O silêncio.

Em um determinado tempo.

Em um momento da história.

Solitariamente.

Em uma praça.

Sentado.

 Refletindo o silêncio do tempo.

Ao perceber o encantamento.

Da praça.

Emocionei-me.

Ao sentir a profundidade das pedras.

Fui tantas outras vezes a praça.

Olhar para sua figuração.

Entendia o sorriso da sua beleza.

A terceira vez.

Que fui a mesma.

Palilogicamente.

Imaginei a sua exuberância.

A quarta vez.

Percebi.

Éramos iguais.

 Tivemos  a mesma origem.

O único fundamento.

A quinta vez que fui a referida.  

Entendi que nosso significado.

Nao tinha diferença.

A sexta Vez.

Que a praça tinha por mim.

Profunda admiração.

Precedência.  

Na sétima vez.

Que eu mesmo era a praça.

Esse fato  inelidível.

Deixou me persuadido a veemência.

A luz do sol.

Fazia a praça ficar radiante.

Igual as danças das estrelas.

Ao infinito indelével.

Posteriormente.

A oitava vez.

Perecebi a imaginação da mesma.

Perscrutando a imprecação da distância.

Tantas outras vezes.

Fui aquela praça.

Para sentir o fluir de suas flores.

A  nona vez.

Que fui a praça.

Surpreso.

Perecebi que a referida.

Escrevia belos poemas.

Explicava os fundamentos.

Das diversas Filosofias.

Heuristicamente.

A décima vez que fui a praça.

Lembro-me era uma tarde fria.

A praça fitou em mim.

Seus olhares diversos.

Inexoráveis.

Então a praça me disse.

Que éramos iguais em tudo.

 Várias vezes voltei a praça.

Em outro momento.

A referida me revelou.

Que eu mesmo era  a praça.

Então perguntei a referida.

Se era também as flores.

Os bancos.

O reflexo da luz do sol.

A praça solitariamente.

Respondeu com toda fiúza.

Você é exatamente.

Igual o que sou.

Porque sua essência.

Define-se pelo  meu fundamento.

Sua substância é a mesma que tenho.

Afirmou a praça.

O segredo da vossa natureza.

É o que tenho em minha consistência.

Naquele instante.

Terminou o meu significado.

Em referência a praça.

A intuição ínvia entre a natureza.

E o homo sapiens.

Procurei entender o silêncio.

Da predestinação da realidade.

Descobri que a  praça usava.

A minha linguagem.

Tínhamos o mesmo código.

Naquele momento o mundo.

Tornou-se.

Transformou-se em entendimento.

Dos nossos fundamentos.

Hoje a praça.

É signo da linguagem.

A luz do brilho dos olhos.

O mundo não néscio da interpretação.

A voz daqueles que não tiveram palavras.

O palúrdio tempo terá que  ser esquecido.

Edjar Dias de Vasconcelos.