Bakhtin (1997) afirma que o sujeito e a linguagem são mutuamente constitutivos.

Todo sujeito está em busca de respostas aos questionamentos psicológicos que ele próprio cria. A problematização do "eu" surge quando as próprias respostas os leva a novas perguntas!

 

 Segundo Pietroulongo(2009) a filosofia contemporânea tem tratado esta problematização do “eu” como fundamental para o processo de formação de identidade. O reconhecimento de identidade permite ao sujeito tomar consciência que é único no espaço e no tempo. A busca da identidade, então, é a tomada de consciência de si mesmo.

 Segundo Fernando Pessoa, nosso poeta contemporâneo, "nunca conheci ninguem que tivesse levado porrada". Atualmente está na moda o "eu flutuante" mais reconhecido como "eu tecnológico" o qual rejeita a própria identidade e por isso vive como um semi-deus, que tudo sabe, tudo pode e tudo controla”.

Glat (1989) afirma que o sujeito se forma por projeção. A maior projeção humana é "o outro". O outro no mundo tecnológico é imaginário, então, o "eu" também será constituinte de uma identidade imaginária. Vivemos em uma sociedade de indivíduos em estado "flutuante". Esse momento, particularmente pode ser compreendido como carente de pessoas que reconheçam seus valores, suas crenças e seus medos.

 Optamos pelo estado flutuante ou pelo real? Flutuar, ou e viver o que somos?