IMP INSTITUCIONAL MT DE PÓS-GRADUAÇÃO

VERA LUCIA TAVARES DOS SANTOS 

SORRISO-MT

2014

INTRODUÇÃO

Embora a Educação de Jovens e Adultos (EJA) não esteja somente voltada para a alfabetização, esta tem sido seu principal campo de atuação no Brasil.

Nesta pesquisa refletimos sobre o CEJA (Centro de Educação de Jovens e Adultos), como espaço de vivencia, experimentação e construção.

A Educação de Jovens e Adultos representa uma possibilidade que pode contribuir para efetivar um caminho e desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades. Planejar esse processo é uma grande responsabilidade social e educacional, cabendo ao professor no seu papel de mediar o conhecimento.

A pesquisa de campo aconteceu em uma Escola Estadual de Ensino do Município de Sorriso, onde há a modalidade de ensino para jovens e adultos em seu quadro de educando.

Foi feito um estudo teórico aprofundado da EJA, seguido de uma investigação, com objetivo de confrontar a teoria e a prática.

A pesquisa aconteceu de maneira qualitativa, e contou com um roteiro de perguntas direcionadas a professores, coordenadores, diretor e alunos. A investigação ocorreu através de entrevistas e algumas questões.

Falar da Educação de Jovens e adultos (EJA) é bastante instigante e desafiador, já que este é um tema de motivação social muito grande.

A Educação de Jovens e Adultos representa uma possibilidade que pode contribuir para efetivar um caminho e desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades. Planejar este sucesso é uma grande responsabilidade social e educacional, cabendo ao professor no seu papel de mediar o conhecimento, ter uma base sólida de formação.

A EJA manifesta-se como uma promessa de efetivar um caminho de desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades, de modo que troquem experiências e tenham acesso a novas regiões do trabalho e da cultura.

A modalidade de educação (EJA) vem se fortalecendo bastante nos últimos anos.

Por meados da década de 1990 ocorrem os movimentos nacionais e internacionais voltados ao tema analfabetismo e da grande necessidade, que os sujeitos sentiam sem terem estudos. Este movimento teve um impulso maior nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

Com estes movimentos nacionais e também internacionais notaram-se os primeiros sinais que a (EJA), Educação de Jovens e Adultos, estava sim se fortificando.

Houve também por parte do governo uma ampliação dos programas voltados para a educação de jovens e adultos.

A população organizada também ressaltava a necessidade das conquistas de projetos voltados para educação de jovens e adultos.

Mesmo com a reforma da Lei de Diretrizes da Educação (LDB 9394) de 1996, os exames supletivos ainda são uma realidade entre os indivíduos jovens e adultos que buscam a certificação oficial.

A EJA precisa de ações que sejam permanentes e sistemáticas.

Mesmo consciente que a (EJA) vem se desenvolvendo, há também o consenso que necessita de mais investimento para que as pessoas que dela necessitam recebam educação de qualidade.

A (EJA) é uma modalidade de ensino, e como tal precisa ser desenvolvida em espaços escolares, estes espaços podem ser em salão comunitário, em Associação de Moradores e etc.

A sala de aula é o espaço de encontro entre alunos, professores e conhecimento, nela ocorrem vínculos de amizade e confiança se constrói e se consolidam, animando o processo de ensino e aprendizagem. 

Quando os alunos (EJA) recebem apoio no seu aprendizado, como um espaço escolar adequado, professores capacitados, conteúdo direcionados a ao público, estes de fato estão sendo tratados como educando, independentemente da idade que possam ter.

É importante destacar que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) está num momento de valorização, existem vários programas federais voltados a essa modalidade de ensino.

É preciso ter a consciência que a (EJA) Educação de Jovens e Adultos nasceu em meio ao debate sobre educação popular e acesso à educação pública, e que sua trajetória de ensino teve ligação com os movimentos sociais de luta por educação.

Para entender essa modalidade de ensino faz-se necessário conhecer um pouco os sujeitos dessa modalidade de educação, quem é esse sujeito que já adulto se vê voltando para sala de aula.

Considerando que muitas vezes o que leva essas pessoas a voltar a estudar é a necessidade social de se relacionar, a procura de um emprego melhor, enfim sabe-se que podem ser muitas as motivações que uma pessoa adulta sente, e a estimula a voltar a estudar, ou ainda iniciar sua caminhada acadêmica.

Em nosso país, porém, muito antes de representar o conhecimento um direito inerente à condição humana, o acesso à EJA foi muitas vezes, e ainda é, um instrumento político a serviço da sociedade capitalista.

É muito bonito a ver o esforço desses educando em se atualizarem, em estarem de volta nas salas de aula.

Diante de muitas e aceleradas transformações tecnológicas, inclusive na educação, precisa-se usar recursos metodológicos que dêem suporte para a aprendizagem significativa.

A estrutura para estarem recebendo estes alunos já adultos, muitas vezes já pais e mães de famílias, precisa ser adequada e estimuladora.

Esses alunos precisam gostar de permanecer no ambiente escolar, os professores precisam sim ser capacitados para desenvolverem sua prática com coerência com esta faixa etária.

A educação possibilita ao individuo jovem e adulto retomar seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar competências adquiridas na educação extra-escolar e na própria vida.

 O objetivo da EJA é formar pessoas capazes de desenvolver um pensamento autônomo, e dentro desse conceito temos que entender a dinâmica da sala de EJA, para construção de não só estudos científicos, mas também relações interpessoais.

A referida pesquisa foi de grande importância para mim como futura professora, pois o interesse pelo tema em questão surgiu a partir do contato com a disciplina Educação de Adultos, do curso de pedagogia. Por isso ao longo dessa pesquisa, conheci um pouco mais e analisei os métodos e praticas aplicada na EJA.

Educadores ou não, o comprometimento de cada um de nós é reconhecer nosso papel enquanto sujeitos da práxis, problematizando o cotidiano descrito na realidade. É nessa consciência de mundo que ao refletir sobre si mesmo, o professor se descobre e age em favor de mudanças.