O pensar hegemônico e os limites de interferência no solo do arquipélago de Fernando de Noronha sobre a sociedade para um despertar de novos comportamentos

Roberta Magalhães Luna

 

O ensaio permite o maior conhecimento dos problemas ambientais entrelaçando por meios de um conceito imparcial da palavra “desenvolvimento” para cristalizar no consciente tanto da sociedade como dos nativos a constante disciplina da manutenção dos processos naturais, fazendo um apanhado do panorama geral dos problemas, ameaças e desafios que permeiam o uso do solo no arquipélago de Fernando de Noronha.

Os solos de Fernando de Noronha por se tratar de um arquipélago de origem vulcânica coberta por derrames de lavas basálticas alcalinas caracterizam-se por uma elevada fertilidade natural e também elevados teores de fósforo. Mas ao contrário do previsto pela diversidade de rochas vulcânicas não é proporcional a variedade de solos. Os solos começaram a ser estudados após problemas de sedimentação ao algumas partes da ilha, com a construção de algumas pousadas em locais inaptos devido a sua visão privilegiada e de olho na importância do turismo propriamente dito, alguns empresários recorreram a pesquisadores para como sanar o problema. Os Cambissolos, vertissolos e neossolos foram os tipos de solo estudados pelo arquipélago e justamente o tipo vertissolos foi detectado nos pontos de queda de barreira, por se tratar de um material muito argiloso em áreas mal drenadas e de difícil compactação apenas duas pousadas se prontificaram a contratar uma empresa para aplicação de rolos vibratórios a fim de compactar ao Máximo o terreno.

No Brasil estudo de compactação ainda é tímido principalmente na região nordeste, fato que não foi diferente na ilha, mas o fato de grande relevância mesmo para o caso em questão surge quando a proposta de massificação de educação ambiental é atuante esse fator determina duas fases: o uso desorganizado e sem controle com a consciência de ocupação do espaço, bem como fazer entender primeiro a comunidade local a valoração de proteção e essencialmente a constante manutenção do arquipélago patrimônio natural, a necessidade de detectar estudos biológicos impactou diretamente a pesquisadores por meio de apoio do governo do estado, que adicionou ao seu território a ilha em 1988. Mas que até hoje não possui nenhum tipo de estudo voltado em especifico a compactação do solo, o alto custo desse projeto a dificuldade de transporte e as construções em áreas irregulares fez com que o governo desperta-se para a consciência de um novo comportamento, não bastava taxa de preservação, limite de turistas diários e contenção de gasto com água , energia e produtos de higiene entre eles um item deveria ser incluso a preservação do uso do solo, mas até hoje são paliativos como: o cadastro e regulamentação de todas as pousadas existentes, cadastro da área agrícola que é quase inexistente são geralmente plantios feito pela própria família no quintal de casa, a demarcação e limitação de trilhas com cordas e fitas, entre outros para minimizar ao máximo o desgaste do solo.

Uma crise ambiental está diretamente ligada ao crescimento populacional é nesta situação que a relação entre comportamento humano e a cultura do capitalismo entram em divergências, logo alcançando ramificações e dimensões que integram o critério econômico, social e ecológico. Mas como desacelerar o consumismo de massa em uma área com fragilidade no uso da ocupação do seu espaço? Uma alternativa seria a sustentabilidade ecológica com seu perfil de preocupação de minimização de impactos da ação antrópica sobre a ilha, mas seria a sustentabilidade ecológica um fator de relevância para influenciar e modificar comportamentos? 

De um ponto de vista mais criterioso e até mesmo sobre o olhar de um turista como descrever John Urry em seu livro, destrinchar conceitos e desmembrar diversas mudanças culturais na sociedade contemporânea, ajuda a entender a sociologia do problema comportamental.