O Real Custo da Vida

 

A teoria do “Big Bang” vem sendo aceita como a versão da Ciência para o princípio de tudo. Particularmente, tenho a opinião de que o Sistema Solar e consequentemente o planeta Terra foram mais uma dentre aos milhões das criações que ocorreram e que ocorrem no Universo, como resultado natural do processo de criação divina e da evolução natural.

Certo é, no entanto, que ainda esperamos por respostas para muitas outras perguntas. Uma das que mais tem intrigado cientistas ao longo dos tempos, olhando especificamente para esse grãozinho de terra que habitamos, está diretamente relacionada à origem da vida.

Existem, por assim dizer, duas grandes linhas de pensamento no que se refere a esse assunto. A primeira teoriza que a vida teria surgido no próprio planeta (Geração Espontânea); já a segunda afirma que a vida teria “vindo de fora” (Panspermia).

A teoria da Geração Espontânea tem tido a preferência da ciência há mais de 2.000 anos. Durante a idade média, contou com inúmeros ilustres defensores, tais como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, René Descartes e Isaac Newton.

Já no que se refere à “Panspermia” a pergunta que precisaria ser respondida diz respeito a real possibilidade dos primeiros organismos vivos terem chegado à Terra de carona num asteróide ou de alguma outra forma que a ciência ainda não conseguiu concluir.

Seja qual for a resposta, a passagem do inanimado ao animado é um dos grandes mistérios da origem da vida.

Nos anos 1950, um químico americano, Stanley Miller, tentou reproduzir em laboratório as condições iniciais para a vida. Ele juntou compostos químicos que se acreditava existirem na Terra primitiva (água, hidrogênio, amônia, gás metano e gás carbônico) e aplicou à mistura, corrente elétrica. O reagrupamento dos compostos gerado pela aplicação da corrente elétrica deu origem a aminoácidos. Aminoácidos são compostos essenciais que existem em todos os seres vivos. Vinte e dois aminoácidos compõem o DNA, o código da vida, presente em cada célula de cada ser vivo. Com essa experiência, Miller demonstrou que é possível, no laboratório, formar as moléculas que compõem todos os seres vivos.

A teoria da Geração Espontânea afirma ainda que cada espécie foi surgindo no planeta à medida que o globo apresentava as condições necessárias à sua existência. Dizem os cientistas que a vida surgiu rapidamente em nosso planeta a partir do momento em que ele apresentou as condições mínimas necessárias à sua geração. Afirmam ainda esses mesmos cientistas que esse período, propício à geração espontânea da vida, já se encerrou há alguns milhões de anos.

 

 

Na questão 44 de “O Livro dos Espíritos” os espíritos nos respondem que:

44. Donde vieram para a Terra os seres vivos?

“A Terra lhes continha os germens, que aguardavam momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que cessou a atuação da força que os mantinha afastados, e formaram os germens de todos os seres vivos. Estes germens permaneceram em estado latente de inércia, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício ao surto de cada espécie. Os seres de cada uma destas se reuniram, então, e se multiplicaram.”

Não é por demais lembrar que a chamada “Lei da Afinidade Molecular” define que as moléculas entram em movimento e se agitam, se atraem e se aproximam e se separam em virtude da lei de afinidades e pelas suas combinações múltiplas. É desta forma que se compõem a infinita variedade das substâncias.

De qualquer forma, fato é que, de concreto, sob a vontade do Criador, o nosso planeta foi se formando ao longo de uma numerosa quantidade de séculos até que se reuniram as condições mínimas necessárias à existência da vida. Esforço este do Criador, que resultou na possibilidade de estarmos aqui exatamente neste momento.

A pergunta que me faço, refletindo sobre todo o esforço do Criador em nosso benefício é: Estamos realmente fazendo bom uso desta oportunidade?

Recentemente, recebi dois daqueles “e-mails” com aqueles arquivos “.pps” anexos, que me chamaram muito a atenção. O primeiro deles fazia uma análise do “Preço de um Filho”. De acordo com este “e- mail”, uma ONG teria calculado o custo para se criar um filho, do seu nascimento aos 18 anos, e chegou a R$ 160 mil, tomando-se por base uma família de classe média. Segundo esses cálculos nesse valor não estariam considerados os custos de formação escolar. No entanto, com este investimento você ganharia, entre outras coisas o direito a receber mais amor do que seu coração pudesse suportar; ter alguém para fazer você rir como bobo, não importando o que seu chefe tenha dito ou como as bolsas de valores tenham se comportado no dia, concluindo que com um filho você ficaria imortal, teria um novo braço na sua árvore genealógica e com sorte, uma longa lista de membros no seu obituário, chamados netos e bisnetos.

O segundo “e-mail” denominado “Pais Maus” relata o texto que foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem aos seus pais para leitura com a condição de que estivessem presentes enquanto os mesmos o lessem.  O texto foi publicado por ocasião da morte de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe - Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana.

Em resumo o texto demonstra a importância do acompanhamento da vida dos filhos por parte dos pais, abordando ações, tais como, perguntar aonde vão os filhos, com quem vão, a que horas regressarão, alerta-los para as más companhias, orienta-los a limpar o seu quarto, a assumir a responsabilidade pelos seus atos e a saber dizer não aos filhos, mesmo sabendo que eles poderiam te odiar por isso, etc. O texto conclui que um dos males do mundo hoje é exatamente a falta do que se denominaria “pais maus” em quantidade suficiente.

Muito bem; Onde quero chegar analisando ao mesmo tempo o esforço incomensurável do criador no sentido de prover-nos as condições de vida aliado ao bom uso desta oportunidade e à educação dos filhos?

Como tenho comentado em diversos artigos, entendo que um dos, senão o principal objetivo de nossa existência é a Evolução.

Certamente, não podemos esquecer que o planeta é de expiação e provas e que infelizmente, poucos desejam evoluir.

Dado ao nosso livre-arbítrio, podemos considerar como normais as divergências de opiniões, mas isso não justifica os ódios, os rancores, as calúnias e as maledicências inerentes às criaturas sem Deus, criaturas más e vingativas, que em vez de procurarem se melhorar, vivem por trás dos vidros sujos da maledicência, procurando enxergar erros nas coisas alheias.

A evolução passa necessariamente pela “Reforma Moral” (não “Reforma Íntima” como algumas pessoas gostam de definir). Parece-me, no entanto, que infelizmente, estamos perdendo, mais uma vez, em mais essa existência, essa oportunidade que Deus nos oferece para que possamos evoluir, um pouquinho mais que seja na escala evolutiva. E o que me parece pior, consequentemente, os nossos filhos seguem os mesmos passos. Senão vejamos.

A pirâmide populacional está se invertendo e logo no Brasil teremos mais idosos do que jovens. Diversos fatores explicam essa inversão da pirâmide, mas um deles, infelizmente está diretamente ligado ao fato de que os jovens estão morrendo; morrendo, sim, por falta de amor e dignidade.

O mundo está realmente precisando de grandes exemplos de amor e de bons mestres de dedicação ao próximo.

As crianças e os adolescentes continuam sendo as maiores vítimas de uma sociedade materialista. Estamos confundindo liberdade com libertinagem. São meninas que andam praticamente nuas, beijando e abraçando os garotos e estes com cara de drogados. A falta de educação afetiva parece reinar em quase todos os lares.

A família encontra-se com as portas fechadas e as janelas gradeadas. Muito pouco se aprende hoje sobre o valor da vida humana, os direitos e deveres de cada um. Os valores morais não estão sendo ensinados na família nem na escola.

Hoje vemos crianças matando os pais, simplesmente porque estes não as deixam mudar o canal de televisão. A juventude está sem Deus. Os filhos vivem a vida como desejam. É comum jovens da classe média traficarem o "ecstasy" entre amigos. Droga esta vendida livremente nas “raves”, que normalmente ocorrem em local clandestino, embaladas por música “tecno” e que se prolonga por horas e até dias para terminar.

Alguém que passa seis horas em pé pode perder até três litros de água, por isso quem usa “ecstasy” tem de ingerir água sem parar. A sudorese também provoca náuseas e perda de apetite. Depois de entrar na corrente sanguínea a substância age sobre as células que liberam serotonina, neurotransmissor que regula o estado de humor. O cérebro sofre os danos, o dependente fica eufórico, sofre de paranóia, epilepsia, tremores, insônia, queda da libido e se torna violento.

A droga quando não mata deixa seqüelas. Coitada dessa juventude. A cada minuto mata seus sonhos e os de seus pais, tornando-se um peso para a sociedade.

Um jovem limpo, que não consome tóxico, faz bem aos nossos olhos. Ele cuida da aparência, tira boas notas, é bom filho, enfim, é um jovem educado e gentil.

O jovem rebelde adora chocar a sociedade. Seu cabelo é diferente, suas roupas são sujas, enfim, basta olhar que logo sabemos quem ainda não adentrou o caminho tortuoso da dependência.

Vestem-se normalmente com roupas escuras e possuem terrível aparência. Tatuagens, “piercings”, brincos, roupas rasgadas, sujas, cabelos loucos. Enquanto isso, a sociedade assusta-se; os mais terríveis crimes estão sendo praticados.

Seus pais os criaram sem limites e sem deveres e eles acham que o mundo é deles. Se entram no carro, correm, ultrapassam, xingam, cortam os outros veículos, e ainda quando batem ou atropelam são os coitadinhos.

As mães competem com as filhas, querendo ser mais jovens do que elas, porque a vaidade é tanta que mata o bom senso inerente a cada ser civilizado. É triste ver mulheres, mães de família, procedendo como se tivessem 15 anos, sem o mínimo critério de auto-análise. Quem tem personalidade forte não segue modismo. Quem mais está sofrendo com a falta de exemplo dos adultos são as crianças.

Muitos pais não querem acreditar que seus filhos que passam a noite em festas estejam na droga e no álcool. Ninguém fica a noite toda tomando guaraná e comendo salgadinho. Os pais têm que montar guarda junto aos filhos, se assim não procederem logo terão muitas surpresas.

Observe o modo de se vestir do jovem. O famoso “boné” embora possa ser visto como um gosto, um costume, um hábito da juventude, infelizmente, não sai da cabeça nem mesmo quando ele está sentado à mesa, fazendo a refeição. As tatuagens e os “piercings” são uma constante. E os cabelos?

Nas festas “rave” meninas são violentadas de uma forma cruel e mesmo assim acham “um barato”. Seguranças são contratados para garantir o livre uso da droga.

Hoje, as meninas de 15 anos não têm personalidade, isto é, estilo, são cópias mal feitas umas das outras. Suas roupas são iguais, barrigas, pernas e seios aparecendo, enfim, tudo o que elas acham que devam mostrar, quando a verdadeira mulher deve, sim, mostrar principalmente ao homem a dignidade, tão rara hoje em dia.

Em muitos lares os pais quase não conversam com os filhos. Eles nem têm o hábito de se alimentar junto à família, que não segue os horários de alimentação, nos quais deve ocorrer o encontro das criaturas que compõem o lar. Por diversas razões do mundo moderno, as mães não preparam mais café da manhã, almoço e jantar para a família. Senão vejamos, os filhos não acordam para o café da manhã; no almoço eles também não ficam em casa, saem para a residência de colegas, com quem lancham e a mãe omissa acha certo, porque ele não dá trabalho para servi-lo, e assim eles vão gastando dinheiro, até o dia em que toda essa indisciplina de vida se transforma em um vendaval de dor e fracasso. Em resumo, não se pratica mais aquele ato tão importante de reunião da família ao redor da mesa onde muito se aprendia.

Muitas famílias acham que só os filhos dos vizinhos vivem longe de Deus. Mesmo cheirando fumo e consumindo álcool os seus filhos são ótimos.

Muita coisa está errada nas famílias. O mundo oferece todo o conforto; hoje as crianças têm tudo o que está na mídia, mas faltam-lhes a presença dos pais, o carinho, a orientação, os limites, os deveres e o convívio familiar. Muitas crianças são órfãs de pais vivos!!!!

Tudo o que nos domina é pernicioso, tudo o que não nos aprisiona é benéfico, porque a liberdade é um presente de Deus o qual não podemos jogar fora. Tudo o que nos tolhe a liberdade não nos faz bem, porque nos retarda a evolução. Progredir é a lei, e como podemos progredir se somos dominados por substâncias alucinógenas, pelo sexo ou pelos bens materiais?

Só progredimos pelo amor infinito às leis divinas e essas leis se aprendem no aconchego de um verdadeiro lar, nos braços maternos, paternos e fraternos, enfim, na família. Muitos pais deixam de abraçar um filho, que anseia pela sua presença, porque têm de entregar um trabalho em tempo certo, mas será que alguns minutos de atenção a quem implora vão fazer falta ou atrapalhar?

Nós que fazemos o tempo e feliz daquele que tem um milhão de horas e dias para demonstrar amor ao seu próximo, que não deixa ninguém órfão dos seus sentimentos.

Não é o dinheiro, não é o conforto que traz a paz, é pensar sempre no próximo, mesmo ultrapassando nossos limites.

Vamo-nos tornar menos apegados à matéria. Não é o carro de luxo, a casa bonita ou as roupas de grife que tornam o homem orgulhoso. A humildade está na alma e não nos objetos pessoais de cada ser.

O homem encarnado até o dia de hoje não deseja acreditar que Deus não mata, que Ele, sendo a maior inteligência do Universo, jamais destrói Sua mais perfeita obra: o ser humano, mas infelizmente a alma, quando presa na matéria física esquece que é um espírito comprometido pelas faltas de suas vidas sucessivas e que a encarnação é uma oportunidade divina que não pode deixar passar.

O maior vencedor é aquele que se cala diante das ofensas e se sofre alguma injustiça espera, pois todos terão de prestar contas dos seus atos. E não somos nós, ínfimas criaturas, repletas de erros, que crucificaremos alguém.

O exemplo maior de dignidade foi-nos dado por Jesus: traído, caluniado, cuspido, expurgado do planeta, em nenhum minuto Se defendeu ou disse uma palavra dura, nem mesmo ao Seu traidor.

Jesus foi, até hoje, o nosso maior exemplo de como fazer “um bom uso” da vida.

Certamente a relação Custo/Investimento x Benefício da sua existência gerou dividendos que estamos vagarosamente tentando colher até os dias atuais.

Não é uma questão financeira; é simplesmente uma questão de buscar o real sentido da nossa existência.

Chegaremos lá??!!!