O Ciúme patológico está albergado dentro da certeza delirante da loucura que pretende e precisa saber da totalidade do outro uma vez que está sempre atormentado pela dúvida.

Sigmund Freud em sua análise do ciúme dizia que este fazia parte dos estados emocionais que fazem parte do ser humano e por isso cabia dentro da normalidade. O ciúme dito normal, o projetado e o patológico pertencem à esfera do inconsciente. O patológico é acentuadamente delirante. O ciumento patológico exige uma total dedicação do parceiro (a) quase como se precisasse do outro para existir como pessoa.

O ciúme patológico transforma a realidade, colocando em um lócus próprio do delírio do ciumento fazendo o seu alvo seu refém; são observadas reações hiper dimensionadas a qualquer tipo de contrariedade. O que é aparentemente encontrado no discurso do ciumento como zelo, na verdade não passa do velho sentimento de posse.

Em sua origem dentro da óptica freudiana o epicentro do ciúme normal e patológico estaria vinculado à perda. A primeira perda significativa do lugar especial da criança com a chegada do irmão; esta perda do lugar especial o faz perceber que não é o único no mundo surgindo daí a questão do rival.

Os rivais sempre são supervalorizados; são imaginados como sedutores (a) hábeis; possuidores da ou das qualidades que o ciumento não tem e que com certeza irá atrair o seu amor e este se deixará com a mais absurda certeza do delirante, se permitir seduzir. O ciúme patológico transforma uma relação que deveria ser sadia em uma novela mexicana e em alguns casos, em romance policial com final trágico.

É à volta a infância das primeiras perdas que têm o Pai e o irmão (a) como os primeiros modelos de rivalidade e que, se não forem bem conduzidos pela Mãe, poderão com certeza no futuro, trazer grandes problemas para o parceiro do ciumento patológico. O ciúme patológico não precisa de comprovação real; ele está inserido em um universo de histerias e delírios que não funciona dentro de uma lógica racional.

Eles combatem o tempo inteiro contra a posse do desejo do outro; eles querem simplesmente o controle do outro. Desde o começo da relação nos primeiros meses do namoro já é possível à percepção do ciumento patológico. Procure um Psicanalista!