Toda a relação interpessoal pode ser vista como uma forma de aprendizagem, um treino de paciência, de tolerância, de flexibilidade, de compreensão, entre tantas outras coisas.

Conviver com alguém, significa que temos que aprender a lidar com a diferença, sabendo que a nossa verdade não pode ser vista como absoluta. Até porque isso não é algo inteligente, precisamos ter claro que a nossa verdade se dá em cima dos valores que fomos aprendendo no decorrer do desenvolvimento da nossa personalidade. Assim como a verdade do outro. E penso que é ótimo as pessoas não pensarem as mesmas coisas, pois assim temos a oportunidade de conhecermos realidades, costumes e culturas diferentes.

Percebo a dificuldades que algumas pessoas têm nos seus ambientes profissionais, quando vem que existem colegas que não aceitam a sua maneira de funcionar, que não compartilham com a sua forma de pensar. Isso muitas vezes, é motivo de desavenças, de trocas de farpas, de desmotivação, gerando um alto nível de estresse e às vezes, até de depressão, não só para a pessoa, mas para todo o ambiente de trabalho. Isso evidência o nível de onipotência dessas pessoas. Desde quando temos que agradar e sermos aceitos por todos? Cristo que veio com o propósito de unir, de desenvolver a paz entre os povos não agradou a todos, por que temos que agradar? Onde está escrito que as pessoas são obrigadas a aceitar a maneira como funcionamos? Quem disse que a forma como pensamos e agimos é a forma correta?

Se ao invés de ficarmos criticando e agredindo a forma de pensar e agir do outro, nos abrirmos para tentar entender e respeitar a sua maneira de ser e de funcionar, com certeza, sofreremos menos. No entanto, essa parece ser a parte mais difícil, porque sempre existe aquele que tem dificuldade de ser flexível, que precisa impor as suas idéias, que projeta todo o problema para os outros, que acredita que a sua maneira de fazer as coisas é a mais correta. Fica incomodado quando percebe que a chefia estende seu olhar para os demais colegas, passando a se sentir preterido.

São essas atitudes pueris e egoístas das pessoas, que não conseguem perceber que os seus conflitos internos estão lhe trazendo prejuízos nos seus relacionamentos interpessoais, que acabam fazendo com que muitas vezes o ambiente familiar e profissional se torne adoecidos.

Por isso, a importância de nos avaliarmos no final de cada dia, para vermos como estamos funcionando, o que precisamos mudar o que temos que corrigir em nós. Esse exercício não é algo muito fácil de fazer, porque precisamos deixar as nossas vaidades de ego de lado e entrarmos em contato com o nosso verdadeiro eu, algo que nos tempos modernos as pessoas evitam fazer. Entretanto, a partir do momento que começarmos nos apoderarmos desse exercício, veremos o quanto conseguiremos ser mais saudáveis e estabelecermos relações mais harmônicas, que nos permitirão viver um sentimento de paz.