Certamente ainda não é o fim de tudo, porém pode ser o início do tão esperado apocalipse. Apocalipse esse criado por nós mesmos e não pelas mãos de Deus. Vagalhões, terremotos, enchentes, tudo acontecendo simultaneamente, mostra a fragilidade da espécie humana diante da força da natureza. Nem toda a ciência existente consegue deter a velocidade da destruição.
Assistimos ao Haiti ser massacrado pelo terremoto, o continente asiático pelo tsunami e agora ao vivo e a cores vemos o Japão quase ser riscado do mapa. Numa fúria incontrolável a natureza com seus braços e sopros, vai levando tudo que está ao seu alcance. Aos homens bastam assistir passivamente o que eles acham que é destruição, porque para a natureza pode ser também um resgate de seu território.
Muro de contenção, alertas antes dos acontecimentos, estruturas reforçadas, nada disso adianta quando se tem como adversário a natureza. A humanidade está preparada para tudo, menos para a sua extinção. A tecnologia avança e a capacidade suicida também caminha ao seu lado. Controlar o progresso destruidor capitalista é impossível, sendo assim, estamos cavando a nossa própria cova. A nossa morada será o nosso túmulo, aonde um genocídio virá da nossa própria ignorância.
Qualquer ajuda é insuficiente e os entulhos da desgraça serão só retirados quando tomarmos consciência da extinção que estamos provocando. Somos tão arrogantes que resolvemos antecipar o apocalipse divino para assim criarmos meios de nos extinguir sem a participação de Deus. Com uma ajudinha é claro, da natureza.

MÁRIO SÍLVIO PATERNOSTRO