Fichamento de Comentário                                                     

“O PROBLEMA DA INDUÇÃO” 

FRANÇA, Francilva Costa[1] 

CHALMERS, A.F. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993, p. 30-38. 

Principais Ideias 

  1. O princípio de indução pode ser justificado?
  2. O recuo para a probabilidade “Versão probabilística do princípio de indução”.
  3. Respostas possíveis ao problema da indução.

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  1. Com base no indutivista ingênuo, retrata que a ciência inicia-se por meio de observações, os quais proporciona uma base concreta e meramente segura sobre como o conhecimento cientifico pode ser construído. Ressaltando ainda que este tipo de conhecimento praticamente é obtido através de proposições de observação acerca da indução.

 - O questionamento feito por Chalmers, vem retratando como o princípio de indução pode ser justificado? Este é um tipo de indagação que pode ser respondido por meio de dois tipos de abordagens abertas ao indutivista.

- A primeira destaca que o princípio de indução pode ser justificado por meio da lógica que é algo característico de um recurso garantido livremente. A segunda abordagem retrata que a justificação desse principio de indução pode ser feito através da experiência por meio de uma apelação, tendo esta ferramenta como algo extremamente relevantes e essencial, sendo utilizada como referência no campo científico.

- Considera-se que a validade do princípio de indução baseia-se por meio de várias afirmações passadas que ora foram aplicadas a este princípio. Diante desse contexto, o argumento passa a ser indutivo e assim não pode ser usado para tentar justificar o princípio de indução. Ou seja, os indivíduos não podem utilizar a indução para justificar a indução. Tal dificuldade abordada acima, associada a justificação da indução tem sido propriamente o grande problema da indução. 

  1. Chalmers vem destacando a respeito do recuo para a probabilidade, isto é, descreve uma versão probabilística do princípio de indução, retratando que os indutivistas utilizam-se desse princípio para se defenderem das críticas destacadas no item anterior.

 - Em outras palavras, o conhecimento cientifico não é praticamente verdadeiro, mais visa representar algo que pode ser comprovado, ou seja, não transmite uma certeza concreta mais sim uma probabilidade (provável certeza).

- O recuo para a probabilidade segundo o autor, baseia-se por um número limitado de eventos, cujas aplicações desse princípio levam a conclusões possivelmente verdadeiras. No entanto, para tentar justificar sob uma visão probabilística do princípio de indução através do apelo à experiência, o mesmo poderá ter dificuldades para tentar justificar este princípio na sua forma que é visto como algo que precisa ser justificado. 

  1. Para Chalmers existem várias respostas ao problema da indução, sendo que a primeira é a cética (a qual vem descrevendo que a ciência baseia-se na indução e que a ciência por sua vez não pode ser justificada racionalmente).

- Outra resposta apontada para solucionar o problema da indução é enfraquecer a exigência indutivista, relacionando que todo conhecimento quando não é lógico, precisa ser derivado pela experiência e argumentado pelo princípio da indução de forma racional.

-Já a terceira resolução de tal problema, aponta a negação como um aspecto capaz de colaborar de forma significativa para o campo da ciência, tornando-se de forma significativa para o campo da ciência, tornando-se base do princípio de indução. Nisso o problema da indução poderá de certa forma ser evitado se for estabelecido que a ciência não envolva a indução.

- Mediante a todo o contexto explanado no capítulo II deste livro, ficou difícil de compreender se realmente este princípio deveria ser explanado de forma mais objetiva para o leitor entender ou detectar a verdadeira resposta do questionamento feito no item 1 deste fichamento.

 - O texto usado como referência é algo que dificultou a construção do fichamento de comentário, o qual não possui uma leitura de difícil compreensão aos indivíduos que ora não são adeptos ou acostumados a ler este tipo de texto.

 - Destaca-se ainda que durante o decorrer do texto, notou-se que em alguns trechos o princípio de indução não é justificado mais em outros sim. Então, ficou meio contraditório, identificar de forma precisa como isso corre verdadeiramente, e se realmente o princípio de indução poder ser ou não justificado.

 - O tema abordado nesse fichamento requer o uso de outros textos para complementar essa leitura, pois o mesmo é demasiadamente limitado, onde não foi possível retirar conclusões precisas. Levando o leitor a ir à busca de outras fontes, principalmente ao do mesmo autor “Alan F. Chalmers” do livro em estudo para compreender com mais precisão e profundidadesuas ideias e concepções defendidas por este autor.

[1] Graduada em Pedagogia e especialista em Gestão Educacional Integradora pela Faculdade Atenas Maranhense – FAMA e aluna do Curso de Especialização Conducente ao Mestrado em Gestão Escolar pela Universidade Fernando Pessoa – UFP (Porto – Portugal).