O PARTO COM ASSISTÊNCIA HUMANIZADA REALIZADO PELO PROFISSIONAL ENFERMEIRO

Danielle Rejane M Monteiro¹
Janaina de Castro Freitas¹
Simone de Jesus Santos¹
Daniel Augusto Vieira de Moura²
Virginia Vianna²

RESUMO

Este trabalho apresenta reflexões sobre o cuidar no atendimento obstétrico e a inserção do enfermeiro obstétrico na assistência ao parto de baixo risco. A incorporação crescente do enfermeiro na assistência obstétrica constitui uma das estratégias para a implantação de um atendimento humanizado livre de intervenções desnecessárias, preservando-se a autonomia da mulher durante o parto e nascimento. Assim, consideramos a Casa de Parto uma opção adequada que proporciona assistência humanizada a parturientes e familiares e acreditamos no profissional enfermeiro como o profissional mais indicado para acompanhar a parturiente nesse processo oferecendo uma assistência diferenciada, integral e humanizada respaldada em pilares como o conhecimento técnico-ciêntífico.

Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica; Casa de Parto; Humanização



ABSTRACT

This paper presents reflections on the care in obstetrical care and inclusion of nurses in obstetric delivery care of low risk. The increased use of nurses in obstetric care is one of the strategies for the deployment of a humanized free of unnecessary interventions, preserving the autonomy of the woman during labor and birth. Thus, we consider the Birth Center provides a suitable option that humanized the mothers and families and we believe the professional nurse as the professional best suited to accompany the mother in this process by offering a differentiated assistance, humanized and fully supported by pillars as the technical- scientific.

Keywords: Obstetric Nursing, and the Birth Humanization


¹ Acadêmicos do 8º período da Graduação em Enfermagem, da Universidade Salgado de Oliveira, campus BH. Email: [email protected]
2 Docente da Universidade Salgado de Oliveira, campus Belo Horizonte. Email:. [email protected]


1- INTRODUÇÃO

A obstetrícia moderna teve sua origem no conhecimento acumulado pelas parteiras. Na história da maioria dos povos do mundo há registro do predomínio da participação feminina no parto. Porém, no decorrer dos anos a obstetrícia foi se estabelecendo como um ramo legítimo da medicina. Para isso, foi necessário que gravidez e o parto (independentemente de serem de baixo ou alto risco), fossem considerados como "estados patológicos", requerendo assim a intervenção dos obstetras com seus instrumentos e técnicas cirúrgicas (REDE FEMINISTA DE SAÚDE, 2002).
Segundo OSAVA & TANAKA (1997), no Brasil, o declínio da prática da parteira no final do século XIX ocorreu quando se instalou o paradigma médico de que a atenção ao parto é estritamente intervencionista, cirúrgico. Atualmente o modelo de assistência obstétrica encontrado no Brasil é caracterizado por um alto grau de medicalização e de abuso de práticas invasivas, no qual tem feito o parto se tornar um processo patológico. No entanto, sabemos que o parto é algo fisiológico, que acontece por um processo natural do corpo da mulher (HOGA, 2004)
O termo humanizar e o conceito de humanização adotado pelo movimento feminista são o de oferecer uma atenção especial as mulheres, pois reconhece os direitos fundamentais das mães e dos recém-nascidos. Isso inclui o direito à escolha do local, a forma de assistência ao parto, a escolha do acompanhante, a preservação da integridade corporal, assistência á saúde, apoio emocional e proteção contra abuso e negligência (CARON & SILVA, 2002).

A humanização da assistência ao parto requer o respeito à fisiologia feminina sem intervenções desnecessárias, reconhecendo ser o parto um processo natural, oferecendo assim um suporte emocional à mulher que durante esse processo encontra-se fragilizada com ansiedades e medos.

Nesta perspectiva as casas de parto visam valorizar o fenômeno do parto e nascimento em sua essência, como um processo natural e funciona como uma unidade autônoma dispondo de recursos materiais e humanos compatíveis para prestar assistência de qualidade às gestantes, parturientes e recém-nascidos (HADDAD, 2004).

A enfermeira obstétrica representa um importante papel em prover cuidados de saúde a gestante, parturientes, puérperias, recém-nascidos e familiares nessas casas de parto. Ela pode atuar na promoção e preservação do processo de nascimento natural, atendendo as necessidades físicas e emocionais das mulheres.

Esse estudo tem como objetivo, valorizar o enfermeiro obstetra como profissional qualificado a assistir a gestante durante todo o processo de trabalho de parto, prestando uma assistência de qualidade e humanizada, descrevendo suas atribuições e especificidades com o parto humanizado realizado na Casa de Parto.

2- DESENVOLVIMENTO

A ENFERMAGEM OBSTÉTRICA

No Brasil, dados sobre participação assistencial Obstétrica das parteiras, obstetrizes ou enfermeiras obstétricas são escassos. Em 1956, o número de profissionais em exercício era de 1410, passando em 1983 para 2687 enfermeiros com habilitação ou especialização na área em todo o Brasil (COFEN/ABEM, 1985). Em trabalho que analisa a participação da enfermeira obstétrica no contexto brasileiro, duas décadas atrás, Freddi (1977) atentava para a proporção de uma profissional para cada 14360 mulheres em idade fértil. A Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras procederam, em 1997, a um levantamento junto às escolas de enfermagem de todo o país, no sentido de obter informações acerca do número de enfermeiros obstétricos formados nos últimos 20 anos. Os dados de 58 escolas dentre as 105 pesquisadas, representam 2756 enfermeiros com habilitação ou especialização em enfermagem obstétrica, formados por somente 19 escolas. (BONADIO et al, 1999).

Desde 1998, o Ministério da Saúde e várias secretarias estaduais e municipais de saúde vêm estabelecendo políticas e destinando recursos para qualificar enfermeiras obstétricas e inserir essas profissionais na assistência ao parto normal. Dentre as medidas, destacam-se o financiamento de cursos de especialização em enfermagem obstétrica. Oficialmente, todos os partos hospitalares ocorridos no Brasil são atribuídos ao médico que sempre assina pelo parto, pois a remuneração profissional por esse procedimento é feita exclusivamente a ele, e vale reiterar que essa situação é passível de mudanças, desde maio de 1998, quando o Ministro da Saúde assinou a portaria nº 2815, que inclui o parto realizado por enfermeiro obstétrico na tabela de pagamento do SUS. (BRASIL, 1998).

Cabe esclarecer que pela legislação profissional de enfermagem, os não-médicos que podem realizar o parto normal, são as enfermeiras e a Obstetriz / enfermeira obstétrica, assim como a parteira titulada no Brasil até 1959 ou portadora de diploma certificado estrangeiro, reconhecido ou revalidada até 1988 (BRASIL, 1986).


A CASA DE PARTO E A HUMANIZAÇÃO

O parto e nascimento é um mecanismo fisiológico e influenciado por uma série de fatores como hormônios, estado orgânico e psicoemocional da mulher. Mas na contra-mão desse processo, nos deparamos com a institucionalização da assistência de forma impessoal, mecanicista com procedimentos invasivos e uso de medicamentos como se estivéssemos tratando de uma patologia.

A mulher vivencia o parto com o significado de dor, desespero e abandono, neste contexto, a assistência busca recursos em medicamentos para atenuar o sofrimento. Muitos profissionais consideram a dor, a ansiedade e o medo como outros fatores relevantes durante o trabalho de parto (ALMEIDA et al, 2005).

A Organização Mundial de Saúde preconiza que a mulher em trabalho de parto deve ter suporte emocional e atenção à saúde. Porem longe de vivenciar tais recomendações, o modelo assistencial de saúde adotado, negligencia os benefícios advindos do parto normal, sem dizer das condições trágicas que se dão os partos (DAVIN & MENEZES, 2001).

Humanizar a parturição é envolver-se com o outro, é lembrar que no momento do parto está ocorrendo à separação de dois corpos, que até esse momento viveram juntos, um dentro do outro, em relação de dependência e de intimo contato. Nesse momento o enfermeiro necessita restaurar a tranqüilidade, o equilíbrio, a harmonia interior, com o cuidado, porque é por ele que exercitamos o encontro do ser profissional com o ser parturiente, restabelecendo o sentimento de perda e esvaziamento, que a parturiente vivencia de forma tão intensa e particular (ZAGONEL, 1997, p.36).

Diante dos desafios a serem vencidos referentes ao parto humanizado, as casas de parto apontam como alternativa viável que proporcionam uma assistência humanizada à mulher no ciclo gravídico-puerperal. Trata-se de uma estrutura institucional menor, preconiza a atenção autônoma do enfermeiro obstétra, ou seja: facilita a integração da equipe de trabalho, possibilita a colaboração e respeito mútuo entre o grupo profissional e os clientes (HOGA, 2004).

A casa de parto é uma unidade de saúde destinada a assistência humanizada e de qualidade ao parto fisiológico, é a representação simbólica de um conjunto de idéias criadas por um paradigma próprio e diferente do vigente no sistema de saúde atual. E também é um símbolo da necessária transformação da cultura predominante nas instituições que prestam assistência ao parto e nascimento. (HOGA, 2004).

Nesse sentido a casa de parto é humanizar, é dar voz à parturiente, permitir que ela seja consciente da sua posição como figura central do processo, fazendo valer seus direitos, sua autonomia e seu valor pessoal. E cabe ao profissional que almeja uma atuação humanista, promover o envolvimento efetivo da parturiente nesse processo como sujeito ativo e consciente dos seus direito. (CRIZOSTOMO, NELY E LUZ, 2007).





ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO OBSTÉTRA

A atuação do profissional de enfermagem deve pautar, por essência, o cuidar. Pois "encontra-se na raiz primeira do ser humano, antes que ele faça qualquer coisa", (BOFF, 2003).

A enfermagem tem participado das principais discussões acerca da saúde da mulher, juntamente com movimentos sociais feministas em defesa do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento. Diante disto, o Ministério da Saúde tem criado portarias que favoreçam a atuação do profissional enfermeiro na atenção integral a gestante privilegiando o período gravídico puerperal, por entender que estas medidas são fundamentais para a diminuição de intervenções, riscos e conseqüente humanização da assistência, tanto em maternidades como em casas de partos (REV. BRASILEIRA ENF, 2007).

A atuação do enfermeiro na assistência ao parto normal ganha força a partir da discussão dos resultados do modelo médico de atenção e da atuação das enfermeiras obstetras em países europeus. A atuação da enfermagem nestes locais tem apresentado bons resultados e alto índice de satisfação entre as parturientes (WIEGERS, 1996, TURNBULL, 1996).

Assim, é importante que se resolvam as questões legais que envolvam o exercício profissional na assistência ao parto. É preciso rever a legislação do exercício profissional de enfermagem para se estabelecer mecanismos que permitam a total participação da enfermagem no processo do parto e nascimento garantindo o direito das enfermeiras obstetras exercerem plenamente as atribuições para as quais estão habilitadas e respaldadas por lei (ABEN - PR, 1998; ARAÚJO et al, 1997).

A introdução da enfermeira obstetra na assistência ao parto de baixo risco tem criado divergências entre os médicos. As enfermeiras poderiam com seu trabalho, aliviar a carga de trabalho da equipe médica, mas a partir do momento que começarem a colocar em prática seus conhecimentos poderá ganhar espaço e poder neste campo de atuação o que desagradaria alguns médicos que terão medo de perder seu espaço (DIAS & DOMINGUES, 2005).

A demonstração da capacidade de desenvolver o trabalho de parto sem o respaldo do médico é um grande desafio para as enfermeiras que estavam acostumadas a ter a presença do médico na retaguarda.

O profissional enfermeiro busca prestar assistência de qualidade com atendimento de acordo com as características individuais de cada gestante e com grande preocupação com a humanização do parto e nascimento. Muita importância é dada ao respeito à fisiologia do parto considerando-a como um processo sobre a qual a mulher tem domínio, por fazer parte da natureza feminina.

Respeita-se a liberdade e autonomia da mulher. As enfermeiras buscam ficar ao lado das parturientes, respeitarem a fisiologia do parto e do nascimento e a natureza da própria mulher, o que significa uma freqüência reduzida de intervenções. Há uma criteriosa análise quanto à necessidade de se intervir, acontecendo apenas quando julgado realmente necessário (HOGA, 2004).

As enfermeiras preconizam a necessidade de ter consciência das próprias limitações, com adoção de atitudes prudentes e responsáveis em relação às condutas tomadas na realização dos procedimentos. Todo o cuidado e prudência são usados para o desenvolvimento do trabalho, que é caracterizado por ser feito com autonomia, o que contribui, para a satisfação dos profissionais. É deixado claro que o foco da atenção está voltado à qualidade da assistência de enfermagem, o que leva à exaltação natural da profissão (HOGA, 2004).

É importante que a enfermagem tenha a consciência quanto à importância do acompanhante para a parturiente no decorrer do trabalho de parto, como também precisam estar preparadas para desempenharem suas atividades junto à família e a parturiente, informando sobre a evolução e condutas a serem realizadas durante todo o processo. São atitudes simples, mas eficazes que podem influenciar positivamente a realidade da assistência a mãe e ao bebê.

Espera-se que a assistência prestada pelos enfermeiros às parturientes, promova um modelo de atenção voltado para o cuidado e humanização e assim reduzir as intervenções desnecessárias oferecendo cuidado integral e suporte emocional para a mulher e seus familiares.

Assim, torna-se importante que os profissionais que atuam no processo do parto e nascimento tenham consciência do seu papel independente se médico ou enfermeiro. A mulher e o bebê devem ser o principal foco da atenção fazendo com que este momento tão especial da vida se torne uma lembrança agradável e de união (SEIBERT, 2005).

3- METODOLOGIA

O presente artigo, utilizou da técnica de pesquisa bibliográfica para a coleta dos dados documentais.

Durante a revisão literária, foram utilizados 48 artigos, selecionados 11 e excluídos 37.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A construção de um trabalho em equipe na atenção obstétrica depende da melhoria da capacitação técnica da enfermagem para fortalecer a autonomia do profissional.

É de extrema importância que os profissionais de enfermagem reflitam sobre as vantagens e desvantagens de cada tipo de parto e sobre as condições mais humanas e seguras para o nascimento de uma criança. Assim as casas de parto assumem grande importância na formação do profissional enfermeiro pois permite que ele atue com independência e autonomia, o que irá contribuir para que a profissão seja mais valorizada.

A enfermagem obstétrica brasileira tem diante de si um desafio a ser enfrentado e que merece ser atingido. Acreditamos que o trabalho da enfermagem obstétrica é algo em que podemos acreditar e nos orgulhar. Um trabalho em que se luta por um ideal que é a saúde da gestante e do seu filho através do respeito e da Humanização.
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABEN ? PR (Associação Brasileira de Enfermagem ? Seção Paraná). Contribuições da enfermagem para a atenção ao parto humanizado: carta de Curitiba. In: Seminário Estadual de Qualidade da Assistência ao Parto: Contribuições da Enfermagem, Síntese (Associação brasileira de Enfermagem Org.), Curitiba, 1998.

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ZAGONEL,I.P.S., Contribuição do cuidado de enfermagem à humanização. Cogit.Enf., v.2, n.2, p.34-48.1997



AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por ter nos fortalecido, durante toda a nossa caminhada, aos nossos pais pelo incentivo e apoio e aos nossos mestres pelo conhecimento que nos foi passado com dedicação e carinho.