Lançado no final de 2006, o sucessor do grande sucesso de vendas Playstation 2, se mantém firme no mercado, enquanto  Sony, produtores e desenvolvedores de games explicam que ainda não há real necessidade de um novo console, pois ainda não atingiram o máximo de capacidade que o poderoso hardware do PS3 oferece.

O coração dessa tecnologia a frente de seu tempo não reside somente na utilização de discos Blu Ray, o que foi um grande risco para a Sony (já que ainda haviam dúvidas se esse iria vingar como modelo padrão de mídia ou o HDDVD); mas sim em seu processador criado em um conjunto formado por Sony, Toshiba e IBM, ou a STI.

O CELL ( CELL Broadband Engine Architecture) levou cerca de 4 anos e quase meio bilhão de dólares para ser levado ao mercado primeiramente no PS3, hoje em dia alguns outros aparelhos utilizam da tecnologia, como algumas HDTV’s da Sony e Toshiba. O foco era ultrapassar os mais modernos processadores para desktops da época, com foco no design multi-núcleo e alto (e eficiente) processamento de dados. Trocando o uso de hierarquias de Cache por pequenas porções de memória e o uso de dispositivos de DMA de última geração.

 Arquitetura do Processador do PS3

A PPU (Power Processing Unit) e seus dois níveis de Cache representam o PPE – POWER Processing Element, arquitetura pertencente á mesma família de processadores utilizados nos Mac PowerPC, com tecnologia da IBM, rodando a um clock de 3.2 GHz. Apesar desse clock veloz, o PPE age mais como gerenciador das unidades que realmente realizam o trabalho pesado, as SPE (Synergistic Processing Element). São 8 ao total, 6 usadas pelo console para processamento comum, 1 como uma espécie de backup e outra para a camada de virtualização do próprio SO que roda no aparelho. Existem formas e até tutoriais na internet que mostram como liberar esse núcleo de backup, que fica desabilitado, em tempo de execução para conseguir melhor desempenho de processamento.

Uma funcionalidade interessante do PS3 que foi vetada pelo Sony em updates de firmware era o chamado uso de Other OS (literalmente Outros Sistemas Operacionais), notoriamente algumas distribuições Linux, a questão é: o poder de processamento do PS3 é tão grande que alguns pesquisadores montaram verdadeiros supercomputadores usando alguns consoles de PS3 em conjunto e instalando esses Other OS, aproveitando o fato de que a Sony deixou o sistema como Plataforma Aberta e a um preço consideravelmente menor do que obviamente montar um computador de pesquisa por alguns milhões de dólares ou pagar o aluguel para o usar os já existentes por tempo limitado. Existem também projetos oficiais, a maioria já deixada de lado pela Sony, porém o Condor, por exemplo, é um projeto da Força Aérea Norte Americana que usa quase 2000 consoles de PS3 para monitoramento de imagens via satélite.

Embora hoje novas tecnologias de processamento possam ter deixado o PS3 um pouco já ultrapassado, existe uma diferença básica que ainda o deixa com um desempenho muito acima da média, seus núcleos de processamento são quase que totalmente voltados a cálculos puros, não tendo que se preocupar com questões que assolam as arquiteturas para computadores pessoais, principalmente dispositivos de Entrada e Saída, fazendo com o que o PS3 tenha ainda muita lenha para queimar antes que o time da Sony se veja obrigado a vir com uma tecnologia superior.