamento interrétnico. Portanto, considero de relevante importância para a academia e para a sociedade, reconhecer as identidades culturais dos ciganos dentro do contexto histórico em que estão inseridos, buscando contribuir para reduzir os sentimentos de segregação, visando promover uma convivência mais tolerante e menos injusta.

REFERÊNCIAS

CUNHA, Mario Pinto da. Aquarela de Cruz das Almas. Cruz das Almas – BA. 1983. 215 p.

BURKE, Peter. A Escola dos Analles: A Revolução Francesa da Historiografia. São Paulo: UNESP, 1997

________, Peter. Hibridismo Cultural. RS: UNISINOS, 2003.

________, Peter. O que é História Cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

DOSSE, François. A História em Migalhas: Dos Annales a Nova História. São Paulo: EDUSC, 2003.

FERREIRA, Marieta de Moraes, AMADO, Janaina (Orgs). Usos e Abusos da História Oral. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

FOUCAULT. Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979

FREIRE, Norma. Revista SuperInteressante. Setembro, 1993

HALL, Sturt. A identidade cultural na pós- modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2005

KOSSOY, Boris. Fotografia e História. São Paulo: Ática, 1989.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.

MOONEN, Frans. "A história esquecida dos ciganos no Brasil". In: Saeculum, Paraíba: n. 2, jul./dez. 1996. p. 132.

NATASHA, Ana da Cigana, NAZIRA, Edileuza da Cigana. Mistérios do povo Cigano. Rio de Janeiro: Pallas, 2004.

OLIVEIRA, Roberto Vardoso de. Identidade, Etnia e Estrutura Social. São Paulo: Livrasria Pioneira, 1972.

PIERRONI, Geraldo. Vadios e Ciganos, Heréticos e Bruxas: Os degredados no Brasil-Colônia. Rio de Janeiro: Bertrand, 2006.

PINHEIRO, Ifra Cristina Leopardi. Magia e Magestade dos Ciganos do Oriente. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

REVISTA BRASILEIRA DE POLÍTICA INTERNACIONAL- Instituto Brasileiro de Relações Internacionais p115-116

SALLES, Ronaldo Senna. A Sêda Esgarçada: Configurações sócio-cultural dos Ciganos de Utinga. Feira de Santana: UEFS, 2005.

SANTANA, Alino Matta. O Livro do Centenário – Marcos do progresso de Cruz das Almas, Cruz das Almas, BA. Bureau, 1997. 220 p.

SILVA, Tomas Tadeu da (org.). Identidade e diferença: A perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

THOMPSON, E. P. Costumes em comum: Estudo sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.



[1] GODWIN, Petter. Uma sina a parte. National Geograpphic – Portugal Lisboa, no 01, abril, 2001, p 4-31.

[2] PIERRONE, Geraldo. Vadios e Ciganos, Hereges e Bruxas: os Degredados do Brasil –Colônia. Rio de Janeiro:Bertrand Brasil, 2006.

[3] Revistq brasileira de Política Internacional. – p. 115-116

[4] Entrevista realizada com o cigano Robelito Cardoso, Filho de Serrinha, um dos mais conhecidos em toda região.

[5] De acordo com entrevista a Robelito Cordeiro, o cigano foi preso por que era um ninguém, ficou um ano e meio preso e foi liberado por falta de provas.

[6] Cigano entrevistado

[7]Depoimento de mulheres ciganas

[8] HALL, Sturt. A identidade Cultural nas Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1995

[9] NATASHA, Ana da Cigana, NAZIRA, Edileuza da Cigana. Mistérios do povo cigano. Rio de Janeiro: Pallas, 2004.