A Igreja Católica viveu uma onda de escândalos de pedofilia envolvendo padres, que mancharam a sua imagem nos últimos anos. Tais acontecimentos têm levantado toda a população a inúmeros questionamentos sobre a conduta dos Sacerdotes. Entre tais questionamentos, destaca-se: O Sacerdote deve ou não se casar? Uma vez que esse poderia ser o motivo para os escândalos acontecidos.

A discussão da hipótese leva-nos a pensar sobre o assunto. Podemos chegar a duas respostas, SIM e NÃO. O padre casando-se diminuiria os casos de pedofilia, uma vez que sabemos que o ser humano é dotado de necessidades fisiológicas que precisam ser exercidas. Ou ao contrário, poderíamos incutir a mudança da natureza do problema. Os padres poderiam agora se tornar adúlteros. O que podemos concluir é o padre casando-se não diminuiria os seus problemas sexuais ao contrário, só aumentaria.

Para que uma pessoa exerça bem a sua vocação é necessário que ela tenha tempo para desenvolvê-la, além agentes que colaborem para o seu trabalho. Fatores que acentuem e contribuam para a sua queda são pedras que podem ser removidas antes do percurso. A Igreja com toda a sua sabedoria aplica essa teoria para os nossos Sacerdotes. Os padres não se casam, pois necessitam de tempo para as suas atividades. Todo casado está sujeito a cair no adultério e na pedofilia. Imagine um Sacerdote adúltero e pedófilo. Desta maneira, podemos entender que a Igreja preserva seus servos. Você mesmo tem dificuldades para administrar as suas atividades, sejam elas no trabalho, família, estudos e vida religiosa. É difícil ter um equilíbrio. Sendo assim, focar em sua vocação e em seu chamado é de suma importância.

Maquiavel dizia que a história é cíclica, ou seja, se repete. O que acontece hoje já aconteceu outrora e possivelmente acontecerá novamente. Nosso país é marcado constantemente dos escândalos políticos que se repetem periodicamente. Os casos de adultério são oriundos desde o inicio dos tempos. A igreja sabedora deste enredo não expõe seus servos a essa sorte. Se a história é cíclica por que deixar brecha para o erro, sabendo que todo homem é pecador?

Outro aspecto que precisa ser analisado cuidadosamente, é que, a vida Clerical tem a tendência a levar o individuo ao isolamento social. Nossos padres moram sozinhos, muitas vezes a dezenas de quilômetros de sua família, quando não, residem em outro país. Moram por tempo determinado nas comunidades, ou seja, não sabem a onde estarão daqui a dois anos. Em muitas congregações fazem voto de pobreza e humildade. Naturalmente suas vidas são sofridas. Desta forma a poucos padres. Quantos amigos que você conhece que viram padres. Poucos não? Talvez nenhum. As congregações sofrem com a escassez cada vez maior de Sacerdotes. Louvam muito quando um jovem diz querer se tornar padre. Para tanto não impõem variados motivos para barrá-los em seu desejo.

Como condenar a Igreja que precisa de padres, mas precisam identificar possíveis desvios de comportamentos em seus seminaristas? Como julgar uma Igreja que necessita de missionários, mas precisa barrar os homossexuais e pervertidos? Podemos então entender que este processo de acompanhamento deva ser um pouco mais apurado? Talvez sim, talvez não. Não podemos afirmar e condenar. Precisamos sim é rezar por nossos vocacionados, por nossos padres! A escassez de Sacerdotes é fruto de nossa ausência de oração. A queda de nossos padres pode ser minimizado por nossas orações, precisamos pedir que Deus os dêem força e coragem para a caminhada.

Percebemos que a discussão é composta por vários aspectos que passam despercebidos pela grande sociedade. É necessário tem um grau mais apurado de empatia e ser como Maquiavel, buscar a verdade efetiva das coisas!Para encerrar, lanço uma pergunta a você mulher, se hoje fosse permitido que os sacerdotes se casarem, você se casaria com um?