“O QUE É O MICROCRÉDITO? RAZÃO DO SUCESSO!”

 

Welinton dos Santos é economista

 

        Termo utilizado para empréstimos de pequeno valor, mas que têm uma poderosa ferramenta no combate à pobreza e distribuição de renda.

        O microcrédito no Brasil financia projetos de pessoas físicas e jurídicas a partir de R$ 100,00 até R$ 20.000,00, com juros subsidiados, dentre as vantagens do sistema está na rapidez da liberação de recursos e a flexibilidade nas condições de financiamento.

        Atualmente o Brasil dispõe de linhas de créditos em um número considerável de instituições operadoras que são: agências de fomento, cooperativas de crédito, sociedades de crédito ao microempreendedor SCM, OSCIP’s, outros como o Banco do Povo, etc.

        As instituições estão espalhadas de norte a sul do Brasil, pena que poucas prefeituras ainda tenham acessos ao microcrédito, mas uma solução para os municípios seria fazer parcerias com estas instituições para fomentar o desenvolvimento da cidade.

        O endereço das instituições credoras está no site do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado do Ministério do Trabalho e Emprego:  http://www.mte.gov.br/pnmpo/default.asp

        O governo federal liberou uma chamada pública para o desenvolvimento institucional de instituições de microcrédito produtivo orientado, no intuito de aumentar à disponibilidade de recursos a disposição de novos microempreendedores.

        Apesar da burocracia, em muitas instituições estão diminuindo as garantias pelo baixo risco de inadimplência, em vários casos de negócios fica próximo de zero.

        Um exemplo de crédito atual é o praticado pelo do Banco do Povo paulista, que exige residência mínima de 2 anos, não possuir cadastro no SCPC, SERASA e no CADIN Estadual, com prazos de financiamentos de 12 meses para capital de giro e 24 meses para investimento fixo, para pessoas físicas com taxa de juros de 0,7% ao mês, com alienação do investimento fixo. Esta taxa praticada é muito mais barata do que qualquer recurso de crédito pessoal a ser obtida no mercado, portanto é considerada uma alternativa viável de recursos para iniciar uma atividade microeconômica.

        Existem inúmeros exemplos em outros estados como o Portosol de Porto Alegre, o Crediamigo do Banco do Nordeste do Brasil, AFAL – Agência de Fomento de Alagoas, Agência de Fomento do Amapá S/A, DESENBAHIA e mais de uma centena de outras instituições espalhadas pelo país.

         Conceder empréstimos para a geração de ocupação, emprego e renda é importante para o desenvolvimento de negócios e aumento da renda dos envolvidos, vários estudos comprovam a eficácia do sistema.

         O microcrédito tem eficiência comprovada em várias partes do mundo, alguns dados são interessantes, como o caso da Caixa Geral de Depósitos de Portugal que analisou os tomadores destes empréstimos e constatou que lá, em média os proponentes têm 42 anos, 53,5% são mulheres, 39% solteiros e valor médio dos empréstimos giram por volta de R$ 8.000,00.

         O microcrédito além de promover a cidadania, permite construir um projeto de vida tirando pessoas da exclusão econômica e promovendo dignidade humana e profissional.

         Está à frente da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) o economista Paul Israel Singer (mais conhecido como Paul Singer), autor de diversos livros de economia, sendo merecedor de elogios na evolução de vários trabalhos nas linhas do microcrédito.

            A democratização do crédito é o melhor instrumento de progresso para uma localidade, compete aos políticos locais empenhar-se na busca de parcerias de convênio municipais para oferecer ao maior volume possível de pessoas a oportunidade do financiamento de suas atividades profissionais. O microcrédito é capaz de gerar riquezas sustentáveis e auxiliar no crescimento de um país mais justo e igualitário.