Neste ensaio vamos procurar trazer ao candidato a empreendedor vários aspectos que influenciarão significativamente sobre o futuro do negócio, sendo eles: o cenário econômico, o empreendedor e a burocracia, a necessidade de crédito, analise mercadológica, cadeia de suprimentos e modais de transporte, valor presente liquido do projeto, taxa interna de retorno do projeto, administração do capital de giro e o cliente e ações de marketing.

1 - O CENÁRIO ECONOMICO

2 - O EMPRENDEDOR E A BUROCRÁCIA

3 - A NECESSIDADE DE CRÉDITO

4 - ANALISE MERCADOLÓGICA

5 - CADEIA DE SUPRIMENTOS E MODAIS DE TRANSPORTE

6 - VALOR PRESENTE LIQUIDO DO PROJETO

7 - TAXA INTERNA DE RETORNO DO PROJETO

8 - ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

9 – O CLIENTE E AÇÕES DE MARKETING

1 - O CENÁRIO ECONOMICO

Os recursos que geram dividendos economicos são o capital, a terra e o trabalho. Devem ser empregados a pleno vapor para garantir um desenvolvimento equilibrado e sustentável, gerando empregos, produção e renda.

O desequilibrio dos fatores economicos causa varios problemas de difícil solução, como por exemplo, inflação, desemprego, concentração de renda, desequilibrio da balança de pagamentos, entre outros, que nessecitam de intervenção governamental, através politicas economicas para a correção das distorções.

As teorias sobre inflação que indicam os gastos governamentais como a principal causa de aumento são as teorias monetarista e keynesiana. A principal diferença entre elas é que a primeira entende que o excesso de meio circulante causa sua desvalorização com consequente aumento de preços, enquanto a segunda diz que não é o excesso de dinheiro que causa a inflação, mas sim o pressão que o aumento da demanda agregada exerce sobre os fatores economicos.

Penso que o caso brasileiro é uma mescla das diversas teorias, vez que varios planos economicos que focaram poucos pontos fracassaram na tentativa de conter a inflação, já o plano real com objetivos amplos e fases distintas vem apresentando bons resultados.

Taxas de juros altas levam o investidor a colocar mais dinheiro nas mãos do governo, através da compra de títulos públicos, por exemplo, ficando comprometidos os investimentos na produção e consequente geração de empregos e renda, já taxas muito baixas aumentam excessivamente o dinheiro em circulação, causando sua desvalorização seguida de pressão inflacionária.

De modo que o governo deve agir como regulador, atuando com aumento ou diminuição da taxa de juros, de acordo com o cenário apresentado, buscando sempre um meio termo entre a taxa de juros e a inflação, trazendo o equilibrio necessário para o crescimento sustentável.

A autoridade monetária dispõe de inumeras ferramentas para intervir na economia, através de politicas fiscais, salariais, comerciais, cambial e de crédito. Caso se erre a dose de apicação de uma das politicas, isto pode causar desaranjos em outros setores da economia, desviando-se do objetivo inicial.

Como meio de evitar o erro, forçoso se faz um acompanhamento rigoroso, que traga iformações para uma tomada de decisão sólida, com fundamentos vincados na realidade da situação, para que seja atingido e espoco da meta traçada iniciamente com minima margem de erro, que pode ser ajustada do decorrer da implantação, utilizando-se por exemplo o método PDCA.

2 - O EMPRENDEDOR E A BUROCRÁCIA

Certamente que a atividade empreendedora é criadora de empregos e fomentadora do desenvolvimento socioeconômico do País, deve portanto, ter incentivos governamentais e das instituições de classe empresariais que permitam sua efetivação por parte dos empreendedores.

È fato que a maioria das empresas encerra suas atividades nos primeiros meses de existência.

Então, como ficam as pessoas que trabalham naquela empresa? Sem emprego, talvez com dividas contraídas com a possibilidade de paga-las com seus vencimentos. E as demais instituições parceiras da empresa falida, principalmente credores? Sem receber.

De modo que o arcabouço jurídico brasileiro foi moldado de forma a dificultar este tipo de situação e proteger os direitos básicos dos cidadãos.

Voltemos ao argumento inicial de que o poder publico e as entidades de classes devem incentivar o empreendedorismo, onde passo a sustentar que podem ser criados mecanismos de apoio as atividades empreendedoras, citando como exemplo um fundo garantidor dos empréstimos tomados pelos empreendedores que tiverem seusprojetosaprovados pelo órgão regulador.

Também é necessário que os processos burocráticos sejam agilizados, evitando que as oportunidades identificadas pelo empreendedor se esvaiam no tempo.

Se o empreendedor estiver preparado e der tudo de si, a probabilidade de fracasso do negócio provavelmente é pequena. É isso que se pode constatar com a convivência com pequenos empreendedores de vários segmentos, tanto com aqueles que não lograram obter sucesso no negócio, quanto com aqueles que o tiveram.

A questão fundamental então é o preparo do empreendedor. Isto é, a capacidade de tomar a iniciativa, buscar soluções inovadoras e agir no sentido de encontrar a solução para problemas econômicos ou sociais, pessoais ou de outros, por meio de empreendimentos. Algumas pessoas já nascem com maior qualificação para o empreendedorismo. Outras não tem tantos talentos natos, mas isso não quer dizer que não possam aprender e desenvolver esses talentos. Esse desenvolvimento é fundamental para toda pessoa que almeja implantar e gerir um pequeno negócio. Se uma pessoa tem capacidade empreendedora, ótimo, ela tem boa probabilidade de acertar no mundo do pequeno negócio.

Mas, a verdade é que os negócios exigem um pouco mais do que o talento empreendedor puro e simples. Por exemplo, precisamos de conhecimentos específicos que o talento empreendedor não traz por si só.É melhor pensar então numa preparação mais abrangente e completa. Ela deve contemplar três aspectos: mental, profissional e econômico. O desenvolvimento da capacidade empreendedora vai entrar nessa preparação também, de modo direto ou indireto.

3 - A NECESSIDADE DE CRÉDITO

A atividade empresarial, nela compreendidos os segmentos da indústria, do comércio e da prestação de serviços, é exercida no mercado entre as empresas e consumidores de bens e serviços, tendo como um dos seus principais suportes, o crédito.

Dois elementos são essenciais para a iniciação com sucesso de um empreendimento: um empreendedor motivado e qualificado, um conjunto de recursos. É necessário cuidar da preparação do empreendedor também no aspecto econômico.

Além do dinheiro necessário para a montagem do negócio, é provável que o empreendedor precise de mais alguma reserva para os meses iniciais, já que na fase inicial do novo negócio ele vai passar por um período de incerteza e risco e talvez não possa tirar dinheiro do novo empreendimento.

No Brasil existem diversas instituições de crédito, no entanto a concessão de empréstimos é condicionada ao oferecimento de garantias da capacidade de pagamento, como opção às instituições financeiras surgem ONGs que concedem crédito.

Coloca-se como uma das principais causas da dificuldade de obtenção de crédito a percepção de risco das instituições financeiras tradicionais em relação a estes empreendimentos, principalmente devido à falta de bens para garantir o empréstimo, e também por serem aparentemente instáveis, pois realizam transações informais; portanto, são desprovidos de documentos contábeis que constituam base de informações confiáveis sobre sua real situação e suas perspectivas de sucesso. No entanto, esses empreendimentos têm grande potencial para crescer e são de considerável importância para o desenvolvimento de um país.

Para atender a esse tipo de cliente, as organizações que atuam com microcrédito precisam ter flexibilidade quanto à garantia do pagamento do crédito concedido, adotando o princípio da confiança, dispensando várias exigências que são feitas pelos bancos tradicionais, utilizando apenas o mínimo indispensável de burocracia.

Deve-se entender como microcrédito ao tipo de financiamento fornecido por organizações com ou sem fins de lucro, onde são cobradas taxas de juros e que é direcionado aos segmentos de menor poder aquisitivo da população, especialmente a microempreendedores, constituídos ou não formalmente.

Os clientes das ONGs de microcrédito são diferentes dos das instituições financeiras convencionais. Na maioria das vezes, são microempreendedores de baixa renda que têm negócios familiares rudimentares e documentação formal limitada. Diante dessas características, são considerados de alto risco.

O crédito oferecido pelas ONGs é diferente do que oferecem as instituições financeiras convencionais. O valor e o prazo do empréstimo são menores e os juros mais altos. Como resultado, a carteira de empréstimos dessas ONGs mostra um perfil particular de risco: está mais fracionada e tem uma rotação mais alta (diminui o risco), mas está concentrada geograficamente (aumenta o risco).

A metodologia de análise de crédito é diferente dos procedimentos das instituições financeiras convencionais. A análise da reputação e do fluxo de caixa dos clientes é mais importante que as garantias e a documentação formal.

4 - ANALISE MERCADOLÓGICA

a) – Mercado Geográfico – Caracterizado pelo local de atuação;

b) – Mercado de Produtos – Caracterizado pelo fim a que se destina a mercadoria;

c) – Mercado Temporal – Caracterizado pela época em que as transacões são realizadas.

Por parte dos produtores temos o interesse em um mercado de livre concorrência, acoplado a maximização dos lucros, já por parte dos consumidores aparece o desejo de satisfação de suas nessecidades, traduzido nos dias de hoje em quaidade.

As variaveis que influenciam a escolha do consumidor são o preço do bem ou serviço, aliados ao preços da concorrência, sendo definidos pela capacidade de compra aliado a preferencia individual. Ou seja, a escolha do produto a ser comprado passa por fatores que são diferentes para cada pessoa ou empresa.

O efeito substituição esta relacionado ao preço do produto, quando seu preço aumenta existe uma tendência do consumidor buscar produtos similares no mercado, que tenhan finalidades parecidas. Já o efeito renda realciona-se a desproporcionalidade entre os dois fatores, vez que o preço dos produtos aumenta sem a contrapartida da renda do consumidor, que então procurara um subsituto.

Enquanto a lei geral da demanda diz que há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade demandada e o preço do bem, a lei geral da oerta diz que a uma relação direta entre a quantidade disponibilizada e o nivel de preços.

DeAcordo com Vasconcelos; Garcia (2000):

a) - Oferta – É a quantidade de produtos que os produtores desejam disponibilizar no mercado em um determinado periodo;

b)Demanda – È a quantidade de produtos que os consumidores desejam ou necessitam adquirir em uma determinada época.

As caracteristicas que influenciam as estruturas de mercado são basicamente o grau de concentração de vendedores e compradores, o grau de diferenciação do produto e o grau de dificuldade ou barreiras a enrada de novas firmas. Estas caracteristicas representam as condições para formação do preço da mercadoria ou serviço.

Assim teremos:

a) - Concorrência pura – Muitas empresas com o mesmo produto no mercado;

b) - Monopólio – Uma única empresa com um determinado produto no mercado;

c) - Oligopólio – Poucas empresas no mercado, com interdepêndencias entre elas;

d) - Concorrência monopolistica – Muitas empresas e produtos no mercado, com imensa diferenciação entre preçõs e qualidade.

5 - CADEIA DE SUPRIMENTOS E MODAIS DE TRANSPORTE

No decorrer do tempo a área de materiais das empresas foi ganhando maior importancia a medida que a concorrência foi aumentando e a competitividade passou a ser sinômimo de lucros.

Com o advento da Globalização, ou seja de um ambiente de copetição global,surgiram desafios de qualidade na prestaçaõ de serviços ao cliente, aliado a rapida expanção da tecnologia de comunicação e de produção avançada exigidas cada vez mais por consumidores que esperam além de todo o citado responsabilidade social e preocupação ambiental das organizações.

Dentro deste contexto as empresas passaram a perceber que a area de materiais poderia ser otimizada, diminuindo-se custos através do aperfeiçoamento dos processos produtivos, de armazenamento e distribuição, traduzindo-se em satisfação do publico interno e externo.

Uma cadeia de suprimentos e produção é composta por uma rede de facilitadores que representa as funções de procura de material, tranformação do material em produtos intermediarios e acabados, distribuição dos produtos acabados aos clientes, que enbloba ainda o tranporte, a administração de todos os processos e o provimento financeiro.

Diferentes fontes de incertezas existem ao longo da cadeia de suprimentos e produção, incluindo as flutuações de demanda e as incertezas inerentes ao processo, tais como: Downtime de maquinas, confiabilidade, transporte, quantidade a ser prodizida e aquelas inerentes ao fornecimento, tais como, por exemplo, qualidade, quantidade e prazos de entrega e o nivel de estoque necessario para proteger a organização destas incertezas.

Quando bem planejados e administrados todos os fatores do ambiente em que a empresa vai atuar, incluindo-se ai a previsão de vendas e a utilização de tecnologia de informação, podemos chegar ao sistema just-in-time ao longo de toda a cadeia.

Atualmente os modais de transporte existentes são divididos nas seguintes classificações:

a) – Modal Matitimo/Fluvial;

b) – Modal Aéreo;

c) – Modal Rodoviário;

d) – Modal Ferroviário;

e)– Modal Dutoviário.

Diversas variáveis irão influir na definição de qual ou de quais modais de tranporte serão utilizados para movimentar um determinado produto, dentre os mais importantes podemos destacar: O tipo de produto a ser tranportado, a distância a ser percorrida, o tamanho/quantidade da carga, o custo do frete e o modal disponivel para o destino do produto.

6 - VALOR PRESENTE LIQUIDO DO PROJETO

O valor presente líquido (VPL) ou método do valor atual é a fórmula matemático-financeira de se determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do investimento inicial. Basicamente, é o calculo de quanto os futuros pagamentos somados a um custo inicial estaria valendo atualmente. Temos que considerar o conceito de valor do dinheiro no tempo, pois, exemplificando, R$ 1 milhão hoje, não valeria R$ 1 milhão daqui a uma ano, devido ao custo de oportunidade de se colocar, por exemplo, tal montante de dinheiro na poupança para render juros.

Na contabilidade gerencial para a conversão balanços para a chamada demonstrações em moeda constante, quando então se tenta expurgar dos valores os efeitos da inflação e das oscilações do câmbio. Também é um dos métodos para o cálculo do goodwill, quando então se usa o demonstrativo conhecido como fluxo de caixa descontado (ver Valor presente ajustado);

Em finanças, para a análise do orçamento de capitais - planejamento de investimentos a longo prazo. Usando o método VPL um projeto de investimento potencial deve ser empreendido se o valor presente de todas as entradas de caixa menos o valor presente de todas as saídas de caixa (que iguala o valor presente líquido) for maior que zero. Se o VPL for igual a zero, o investimento é indiferente, pois o valor presente das entradas é igual ao valor presente das saídas de caixa; se o VPL for menor do que zero, significa que o investimento não é economicamente atrativo, já que o valor presente das entradas de caixa é menor do que o valor presente das saídas de caixa.

7 - TAXA INTERNA DE RETORNO DO PROJETO

Como uma ferramenta de decisão, a TIR é utilizada para avaliar investimentos alternativos. A alternativa de investimento com a TIR mais elevada é normalmente a preferida; também deve se levar em consideração de que colocar o investimento em um banco é sempre uma alternativa. Assim, se nenhuma das alternativas de investimento atingir a taxa de rendimento bancária ou a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), este investimento não deve ser realizado.

Normalmente a TIR não pode ser resolvida analiticamente como demonstrado acima, e sim apenas através de iterações, ou seja, através de interpolações com diversas taxas de retorno até chegar àquela que apresente um VPL igual a zero; contudo as calculadoras financeiras e planilhas eletrônicas estão preparadas para encontrar rapidamente este valor.

Um defeito crítico do método de cálculo da TIR é que múltiplos valores podem ser encontrados se o fluxo anual de caixa mudar de sinal mais de uma vez (ir de negativo para positivo e para negativo novamente, ou vice-versa) durante o período de análise. Para os casos de alteração freqüente de sinal deve utilizar-se a (Taxa externa de retorno - TER).

Apesar de uma forte preferência acadêmica pelo VPL, pesquisas indicam de que executivos preferem a TIR ao invés do VPL. Aparentemente os gerentes acham intuitivamente mais atraente para avaliar investimentos em taxas percentuais ao invés dos valores monetários do VPL. Contudo, deve-se preferencialmente utilizar mais do que uma ferramenta de análise de investimento, e todas as alternativas devem ser consideradas em uma análise, pois, qualquer alternativa pode parecer valer a pena se for comparada com as alternativas suficientemente ruins.

Deve-se ter em mente que o método da TIR considera que as entradas, ou seja, os vários retornos que o investimento trará, serão reinvestidos a uma taxa igual a taxa de atratividade informada.A TIR é um método que por vezes distorce a análise do investimento, por isso deve-se sempre utilizar o método VPL para se ter uma certeza maior do investimento.

Para decidir, o investidor deve ponderar três
critérios: liquidez, retorno (possibilidade de ganhos) e risco (possíveis perdas). A combinação desses três elementos, a critério do investidor, definirá a viabilidade da aplicação.

Antes de iniciar seus investimentos, você deve fazer algumas ponderações.
Ganhos a curto prazo não devem ser a expectativa de quem decide investir. É aconselhável que o investidor não dependa do recurso aplicado no curto prazo para gastos imediatos e que tenha um horizonte de investimento de médio e longo prazos, quando eventuais desvalorizações poderão ser revertidas.

8 - ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

Capital de giro são recursos que as empresas mantem em caixa para atender suas necessidades operacionais imediatas, como por exemplo negociar preços melhores com os fornecedores ou aproveitar uma oportunidade de negócio vantajosa, pagar salarios e tarifas publicas. Fazem parte do capital de giro os recursos em caixa, aplicações financeiras, estoques e duplicatas a receber.

O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Já o capital fixo não exige atenção constante, uma vez que os fatos capazes de afetá-lo acontecem com uma freqüência bem menor. Boa parte dos esforços do administrador financeiro típico é canalizada para resolução de problemas de capital de giro constituidos por formação e financiamento de estoques, gerenciamento do contas a receber e administração de déficits de caixa. Nesta luta para sobreviver, a empresa acaba sendo arrastada pelos problemas de gestão do capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de longo prazo. Os empresários conhecem bem este fenômeno. Boa parte de seu tempo é consumido apagando incêndios, onde o foco mais perigoso reside no capital de giro.

O capital de giro é extremamente importante para as empresas, haja vista que é com estes recursos que a empresa manten-se em funciomento no curto prazo. Caso a empresa não administre corretamente os itens que fazem parte do capital de giro, podera leva-la a uma situação de insolvencia.

Como acontece no trato de muitos outros problemas, a ação preventiva tem um papel importante para a solução dos problemas de capital de giro. A principal ação consiste na formação de reserva financeira para enfrentar as mudanças inesperadas no quadro financeiro da empresa. A determinação do volume dessa reserva financeira levará em conta o grau de proteção que se deseja para o capital de giro. Uma análise do tipo o que aconteceria ao capital de giro poderia ser bastante útil para se formular a estimativa do volume da reserva financeira. À primeira vista, poderia soar antieconômico a formação de uma reserva financeira, já que esta decisão tiraria recursos financeiros que de outra forma deveriam ser aplicados no investimento em ativos fixos de modo a permitir a expansão da empresa.

Frequentemente, os problemas de capital de giro surgem como conseqüência de uma redução de vendas. Neste caso, o administrador financeiro se defronta com questões como manter o capital de giro sob controle diante de um quadro de redução das vendas e o que pode ser feito para evitar uma crise maior de capital de giro.

O efeito tesoura é o crescimento e o decréscimo continuo do capital de giro de uma empresa, uma má administração leva a esse efeito.

Uma empresa entra no efeito tesoura quando em uma série de exercicios sociais seguidos o Investimento operacional em giro é maior do que o capitaa permanente liquido, levando consequentemente a um saldo negativo de tesouraria.

É de suma importância acompanhar a evolução do saldo de tesouraria, a fim de evitar que permaneça constantemente negativo e crescente. Caso o autofinanciamento (lucros) de uma empresa não seja suficiente para financiar o aumento de sua necessidade de capital de giro, seus dirigentes serão forçados a recorrer a fundos externos, que podem ser empréstimos de curto ou longo prazos e/ou aumento de capital social em dinheiro. Caso esses fundos não possam ser obtidos, essa empresa terá sua própria sobrevivência ameaçada

A necessidade de capital de giro é função do nível de atividade de uma empresa. Seu aumento tanto pode ocorrer em períodos de rápido crescimento como também em períodos de queda nas vendas. O saldo de tesouraria se tornará cada vez mais negativo com o crescimento das vendas, caso a empresa não consiga que seu autofinanciamento cresça nas mesmas proporções do seu crescimento da necessidade de capital de giro. Esse crescimento negativo do saldo de tesouraria é que denominado efeito tesoura.

O efeito tesoura ocorre quando a empresa financia a maior parte da necessidade de capital de giro através de créditos de curto prazo. Nesse caso, o saldo de tesourariase apresenta negativo e crescendo, em valor absoluto, proporcionalmente mais do que a necessidade de capital de giro. O acompanhamento cuidadoso do Saldo de Tesouraria, observado sob o prisma do grau de alavancagem operacional e financeira, dará ao empresário uma medida adequada de como e quanto se endividar. Nem sempre o crescimento das vendas é um movimento sadio, nem sempre a queda nas vendas é um movimento pernicioso. Tudo depende da relação entre a variação da necessidade de capital de giro sobre as vendas, bem como do autofinanciamento sobre as vendas.

9 – O CLIENTE E AÇÕES DE MARKETING

Foi pesquisado o palestra Atendimento ao cliente como diferencial competitivo: Garantindo o cliente de amanhã [1], a qual sustenta que o motivador do comportamento do cliente são suas necessidades, utilizando-se da piramede das necessidades de maslow para explicar o tema abordado. Cita ainda que de acordo com a Us News And World Report perde-se um cliente em 14% dos casos por má qualidade do produto/serviço e em 68% dos casos, pela má qualidade do atendimento. Defende ainda que o cliente bem tratado volta sempre, nem sempre teremos uma segunda chance e que relações eficazes, aliados qualidade são referenciais que atingem diretamente a imagem da empresa perante o consumidor.

Se analizarmos os dados do estudo citado, veremos que em mais de 80% dos casos a responsabilidade pela perda do ciente é da empresa, a qual poderia ter desenvolvido estratégias que levariam o consumidor a tornar-se um cliente assiduo, fator almejado por todas as empresas, com vistas a longevidade futura do produto ou serviço, vez que no cenario atual a vida util de um produto ou serviço tende a diminuir devido a fatores tecnologicos e concorrênciais.

A descrição da piramide de Maslow permite inflingirmosque existe uma relação direta do comportamento do cliente com sua situação socio-economica versus a satisfação de suas necessidades, ou seja, clientes menos abastados são melhor influenciados por fatores como preço e localização, já clientes mais abastados são sensibilizados por diferenciais, como a qualidade do atendimento, estética e imagem da empresa.

Como exemplo de estratégia de marteting, com vistas a explicar melhor o acima exposto, com a finalidade de atingir segmentos socioeconomicos distintos segue abaixo a descrição basica de divulgação de um produto de uso cotidiano, o papel higienico:

a) – Para conquistarmos clientes das classes A e B – Devem ser destacadas qualidades como macies, textura, pefume, design, estetica da embalagem, colocação do produto em hoteis e lojas de conveniencia, propaganda em revistas, jornais e programas de TV especializados;

b) – Para despertar interesse de clientes das classes D e E – Divulgar na midia através do radio e da Televisão, panfletos e outdoors, bem como através de promoções do tipo junte 5 embalagens e ganhe um rolo de brinde, destacando atributos como preço, comprimento do papel e divisões que possibilitem um maiornumero de utilização e colocação do produto em mercados da periferia e grandes redes de supermercados.

OBS – Os clientes da classe C seriam atingidos por ambas as estratégias traçadas.



[1] Denise Dutra, consultora do Instituto MVC, www.institutomvc.com.bt/apresentações/Atendimento, capturado em 17/09/2006.