O RETORNO DE  EDUCANDOS COM MAIS DE 35 ANOS À ESCOLA.

                                                     

AUTORA: ISMAY ABREU DE ARRUDA

Há décadas, buscam-se métodos e práticas educativas adequadas à realidade cultural e ao nível de subjetividade da Educação de Jovens e Adultos. Este texto busca investigar os principais motivos que levam Jovens e Adultos com idade acima de 35 anos a voltar a estudar, a fim de verificar sua adequação ao contexto dos Estudantes. Os estudos transcorrem a história e o parâmetro legal da Educação de Jovens e Adultos e se fundamentam com alguns educadores como Paulo  Freire em Educação e Mudança (1979), Fuck em Alfabetização de Adultos (1994) e Gadotti e Romão (2005) em Educação de Jovens e Adultos, Piletti em História da Educação no Brasil (1990), cujos temas discutidos possibilitam um conhecimento teórico da prática pedagógica de jovens e adultos. O desenvolvimento da alfabetização de adultos no Brasil acompanha a história da educação como um todo e teve início com o trabalho de catequização e ensino das primeiras letras, realizado pelos jesuítas, durante o Brasil colônia. Ao longo do tempo, o avanço econômico e tecnológico passou a exigir mão-de-obra cada vez mais qualificada e alfabetizada, com isso várias medidas políticas e pedagógicas foram sendo adotadas, tais como: a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), o Ensino Supletivo etc. Com os resultados desse estudo, chegou-se a algumas conclusões bastante significativas, como, por exemplo, o ponto central do tema que são os motivos principais pelos quais os Jovens e Adultos resolvem voltar a estudar após os 35 anos de idade. Portanto, esse estudo contribuirá para não somente um repensar do educador que atua nas classes da Educação de Jovens e Adultos, mas também de toda comunidade escolar participante da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e inclusive dos governantes, fazendo-os refletir sobre novas práticas pedagógicas, para que ajudem na formação de cidadãos cônscios de seu papel na sociedade. A qualidade do ensino depende muito da relação educando e educadores. A capacitação do educador se faz por duas vias: a via externa, representada por cursos de capacitação, aperfeiçoamento, seminários e a via interior, que é a autocrítica que cada educador deve fazer sobre seu papel na sociedade, utilizando-se do debate coletivo e da crítica recíproca com os colegas. A educação de jovens e adultos motiva uma inclusão que se baseia no reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Construir princípios que conduzam a educação de adultos é um desafio pelo qual se deve buscar uma educação qualitativamente diferente e melhor, que tenha como expectativa uma sociedade compreensiva e igualitária, reconhecendo no decorrer da vida como direito inalienável de todos.