Quando a princesa Isabel proclamou a Lei Áurea, libertando todos os negros de todas as idades do Brasil, por vários motivos e erros não foi isso o que aconteceu.

1º Não foi uma convenção ou lei assinada que os tornaram escravos, e sim os grilhões, as correntes, a palmatória e o poder das chibatadas que os escravizaram.

Que sem nenhum direito a dignidade e até’ mesmo a vida. Pois na opinião dos senhores brancos não eram seres humanos, e por esse motivo, suas mulheres e suas filhas eram arrebatadas e entregues a um reprodutor para gerarem negos de boa raça, para o trabalho e para o mercado de escravos.

2º Todos estes fatores, e muitos outros, escravizaram não só aos negros mas também as almas destes desgraçados, que não tinham sequer ânimo para existir um mínimo de dignidade inerente a pessoa humana.

3º Não foi previsto a profundidade da degradação humana e o grau de ignorância destes pobres miseráveis negros, que relegados aos seus próprios destinos, continuaram escravos.

Só mudou o adjetivo: ESCRAVO. E agora com mais dois personagens: OS POBRES E OS INDÍGENAS. Que nossos religiosos e políticos, chamam-nos de excluídos, sem a menor cerimônia.

Faltam-llhes: Segurança, escola, saúde trabalho, respeito e tudo mais. Continuam aceitando as condições de escravos, estoicamente e impassíveis.

Temos uma visível inversão de valores, pois segundo dados oficiais, muito mais da metade dos brasileiros são mestiços ou negros. Mas como segundo os brancos, pobres e negros não tem nobreza, também não vale o direito da maioria que compõe a totalidade da pseuda cidadania brasileira. Pois essa ideia segredadora e racista anula a proporção que teria direito ao maior número de vagas em nossas escolas e universidades, elegendo a minoria dos (sinhosinhos brancos) Sinto-me mal ao ter que falar de números quando se fala de direitos da pessoa humana, qualificando-os pelas condições sociais e a cor de suas peles, pois estaria infringindo a constituição, no seu art. 5º que diz: Todos são iguais perante a lei.

Quando o eleitor vota em um candidato de sua confiança que se faz presente em todas as reuniões de bairros, acontecimentos sociais e reivindicações sociais da comunidade, está autorizando a ele, e só a ele, falar em seu nome e legislar, a escolha foi sacramentada, porque essa baboseira de: posse, diploma e termo de posse, se o partido pode tomar o cargo e dá-lo a quem melhor serve aos seus desejos políticos? Afinal, é a honorabilidade e a dignidade do parlamentar que valoriza o partido. Mas aqui vale o capacho e oportunista que para o espoliado e roubado eleitor um perfeito estranho que sem a confiança do povo e sua aprovação, fica livre para todos os tipos de desmando.

Quem autorizou o partido usar e abusar do meu voto? Ou isto é uma apropriação indébita, ou não vivemos em um estado de direito democrático. Pelo visto a Princesa Isabel perdeu seu tempo e papel, pois a escravidão já não distingue cor, e isto é muito perigoso para nossa democracia e o estado de direito.