O principio construtivo da interpretação e da análise dialética, o fenômeno como sujeito.

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Natura nusquam magis es tota quam in minimis. Em nenhuma parte entendemos a natureza em sua totalidade.  Da mesma forma o pensamento na sua globalidade. O pensamento é puro fragmento.  Por isso que podemos dizer: Nenhuma interpretação é a verdade absoluta, a única forma absoluta do entendimento é a maneira de interpretar, evidentemente que tudo que existe, existe apenas para o pensamento, ou seja, epistemologicamente, isto é, o universo inteiro apenas é objeto para o sujeito.

 Quanto à parcialidade é um mero instrumento para projeção da síntese precária como possivelmente global, por isso que toda fala mesmo na relatividade é cheia de verdades. O que se define é apenas ideologia ou a sua  representação como desejo simbólico do real quase sempre deturpado.   Edjar.  

 Significa que o mundo é, portanto, uma representação do sujeito. Não existe o mundo sem sujeito. Schopenhauer.   Com efeito, qualquer fenômeno, obviamente é a representação do referido. O sujeito é apenas exclusivamente o único sentido. 

 Tudo que o mundo encerra ou pode encerrar está nessa, dependência, obviamente necessária perante o sujeito, e apenas existe para ele. O mundo, portanto, só pode ser a representação, o que é a representação a não ser a interpretação subjetiva do individuo.

 O mundo é a interpretação subjetiva da consciência e nessa relação, consciente ou não que o sujeito precisa desenvolver a sua análise crítica com relação ao mundo e seus fenômenos de produção. A lógica  realiza-se por meio da interpretação,

 Essa fenomenalização terá que ser representativa e construída na dinâmica científica. O mundo é uma conturbação de olhares diversificados não objetivos. Derrida.

 Os olhares precisam ser delineados de forma pelo menos semi-objetivo, e possivelmente crítico, contrariamente tudo se transforma em objeto de mera formalidade, absolutamente desnecessário, sem representação crítica e política. Edjar.

 É exatamente nesse aspecto, a falta de análise, o homem deixa de ser um animal político. Aristóteles.   Passa  ter  comportamento condicionado igual a qualquer outro animal.  Quando não acontece  a construção do saber não  politizando  o processo de ensino aprendizagem torna-se a  construção da anti-analise.

 Retira-se o aluno da dinâmica, transformando o mesmo  em objeto.  A consciência torna-se fetiche. Luckás. O mundo deixa de ser mundo, por não existir o sujeito critico na representação, construção e análise do entendimento. A anti-Escola.    

 A verdade está muito distante de ser nova. Ela constitui já na sua essência considerações cética de onde a priori constitui a Filosofia de Descartes. Mas foi Berkeley quem primeiro formulou de maneira categórica; por isso prestou a filosofia um serviço imortal, sendo que o resto de sua doutrina não merece tanta credibilidade.

 O grande erro de Kant foi não reconhecer esse princípio fundamental e desenvolveu de forma ingênua antes, o chamando fenômeno em si, destituindo a representação da forma em que mais tarde foi proposto por Schopenhauer.

 Essa simples indicação mostra de maneira evidente e suficiente a existência, sem buscar na física de Aristóteles, hoje absolutamente contestável. Isso porque existe um novo entendimento da estrutura dialética da ratio, ou seja, do cogito cartesiano.

 Essa simples indicação, mostra em parte como o sujeito deve representar o mundo criticamente por intermédio do realismo crítico e empírico, através da razão dialética, que necessariamente não tão significante mo todo, pelo movimento Hegeliano. Mas a grande dificuldade no processo de produção representativo, ou seja, a construção da realidade através do conhecimento  do cotidiano por meio  da fragmentação dos objetos em estudos.

 Não obstante, a terceira categorização, o que se considera a exclusão da última tese, daí a necessidade de outra dialética específica  ou seja aquela que desconstrói  o principio básico da representação coisificada pela gaseificação  da realidade construída.

 Á afirmação por um lado, através da alienação do espírito não crítico das relações de reprodução. Por outro, a representação imaginária intercambiada pela metafísica transcendental, a imaginação do mundo irreal.

  Com efeito, naturalmente a representação não desenvolve eficientemente a construção que por natureza teria que ser empírica, isto não lhe é favorecido na própria análise. Por outro pêndulo, sobre diversos aspectos, o sujeito como procedimento empírico deixa de ser consciente e desenvolve comportamento desmaterializado.

 A  natureza simpática do liberalismo favorecida pelo iluminismo conservador tipicamente do liberalismo econômico, procedente do capitalismo excludente.  O que deve ser combatido em benefício da cidadania. 

  O sujeito da crítica feito pela crítica sobre a crítica no seu terceiro estágio. Isso quer dizer a exclusão do último estágio, o que é proposto pelo movimento hegeliano, uma analise construída e representativa desenvolvida pelo individuo alienado no próprio espírito epistemológico.

 Em nosso caso, o aluno, dado ao não  entendimento  da dialética construída  pelo professor,  sujeito auxiliar na construção da representação e comparação, eficientes no entendimento dos antagonismos. Nietzsche.

 Desenvolve-se uma contra cultura como se fosse o ensino aprendizagem.  Exatamente esse procedimento que deve ser evitado, por duas razões básicas entre outras: Primeiro o aluno deixa de ser o sujeito construtor da representação e por esse motivo passa ser objeto. O outro motivo, a educação passa ser produtora da contra educação, a mais sofisticada alienação, o que é muito comum na prática pedagógica.

 Nenhuma verdade, portanto, é a mais certa, mais absoluta, evidente, do que essa: Tudo que existe para o pensamento, visa a sua dialeticização no entendimento do contraditório. A matéria é apenas  objeto em relação ao sujeito e serve para sua compreensão.

 A realidade é a percepção,   só o sujeito pode perceber.  O sujeito que não percebe criticamente, está fora  da relação do homem sapiens. É apenas um animal comum.  Aristóteles.

 Em uma palavra, o mundo é pura representação, a sabedoria é a construção dessa representação criticamente e política.  Essa lei aplica-se naturalmente ao presente no entendimento do passado e futuro, tal qual àquilo que está longe ou perto do cotidiano.

 Visto que é verdadeira para o tempo e espaço, graças aos quais, as representações particulares se distinguem umas das outras, com níveis diferenciados. Isso porque antes da construção, existe o processo de síntese que nunca se dá de igual modo para todos.

 Portanto, a único substrato de uma possível objetividade encontra-se tão somente na dinâmica  da elaboração crítica da representação, considerando os cofatores na produção da representação.  A Alienação precisa ser evitada no processo de ensino aprendizagem e   construção do saber crítico pelo sujeito pensante.

 Nessa perspectiva que Heráclito constatava com melancolia o fluxo eterno das coisas. Platão rebaixava a realidade ao simples devir que não chega nunca ao ser; Spinoza via na matéria apenas acidentes de uma substância única que sempre existe, Kant a coisa em si,  como manifestação de puro fenômeno, Schopenhauer  o mundo como vontade e representação, Nietzsche comparação crítica dos antagônicos, os dialéticos a superação  necessária dos elementos contraditórios que evitam que sujeito pensante seja realmente crítico, não apenas no entendimento, mas na construção do saber transformativo da realidade contraria aos princípios  da cidadania.  Nesse último passo que deve ser construído ação da representação do aluno crítico.

Com efeito, naturalmente toda ação representativa deve ser transformativa socialmente, não sendo não tem sentido para história ou para processo  educativo crítico e político. Toda ação, seja qual for a ação objetiva-se um fundamento filosofo político, o qual deve ser interpretado pelo sujeito em análise.  

 

Edjar Dias de Vasconcelos.