O PODER DA PALAVRA NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL.

Será que as palavras são tão poderosas assim? Afinal quem é responsável pelo nosso agir?

Precisamos, antes de tudo, entender o que é um estímulo vivencial e suas funções na nossa dinâmica de vida, pois o modo como é compreendido determinará o tipo de influência que irá exercer em nossa forma de interagir com os mundos, interior e exterior.

Para o autogerenciamento vivencial, estímulo vivencial é todo fato que motiva à pessoa a ação.

Partindo dessa premissa, irei didaticamente dividir o entendimento do estímulo vivencial em duas interpretações: comportamentista e vivencial.

Na visão comportamentista, o estímulo vivencial é entendido como elemento produtor e modificador de respostas que nos conduzirá em nossa interação com a vida, dando-nos a impressão que atuamos de forma passiva e submissa, onde o aspecto comportamental se sobrepõe a escolha vivencial.

Aqui, o estímulo vivencial possui, além do poder de nos modular em termos de ação e reação vivencial, é entendido como o grande gestor das nossas necessidades vivenciais logo, o grande causador dos nossos desequilíbrios psico-vivencial.

Já na visão vivencial, o estímulo vivencial é visto como fonte de informação e de orientação. Nesse caso, não é o estímulo exterior que comanda o processo de interação com a vida, e sim o sentido que é dado a ele. O estímulo vivencial é visto apenas como um orientador para as transformações, alimentando o processo vivencial, mas não o determinando. É visto aqui, com a função satisfazer a uma necessidade e não criar uma necessidade. Não é ele que produz a necessidade e sim a necessidade que vai em busca dele para se realizar.

Aqui, a pessoa de posse do seu livre arbítrio, tendo na autorreflexão o seu guia, é quem decidirá que caminho seguir. A sua dinâmica vivencial será estruturada de acordo com as escolhas feitas no que decorrer de cada momento vivencial. Nessa forma de entender o estímulo, a pessoa não se transforma por convencimento intelectual e sim vivencial, já que somos constituídos por razões e motivações próprias, movimentamo-nos através de escolhas vivenciais.

Em vez de falarmos sobre o poder das palavras, deveríamos discorrer sobre o poder das escolhas feitas por cada um de nós. As nossas crenças são produtos de nossas escolhas. E estas , por sua vez, são determinantes em nossa maneira de ser e agir.

Assim, as palavras em si, não têm poder de influenciar a vida de ninguém, se não estiver apoiada em uma lógica vivencial. Ditas sem adesão de uma lógica vivencial, são vazias, sem força e sentido, sem poder de transformação.

A lógica prevalece sobre a palavra.De nada adiantará evitar dizer a palavra não, se a mente da pessoa estiver toda estruturada numa lógica vivencial de negação da própria vida.

É a nossa lógica vivencial, estruturada pelas nossas escolhas vivenciais que determinará o modo como iremos reagir ao estímulo e não o contrário. Portanto, não é o estímulo que nos modifica, mas o que fazemos com ele dentro de nós.

Acorde!!!!Como cada lógica vivencial é gestora de uma dinâmica vivencial , se esta estiver fundamentada em vivências de auto-abandono, teremos, então, como reflexo vivencial, a depressão, a síndrome do pânico, etc. No caso do deprimido, por exemplo, a preocupação com o próprio sofrimento, será dominante na sua dinâmica vivencial.

Cuidado!!! Atitude tomada sem autorreflexão constrói o caos dentro de cada um de nós.

Enfim!!!!!Como a motivação vem do interior de cada um de nós, precisamos repensar as nossas escolhas vivenciais a cada experiência vivencial.

Drº Cláudio de Oliveira Lima – psicólogo

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