O Pensamento de Durkheim 

 

 

Positivismo Sociológico

 

O positivismo sociológico adotou um padrão de pesquisa que analisa os acontecimentos do mundo dos fenômenos exteriores aos homens e dos fatos relacionados aos questionamentos humanos ligados à interação e a convivência social. Os positivistas estudam as ciências naturais e procuram reconhecer suas ligações exteriores com os homens e a partir delas procuram entender a organização da sociedade. Para isso, eles usam concepções teóricas como o Darwinismo social. Sendo assim, o positivismo sociológico procurou configurar, formular, o seu objeto de pesquisa, pautar seu método e elaborar seus conceitos à luz das ciências naturais, almejando o êxito nas formas de controle sobre os fenômenos sociais estudados. 

 

Solidariedade

 

            A solidariedade pensada por Durkheim não é a mesma solidariedade que entendemos nos dias de hoje. Para ele, a solidariedade funcionava através da divisão do trabalho, sendo assim, o seu pensamento nos aponta dois tipos de solidariedade: a mecânica onde os indivíduos são ligados diretamente a sociedade comungando assim, de um mesmo pensamento, tornando-os quase nada desiguais entre si, ou seja, uma sociedade por semelhança e a orgânica que é baseada na diferenciação dos indivíduos tornando-os independentes entre si e assim os possibilitando exercer uma função própria sem os restringir uns aos outros como na mecânica, contudo, todos são indispensáveis à vida.  

 

Consciência Coletiva

 

A consciência coletiva era tida por Durkheim como algo comum a todo o nosso grupo e, por isso, não representa a nós mesmos, mas sim a sociedade agindo e vivendo em nós. Sendo assim, seria um conjunto de maneiras de agir, pensar e de sentir, típicas de cada sociedade diferenciado-as umas das outras. Como por exemplo, a instrução pública que tem como objetivo formar cidadãos para a sociedade e não operários para as fábricas ou contabilistas para o comércio.

 

 

 

 

Suicídio

 

            O estudo de Durkheim sobre o suicídio procura tratar de aspectos patológicos das sociedades modernas e busca mostrar de modo mais marcante a relação entre o indivíduo e a coletividade. Nesse seu estudo ele procurava entender o aumento dos suicídios e o que levava as pessoas a tirarem sua própria vida. Ele fazia sempre uma ligação da morte das pessoas com fatos sociais. Para explicar as causas do suicídio, ele o classificado em três tipos: o suicídio egoísta provocado pela depressão, melancolia, sensação de desamparo moral provocado pela desintegração social. Essa lacuna gerada pela carência social era mais perceptível nos povos modernos do que nos povos primitivos e também foi visto que afligia mais aos homens do que as mulheres; o suicídio altruísta, realizado nas sociedades inferiores, por pessoas enfermas ou que chegaram ao limiar de sua vida, por viúvas devido à morte do marido, por fiéis e servidores por causa do falecimento dos seus chefes, ou por atos heróicos durante guerras e convulsões sociais; o suicídio anômico é aquele que atinge os indivíduos devido às condições de vida nas sociedades modernas, em que a existência social não é regulamentada pelos costumes (crise econômica, divórcio, decepções causadas pela vida moderna entre outros). Em suma, as causas reais dos suicídios são forças sociais que variam de sociedade para sociedade, de grupo para grupo, de religião para religião e todas, emanam do grupo e não dos indivíduos isoladamente.

 

 

 

Referências

 

ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins fontes, 2008.

 

LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 1990.