A quantidade de informações contidas neste trabalho corresponde a uma única gota, se compararmos com a quantidade de informações disponíveis sobre deficiência visual. De acordo com informações da Wikipédia, o olho é o órgão responsável pela visão no ser humano. Tem diâmetro antero-posterior de aproximadamente 24,15 milímetros, diâmetros horizontal e vertical ao nível do equador de aproximadamente 23,48 milímetros, circunferência ao equador de 75 milímetros, pesa 7,5 gramas e tem volume de 6,5cm³. Um órgão tão pequeno e que oferece uma gama infinita de possibilidades de estudos sobre ele. Seria possível escrever sobre a anatomia, a histologia, a formação de imagens, as cores, os distúrbios de refração, as doenças, as causas das doenças, os diagnósticos das doenças, as prevenções das doenças, as curiosidades e tantas outras informações. Seria praticamente impossível escrever tudo sobre inclusão. Este tema abre um leque de possibilidades para estudos como: o que é inclusão, quando começaram os movimentos pela inclusão, inclusão social, inclusão de pessoas deficientes, a sociedade e a inclusão, a família e a inclusão e assim por diante. Um professor que receber um aluno deficiente visual poderá se sentir um tanto quanto desnorteado ao procurar informações que possam lhe ajudar no processo de inclusão desse aluno. Por onde começar a pesquisar? A quem pedir ajuda? Quem é o maior responsável por este aluno? A resposta é simples.  Como está escrito na Bíblia “e uma criança os conduzirá”. O seu aluno deficiente visual é seu maior problema naquele momento. Mas, “existe um tesouro a ser descoberto em cada problema”. Se o problema parece ser o aluno deficiente visual, a solução do problema também se encontra nele. Busque informações com os pais do aluno, saiba se ele apresenta deficiência visual congênita ou se perdeu a visão depois do nascimento, quando e como se deu isso. Converse com os pais. Procure saber tudo, exatamente tudo sobre seu aluno. De posse destas informações, procure outras em fontes diversas como jornais, revistas, internet e livros. Informe-se e forme-se. Arme-se de metodologias variadas para auxiliar o aluno no seu processo de ensinoaprendizagem. Lembre-se de que não estará sozinho. Peça ajuda a outros professores, à equipe pedagógica, ao professor de apoio, aos especialistas. Mas saiba que a obrigação de educar o aluno deficiente visual é sua. Os outros profissionais poderão lhe ajudar, mas nunca fazer o seu trabalho.  Saiba também que a escola e os profissionais que nela trabalham não estão fazendo um favor ao receber o aluno deficiente visual ou qualquer outro aluno deficiente. É direito do aluno deficiente frequentar a escola comum, ser respeitado e atendido em suas necessidades. E é obrigação do professor e dos demais profissionais da escola receber, acolher e incluir nas atividades de vida diária o aluno deficiente visual. Porém, não veja seu trabalho como uma obrigação, veja-o como um prazer e também um aprendizado. Mas, fica a dica. Num mundo onde todos querem ser vistos, precisam ser vistos, a qualquer preço e o tempo todo, como o aluno deficiente visual ou de baixa visão vive? A resposta é tão simples. Da mesma forma que vivem as pessoas que enxergam. Apenas precisam de algumas adaptações, alguns cuidados e de um pouco mais de tempo para executar as tarefas que as pessoas que enxergam gastam ou necessitam. E sem falar da experiência enriquecedora que é trabalhar com inclusão. Viver e conviver com pessoas deficientes visuais nos permite uma experiência única. Paramos de ver o mundo com os olhos e passamos a envergá-lo com o coração. Essas pessoas não podem ver a cor das flores, mas podem sentir o perfume delas. Não podem ver a cor do céu, mas podem sentir o calor do sol e o vento fresco que sopra. Não podem ver seu rosto, mas podem sentir seu coração bater dentro do peito. Afinal, o que essas pessoas têm dentro do peito? Coração. O que as outras pessoas que podem ver têm dentro do peito? Coração. Então, somos todos iguais. Aprenda a olhar as pessoas com olhar de misericórdia. Ser misericordioso significa ver e enxergar as misérias do outro, enxergar os sofrimentos dos outros. Veja as pessoas através deste olhar. Aprenda com os deficientes visuais. Respeite-os. Assim, ensinar Português, Matemática, Física e as outras disciplinas vai ser fácil. Depois de tudo o que foi dito aqui, posso dizer que eu enxergo você. E você? Me vê ou me enxerga?