O que o plantio em nível, o plantio em faixas e o terraçeamento têm em comum?

O que essas práticas de conservação do solo têm em comum? Esse texto é um a tentativa de expor isso.

Em termos simples, essas três práticas de conservação do solo tem o objetivo de diminuir a velocidade do escoamento superficial de tal forma a proporcionar mais tempo para que esse possa se infiltrar no solo.

No plantio em nível isso é conseguido por meio das linhas de plantio que atuam como pequenos e freqüentes obstáculos que, como exposto, atuam retardando a velocidade da enxurrada que desce a vertente.


Figura 1. Plantio em nível, ou seja, respeitando as curvas de nível.

No plantio em faixas, a desaceleração da enxurrada é obtida por meio da criação das faixas de maior cobertura do solo (Figura 2). Quando a água da enxurrada atinge as faixas de alta cobertura do solo, ela tende a reduzir a velocidade tendo maior chance de infiltrar no solo.


Figura 2. Plantio em faixas com diferentes coberturas. Quando a água da enxurrada atinge as faixas de maior cobertura e maior rugosidade do solo, ela tende a sofrer diminuição da velocidade e se infiltrar. Observe também que há o plantio em nível nesta foto.

Os terraços atuam como lombadas que reduzem a velocidade da água do escoamento superficial (Figura 3). Na região antes da lombada , isot é no canal  a água pode se acumular e se infiltrar ou, em alguns casos, essa água pode sofrer drenagem e ser disposta em corpos d´água.

Figura 3. Terraço agrícola: note a lombada que é construída para receber a água da enxurrada e permitir que essa se acumule no canal e possa se infiltrar.

O fato dessas técnicas de conservação do solo terem o mesmo objetivo não significa que deve-se utilizar ou uma ou outra. Ao contrário, deve-se usá-las em combinação de forma a trazer resultados muito benéficos para a conservação do solo, da água e para produção agrícola que depende desse dois primeiros.

Preparado a partir de:

BROWNING, G.M. Effective use of water in agricultural areas. Journal of Soil and Water Conservation, v.16, n.3, p.111-115, 1961.