Gislene Martins da Silva

O dicionário o classifica como a junção de folhas escritas, obra impressa, literária ou cientifica. Não há definição mais torpe, indigna para pintar essa máquina de sonhos chamada livro.

Talvez o homem tenha sido predestinado a escrever. Fez livro na terra, na parede, no papiro e fez até do mundo um enorme livro, este não para ser escrito e sim para ser lido.

Livro! Seu poder transcende o que existe. Objeto desejado, símbolo de poder e de conquista, antes cobiçado e proibido. Ah! Há livros e livros. Sérios, simples e complexos, há livros safados e sagrados, livros de receita e de magia. O que importa!? São livros, livros mágicos, capazes de envolver de MAIOR ao menor...

Imagine a tristeza daqueles que não conseguem ler um livro, e principalmente compadeça-se dos que colhem palavras, mas são incapazes de reconhecê-las na essência sublime que lhes é devida. Pobrezinhos! São cegos para vida e pior, pensam que não. Não sabem o que estão a perder.

Um livro fechado pode até despertar curiosidade, páginas tocadas, folheadas, proporcionam encontro, causando enormes explosões de sentimentos, interrogações, suspiros, sorrisos ou borrões salgados de lágrimas sobre as palavras, sejam de fascínio ou desalento.

Por que será que o homem inventou o livro? Talvez precisasse de um mundo ou vários mundos aos seus pés, ou melhor em suas mãos. Simples é só abrir... um livro.

Não julgue ser redundância citar tantas vezes livro, livro, livro... é que talvez assim consiga inventar, criar, novos predicativos a esse tesouro perpétuo da humanidade. Tesouro que é perpétuo o que faz perpetuar. Queres imortalizar um amor, um fato, um homem? Podes começar agora mesmo escrevendo um livro.

Não poderia findar sem citar as palavras de um grande imortal: Castro Alves

"Oh! Bendito o que semeia

Livros ... livros à mão-cheia...

E manda o povo pensar!

O livro caindo n'alma

É germe que faz a palma

É chuva que faz o mar.