Edson Silva

E não é que a nação corintiana, como gosta de ser chamada a torcida do Timão,está eufórica, pois o imperador Adriano será centroavante da equipe. E se eu afirmar, e provar, que Adriano, em Copas do Mundo, tem uma marca histórica quase idêntica a nada mais, nada menos, a uma do rei Pelé. Bom, primeiro lembro que imperador vem primeiro que rei, isso no dicionário, e por definição imperador controla diversas regiões, ou seja, é mais poderoso que um rei, que domina área bem delimitada. Mas falando em Pelé e Copas estas coisas de dicionários nada valem e o que há em comum entre o rei e Adriano é que Pelé fez o 100º gol brasileiro em Copas e Adriano o 200º gol.

Pelé alcançou sua marca em 21 de junho de 1970 ao fazer o último de seus doze gols em Copas. Foi o primeiro gol brasileiro na final contra a Itália, no México, partida que o Brasil venceu por 4x1 e sagrou-se como o primeiro tri-campeão mundial, conquistando definitivamente a taça Jules Rimet, que infelizmente seria roubada no Brasil, derretida e seu ouro deve estar enfeitando braços e pescoços de algumas pessoas por aí. Foi a última partida do rei numa Copa e ele disputou quatro, sendo campeão em três delas (58,62 e 70), além de ter sido o jogador mais jovem, com 17 anos e meio, a fazer um gol em Copas, no ano de 1958.

Bom, o imperador Adriano tem história bem mais recente em Copas e depende de Deus e dele estar na próxima Copa, em 2014, aqui no Brasil. Ele marcou o gol 200 do Brasil Copas, dia 27 de junho de 2006, na Copa disputada na Alemanha, ao fazer o segundo dos três gols que a Seleção Brasileira marcou nos africanos de Gana. Após esta partida, o Brasil seria eliminado pela França, 1x0, gol do veterano Henry. E vieram os pesadelos daqueles pênaltis da França do Platini, em 86, e do chocolate da França do Zidane, na final de 98.

Bom, mas voltando ao 200º gol do Brasil em Copas, anotado por Adriano, o Brasil disputaria ainda a Copa de 2010, marcando mais nove gols e atualmente nossa Seleção tem 210 gols, ataque mais positivo de todas as Copas, iniciadas em 1930. Para 2014, nossa torcida é que cada um dos nossos atletas seja guerreiro e busque o sexto título mundial. Quanto a um novo rei igual Pelé, grande responsável em pelo menos em dois dos três títulos, que conquistou com a Seleção, isto é praticamente impossível. Fica então, para a alegria dos nossos amigos corintianos Talita, Carol, Igor, Chicão e Diogo, a satisfação de o imperador Adriano ter alcançado marca quase tão importante quanto foi a de Pelé, já que o gol do rei foi em final de Copa e com Brasil campeão. E aí, quer lembrar algum jogo de Copa, mande email.

Edson Silva é jornalista e trabalha em Sumaré

[email protected]