"O Profissional Contábil Diante das Convergências das Normas Contábeis: Análise da Preparação Desse Profissional nos Processos Organizacionais " (SEGET VIII SIMPOSIO de Excelência em Gestão e Tecnologia), dos acadêmicos de Doctum Iúna Leda Guimarães, Natália Paulúcio, Fernanda Almeida e Rafael de Moura, expõem a real situação dos profissionais contábeis.
Com a implantação das Lei 11.638 de 2007, ocorrida somente em 2008 no Brasil, nos deparamos com inúmeras mudanças que se fazem necessárias nos processos contábeis para com as empresas brasileiras. Em contrapartida surgem as dúvidas e dificuldades dos profissionais da área.
O Artigo em questão nos remete a pesquisa realizada nos municípios de Iúna e de Muniz Freire, localizados no Estado do Espirito Santo. Tal estudo teve como foco o conhecimento de contadores da região sobre a convergência das normas contábeis e sua aplicabilidade nos processos das empresas nacionais.
Tanto na introdução quanto no desenvolvimento, o artigo nos traz diversas citações de Niyama, Iudícibus e Marion fundamentando o conteúdo abordado. Salientando a importância e a necessidade da convergência das normas para a economia brasileira e para a padronização da Contabilidade.
Prosseguindo com o conteúdo do artigo, podemos observar que inúmeras pesquisas e levantamentos foram realizados para respaldo. Um dos principais exemplos que poderemos citar é o estudo da regiões que adotaram o método padrão IFRS que totaliza a maioria dois países do mundo.
Dentre os métodos utilizados para analise, foi selecionado um grupo de 21 profissionais da região. Os mesmos deveriam responder um questionário sobre a aplicabilidade e viabilidades da convergência. A resolução das avaliações foi preocupante para a categoria, apenas 17 profissionais concluíram as questões. Como resultado geral metade dos profissionais foram classificados com baixo a médio nível de conhecimento sobre o assunto e apenas a outra metade com conhecimento nível alto.
A alegação para desconhecimento do assunto, dos avaliados com classificação insatisfatória, é a falta de suporte por parte dos CRC da região. Em contra partida os classificados com nível de conhecimento alto relatam terem recebido instruções do mesmo órgão. Com esta perspectiva fica claro o desinteresse dos profissionais sem conhecimento, ou com o mesmo muito baixo.
Podemos concordar e concluir com o artigo, que a Contabilidade evoluiu muito ao longo dos anos, não basta mais ser apenas um profissional focado na escrituração de documentos. Essa profissão nos exige conhecimentos técnicos e visão de mercado, que podem ser observados pelas inúmeras declarações, que são obrigatórias a serem entregues, que se demonstram cada vez mais estruturadas e complexas.
O dados apurados no artigo e as conclusões reiteradas, fazem com que reflitamos sobre a nossa posição no mercado. Vamos querer ser profissionais considerados maquinas que só sabem seguir um passo a passo, ou vamos nos atualizar conforme a globalização nos exige e optar por sermos profissionais mais do que fundamentais a nas empresas? A resposta virá do desempenho e interesse de cada um.

Emileni Dutra Rodrigues, é acadêmica em Ciências Contábeis pela da Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul ( FADERGS).