O rio que passa, vem a medida de todo o tempo que passa despercebido ou não, pela persistência em manter a sua eternidade.

O rio que passa nos traz novas perspectivas, devido seu poder de renovação (algo continuo e imutável), encanto e destruição. Este mesmo rio (tempo), que traz a fertilidade de suas margens, também traz a força voraz das suas águas quando sobem avassaladoramente. E assim é o tempo, seja ele passado, presente ou futuro.

O tempo é contínuo, não cessa jamais, e a verdade é substancial, relativa, para dar ao homem, a sua liberdade através do poder de escolha.

Só podemos ter a percepção do tempo, conforme abandonamos a força de nossas tradições ou aderimos completamente ao repouso, instrumentalizado como ócio criativo.

Mas, o tempo é fruto da descontinuidade, em todos os sentidos, sendo fruto da comparação conceitual da própria dinâmica da história. Também, quando pensamos em um tempo futuro, estamos apenas gerando expectativas e falsos sentimentos de valores, apenas possibilidades em um espaço de incertezas.

Portanto, o tempo é a afirmação da universalidade de cada indivíduo isolado em si, por sua própria percepção presente e, a partir da percepção de movimentos sucessíveis e dinâmicos, correspondente apenas pela individualidade subjetiva de cada categoria dos indivíduos em seu espaço, assim, tempo será uma criação ou invenção de nossas subjetividades e, isto é o que nos torna frágeis na medida em que os anos passam.