O POSSIBILISMO ( II ) A SOCIEDADE DO PRAZER
Publicado em 24 de fevereiro de 2010 por José Nunez
A sociedade do prazer
Como profetizou o filosofo Karl Marx.
O homem se fundiu à máquina,
E a máquina ditou o ritmo do trabalho,
E a máquina que não sente fome, roubou o sustento do homem,
E a máquina triturou corpos sem distinção de cor, sexo e idade,
E a máquina condenou e engoliu almas...
E a máquina expulsou os homens do campo, a trouxe fome à cidade,
E a máquina Fez ruído de correntes, roncos de motores e destruí o Bucolismo,
E a máquina que um dia substitui seu corpo, agora substitui sua mente,
E a máquina fabrica o que você não pode comprar,
E a máquina faz ás marca que você calçar, que você veste, que você bebe e come,
E a máquina destruiu a estima humana, e ganhou a bajulação dos patrões,
E a máquina é um deus que faz lucros exorbitantes.
Depois prevaleceu o capitalismo,
O epicurismo, o cristianismo e conservadorismo Americano,
Que pregou o consumismo, o sonho americano,
E o direito de acesso aos bens de consumo,
Que considera a família sagrada, porque consome.
Assim manipulou, imitou de maneira hipócrita,
O equilíbrio do império romano, no tempo de Otaviano Augusto,
E o epicurismo do poeta Horácio, e do filosofo Epicuro de Samos.
Depois prevaleceu o capitalismo, e um futurismo moralista e puritano,
Antes denunciado por Marinetti, Walt Whitmam e Pessoa,
Mas não me engano, o homem é o mesmo, a moral e a religião é uma mascará...
E o que importa é quem somos por de trás de tudo isso...
Não se de o trabalho de abrir a boca para dizer quem é você,
As marcas falam melhor que você, elas são a sua a ideologia, sua religião,
Sua filosofia de vida, seu objetivo, seu tempo de lazer, sua recreação,
Sua segurança, seu status, seu medo, seu ideal, sua luta...
Deixe que a Ericsson, a Ferrari, a Honda, a Johnson's, a Lamborghini, a Mercedes-Benz, a Nestlé, a Olivetti, a Opel, a Peugeot, a Philips, a Pirelli, a Porsche, a Renault, a Rolls-Royce, a Siemens, a Suzuki, a Yamaha ect, falem por você.
Você sem nome, você sem individualidade, você publicidade ambulante...
Logo a ilusão de uma sociedade de recreação,
Os eletros domésticos, ferros de passar, geladeiras, fogões, computadores,
Micro ondas, rádios, toca disco, DVDS, telefones, carro, tv e muitos outros objetos
Que trouxeram a ilusão de conforto, felicidade e de que são indispensáveis;
Quando na verdade a necessidade só criada mais necessidade.
Quando na verdade á felicidade custa sua vida, sua alma,
A sua penitência, a sua morte, sua conflitos de consciência,
Sua crise de existência, a solidez de sua alma, seu abandono de corpo,
Seu estado de êxtase, Sua loucura, seu budismo, seu cristianismo,
Seu arrebatamento de corpo e alma.
Chamamos de felicidade o que na verdade é apenas a mecânica da vida,
O provável e previsível o modismo fútil que o tempo ridiculariza.
Basta ver na tv a moda dos anos noventa, oitenta... Que comprovará o que digo.
Tomamos por verdade inabalável e felicidade indestrutível, todo os conceitos que Cumpram os requisitos nossa idéia ilusórias sobre a vida.
O que acreditamos não é necessariamente a verdade,
É apenas o que desejamos ouvir, é uma idéia confortável sobre a vida.
Agora o homem sente se traído;
O sonho não chegou, o robô não veio,
O que chegou é o resultado da exploração do planeta,
O que chegou é a ira da mãe Natureza,
O que chegou é o lixo espacial,
O que chegou é a esgotamento do recurso natural...
O que chegou é o auge do capitalismo, onde tudo está à venda,
O que chegou é a era da informação,
Onde quase todo mundo tem acesso à quase tudo,
E vulgarizou o conhecimento; tornando muito difícil aparecermos interessantes!...
Nosso discurso começou a mudar, e a educação
Não é mais um meio da ascensão social,
E sim um meio para o crescimento intelectual do homem,
Porém este novo discurso oculta a grande decepção humana.
Nem o capitalismo, nem o socialismo fracassaram;
É que a idéia de justiça social é mesmo utópica.
Justiça e injustiça são o livre arbítrio dos homens,
E quando em desequilíbrio é Tirania.
Sempre houve, e sempre haverá caçador e presa.
Salomão Alcantra
J.Nunez
O IMPARCIALISMO