The role of the psychologist in making educational

Valdirene A. S. de França Jesus.

RESUMO

A psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las.

O objetivo deste estudo é possibilitar a compreensão do psicopedagogo no fazer educacional, com o intuito de somar conhecimento dentro do contexto escolar, isto por que entende que a Psicopedagogia deve contemplar aquele que ensina (o professor) e aquele que aprende (o aluno), considerando o processo ensino-aprendizagem, com uma visão sistêmica das dificuldades de aprendizagem.

Palavras-chave: psicopedagogia, educacional,aprendizagem.

ABSTRACT

The psicopedagogia studies the characteristics of the learning human being: as it is learned, as this learning varies evolutivamente and is conditional for some factors, as they produce the alterations in the learning, as to recognize them, to treat them and preveniz them.

The objective of this study is to make possible the understanding of psicopedagogo in educational making, with intention to add knowledge of the pertaining to school context inside, this why it understands that the Psicopedagogia must contemplate that one that teach (the professor) and that one that learns (the pupil), considering the process teach-learning, with a systemic vision of the learning difficulties.

Word-key: psicopedagogia, educational, learning.

Introdução

A Psicopedagogia é um processo de investigação do não - aprender, do aprender com dificuldade ou lentamente, do não - revelar o que aprendeu, do fugir de situações de possível conhecimento; explicitando-se assim as condições de aprendizagem do sujeito e procurando-se identificar suas áreas de competência e de dificuldade.

O objetivo deste estudo é possibilitar a compreensão do psicopedagogo no fazer educacional, com o intuito de somar conhecimento dentro do contexto escolar, isto por que entende que a Psicopedagogia deve contemplar aquele que ensina (o professor) e aquele que aprende (o aluno), considerando o processo ensino-aprendizagem, com uma visão sistêmica das dificuldades de aprendizagem. Nesse sentido, o profissional psicopedagogo contribui significativa para o entendimento e a resolução de questões relacionadas à aprendizagem e seus "entraves", evitando a exclusão dos incluídos no sistema educacional por meio de uma atuação para a prevenção e à solução dos problemas de aprendizagem, garantindo não apenas a permanência do estudante na instituição de ensino, mas também um rendimento escolar compatível às suas habilidades e competências.

Conceituação

Bossa (2000), diz que a psicopedagogia tem como objeto de estudo o próprio processo de aprendizagem da criança e seu desenvolvimento normal e patológico em contexto (realidade interna e externa), sem deixar de lado os aspectos cognitivos, afetivos e sociais implícitos em tal processo. Ainda de acordo com a autora referida, o objeto de estudo da psicopedagogia deve ser entendido a partir de dois enfoques: o preventivo, que se preocupa com o ser humano em desenvolvimento e as alterações desse processo, podendo esclarecer sobre as características das etapas do desenvolvimento; e o enfoque Terapêutico, que se preocupa com a identificação, a análise, e a elaboração de uma metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizagem.

Segundo Scoz (1994), a Psicopedagogia é uma área de conhecimento intrinsicamente ligada à Educação e Saúde, que estuda e trabalha com o processo de aprendizagem humana, suas dificuldades e com a não aprendizagem, considerando o meio em que o indivíduo está inserido, sua família, escola, história de vida e sociedade a qual pertence.

De acordo com Schroeder (2007), a Psicopedagogia é conhecida como a ciência que atende crianças com dificuldades de aprendizagem. É necessário mencionar o fato de que as dificuldades, distúrbios ou patologias podem aparecer em qualquer momento da vida e, portanto, a Psicopedagogia não faz distinção de idade ou sexo para o atendimento.

Maria Cecília A. Silva (1998) Alude que a Psicopedagogia é um campo de conhecimento que tem por objeto de estudo o ser pluridimensional (pensante, apaixonado, de relação e contextualizado), em processo de construção do conhecimento, e por ser cognoscente, identificando e clarificando os obstáculos que impedem que esta construção se faça e reconstruindo, integrando e expandindo sua capacidade de síntese e sua autonomia.

Segundo Visca (1985), a Psicopedagogia nasceu como uma ocupação empírica, causada pela necessidade de atender crianças com dificuldade de aprendizagem, cujas causas eram estudadas pela medicina e psicologia, posteriormente, tornou-se uma área de conhecimento autônoma, com recursos diagnósticos, corretores e preventivos, que vem complementar outras áreas de conhecimento.

A Epistemologia Convergente é, de acordo com Visca (1985), uma conceituação da aprendizagem e suas dificuldades em função da integração - por assimilação recíproca – das contribuições das escolas psicanalítica (Freud), piagetiana (Piaget) e da psicologia social de Enrique Pichon Rivière. Em virtude dessa conceituação, é possível compreender a participação dos aspectos afetivos, cognoscitivos e do meio, que confluem no aprender do ser humano.

Assim acontecem os primeiros questionamentos ligados às "patologizações", das dificuldades escolares. O papel da escola é questionado e a preparação efetiva dos alunos que a freqüenta. Nesse momento, os fatores intra-escolares, passam a ser investigados. Dente os fatores intra-escolares, segundo Mello (1983), são salientados o currículo, os programas o trabalho desenvolvido pelos professores e especialistas, e as avaliações do desempenho dos alunos, que são atualmente mecanismos de seletividade. Diante desse contexto, as dificuldades de aprendizagem deixam de ser vistas como problema exclusivo do aluno, a partir desse momento outras possíveis causas do fracasso escolar passam a ser consideradas, bem como: os fatores de ordem social, política e econômica envolvida na educação.

Breve histórico da Psicopedagogia

A Psicopedagogia teve seu início no século XIX. Na Europa (França). com os autores Françoise Dolto, Julian Ajuriaguerra, Pichon-Riviére, Pierre Vayer, Louise Picg e outros, realizando estudos para resolver problemas do fracasso escolar articulando-os com a Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia. O problema do fracasso escolar estava associado a problemas de conduta e comportamento, desenvolvimento cognitivo, afetivo, emocional, orgânico e motor.

Expandiu-se assim na Europa, Estados Unidos e mais recentemente na Argentina ainda com estudos relacionados com a não-aprendizagem.

No Brasil a Psicopedagogia inicia suas atividades com forte Influência da bagagem teórico-cultural de Sara Pain (França), Jorge Visca (Argentina), Alicia Fernández (Argentina). Em 1980 surge o primeiro curso de Psicopedagogia em São Paulo que resulta na fundação da Associação Paulista de Psicopedagogia, atual Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

Hoje a Psicopedagogia já possui uma marca própria, que foi construída na prática. No percurso histórico. Embora a profissão do Psicopedagogo ainda não esteja regulamentada existe no Congresso Nacional um Projeto de lei (n03. 124/97) já aprovado pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados e atualmente em fase de estudos na Comissão de Educação, Cultura e Desporto.

Nas décadas de 70 e 80 a Psicopedagogia passou a ter um caráter interdisciplinar, recebendo contribuição de outras áreas para a melhor compreensão da aprendizagem tais como: a Psicanálise, a Lingüística, a Psicolingüística. A Psiconeurologia, a Psicologia Genética e ainda a Sociologia e Filosofia. Este período de interdisciplinaridade traz como conseqüência à ampliação da atuação do psicopedagogo. Na prática, o profissional pode também ter uma visão mais na área fonoaudiológica ou predominantemente na área da psicomotricidade ou o psicopedagogo especialista em matemática (discalculia) etc.

Ao final desta última década o trabalho Psicopedagógico é marcado pela preocupação do SER em processo de construção do conhecimento, ou seja, o ser cognoscente. O foco de trabalho da Psicopedagogia é possibilitar ao sujeito a construção de sua autonomia com tudo que isso implica a construção da cidadania, da moral, da ética etc; e com o objetivo de Identificar e classificar os seus obstáculos, como por exemplo, a dificuldade de aprendizagem.

A Psicopedagogia poderia ser definida como um campo do saber que tem como objeto o ser em processo de construção do conhecimento (ser cognoscente) e como objetivo trabalhar para a construção da autonomia desse sujeito, afastando os obstáculos que se opõem a essa construção. "Está comprometida com a melhoria das condições de aprendizagem, revelando sempre as condições pessoais de quem adquire o conhecimento" (Código de Ética - capítulo 1 – art.1º).

Bossa (2000) esclarece que o caminho do psicopedagogo é árduo, pois este profissional precisa ser um multiespecialista em aprendizagem humana, congregando conhecimentos de diversas áreas, com o objetivo de intervir neste processo, tanto com o intuito de potencializá-lo, quanto de tratar de dificuldades, utilizando instrumentos próprios para esse fim.

Quantos aos campos de atuação do psicopedagogo citam-se as clínicas, as escolas, as empresas e os hospitais, principalmente hospitais pediátricos. Conforme Nascimento (2004), a prática psicopedagógica hospitalar é bastante comum em alguns países, tais como a Argentina, os Estados Unidos e o Canadá. No Brasil, esta prática é ainda pouco desenvolvida, portanto, há dificuldade em se traçar uma linha histórica a seu respeito.

A Psicopedagogia é uma área de conhecimento interdisciplinar que tem como objetivo de estudo a aprendizagem humana, no decorrer do processo. A ação psicopedagógica pode adquirir caráter preventivo, clínico, terapêutico ou de treinamento, o que amplia sua área de atuação, ou seja:

* ESCOLAR: orientando professores, realizando diagnósticos, facilitando o processo de aprendizagem, trabalhando as diversas relações humanas que existem nesse espaço, atendendo as necessidades individuais, o fracasso escolar e a apropriação do conhecimento;

* EMPRESARIAL: realizando trabalhos de treinamento de pessoal e melhorando as relações interpessoais na empresa, trabalhando com os processos de aprendizagem individual e organizacional e o profissional de Recursos Humanos no que se refere ao recrutamento de pessoal, treinamento, melhorando a qualidade do trabalho, da produtividade e as relações intra e interpessoais e administrando conflitos;

*CLÍNICA: esclarecendo e atenuando problemas, integrando compreensão, prevenção e métodos terapêuticos ao analisar o aprender;

* HOSPITALAR: atuando junto à equipe multidisciplinar no pós-operatório de cirurgias ou tratamentos que afetem a aprendizagem, no que diz respeito à continuidade do processo de aprendizagem, aliada a Fonoaudiologia, Neurologia, Fisioterapia, Psicologia e Medicina em geral, fazendo desse processo doloroso, um momento mais humano. Deve-se salientar a importância que a Psicopedagogia assume pelo trabalho que desenvolve em parceria com os diversos profissionais que atuam em sua área de abrangência. * INSTITUCIONAL: atuando em qualquer instituição, de forma preventiva.

* Rubinstein (1999), destaca duas formas básicas de atuação psicopedagógica: A CLÍNICA – mais voltada para a terapêutica (recuperação), atendimento em consultórios, e a INSTITUCIONAL – mais voltada para a prevenção.

A Lei nº 3.124/97 destaca o psicopedagogo capacitado para:

·Intervenção psicopedagógica visando à solução dos problemas de aprendizagem, tendo por enfoque o indivíduo ou a instituição de ensino público ou privado;

·Possibilitar intervenção visando à solução dos problemas de aprendizagem tendo como enfoque o aprendiz ou a instituição de ensino público ou privado;

·Apoio Psicopedagógico aos trabalhos realizados nos espaços institucionais;

·Atuar na prevenção dos problemas de aprendizagem;

·Desenvolver pesquisas e estudos científicos relacionados ao processo de aprendizagem e seus problemas;

·Oferecer assessoria psicopedagógica aos trabalhos realizados em espaços institucionais;

·Orientar, coordenar e supervisionar cursos de especialização de Psicopedagogia, em nível de pós-graduação, expedidos por instituições ou escolas devidamente autorizadas ou credenciadas nos termos da legislação vigente.

Papel do psicopedagogo

É papel fundamental de o psicopedagogo potencializá-la e atender as dificuldades individuais, no decorrer do processo. O trabalho Psicopedagógico pode adquirir caráter preventivo, clínico, terapêutico, ou de treinamento, o que amplia a sua área de atuação, seja ela escolar – orientando professores, realizando diagnósticos, facilitando o processo de aprendizagem, trabalhando com diversas relações humanas que existem neste espaço; empresarial – realizando trabalhos de treinamento de pessoal e melhorando as relações interpessoais na empresa; clínica – esclarecendo e atenuando problemas; ou hospitalar – atuando junto a equipe multidisciplinar no pós – operatório de cirurgias ou tratamentos que afetem a aprendizagem.É importante salientar que a psicopedagogia é uma área que vem para somar, trabalhando em parceria com diversos profissionais que atuam em sua área de abrangência.

O estudo da psicopedagogia demonstra que não há uma relação causa-efeito sobre os fatores que obstacularizam a aprendizagem, mas, sim, há um contexto que envolve o ser aprendente e o "objeto" a ser analisado e compreendido. Na análise do contexto, a aprendizagem e o ensino estão em consonância para a compreensão do processo de cada indivíduo. Ou seja, para cada sujeito haverá um processo singular, permeado por uma aprendizagem individual e social onde as estratégias de ensino estarão em acordo ou desacordo.

A aprendizagem vai ocorrendo na estimulação do ambiente sobre o indivíduo maturo, onde, diante de uma situação/problema, se expressa uma mudança de comportamento, recebendo interferência de vários fatores – intelectual, psicomotor, físico, social e emocional. Enquanto transforma a realidade a sua volta, ele constrói a si mesmo, tecendo sua rede de saberes, a partir da qual irá interagir com o meio social, determinando suas ações, suas reações, enfim suas práticas sociais.

Desde o nascimento, o indivíduo faz parte de uma instituição social organizada – a família - e depois, ao longo da vida, integra outras instituições. Nessa interação vai se construindo uma rede de saberes, onde todos os membros da sociedade são parceiros possíveis, contribuindo cada um com seus conhecimentos, suas práticas, valores e crenças. Estas contribuições não são estáticas, se encontram em permanente mudança. Portanto, o conceito de rede de saberes constrói-se a partir do princípio de movimento, de articulação e de co-responsabilidade.

Nossa rede de conhecimentos vai se formando dentro de instituições e assim cada vez mais é necessário inserir a psicopedagogia para estudar como ocorrem as relações interpessoais nestes ambientes. Além da Escola, a Psicopedagogia está cada vez mais presente nos hospitais e empresas. Seu papel é analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervêm ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando evitar processos que conduzam as dificuldades da construção do conhecimento.

O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e esclarecer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino-aprendizagem e tem uma atuação preventiva. Na escola, o psicopedagogo poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno, mas que são conseqüências de problemas escolares, tais como:

* Organização da instituição* Métodos de ensino

* Relação professor/aluno* Linguagem do professor, dentre outros

Ele poderá atuar preventivamente junto aos professores:

* Explicitando sobre habilidades, conceitos e princípios para que ocorra a aprendizagem.* Trabalhando com a formação continuada dos professores

* Na reflexão sobre currículos e projetos junto com a coordenação pedagógica.* Atuando junto com a família/alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, apoiado em uma visão holística, levando-o a aprender a lidar com seu próprio modelo de aprendizagem, considerando que esses problemas podem ser derivados:

* das suas estruturas cognitivas

* de suas questões emocionais

* da sua resistência em lidar com o novo

* ou outra derivação que possa se apresentar.

A análise e compreensão do contexto referem-se à relação do próprio individuo com a aprendizagem (vínculo positivo/ negativo), a sua modalidade de aprendizagem, a dinâmica da família a qual pertence e a instituição escolar que se encarrega de seu processo de aprendizagem sistematizado.

Psicopedagogia e Educação

Patto 1991. Descreve em seu livro "A Produção do Fracasso Escolar": que a problemática do fracasso escolar não é contemporânea. Sucessivos levantamentos, dos anos 30 a 90, mostraram sempre elevados índice de evasão e reprovação, principalmente nos primeiros anos na escola publica brasileira, em contraste com a falta de melhoria das mesmas.

É possível que alunos defrontem-se com dificuldades e sejam prejudicados em determinado período escolar. Quaisquer que sejam as razões, os alunos podem ser prejudicados em relação ao melhor aproveitamento de oportunidades de acesso ao saber socialmente valorizado e do desenvolvimento de habilidades e hábitos relacionados ao processo de construção de conhecimento. Sisto, et al, 2008 p.65.

Aprendizagem significativa na  Instituição do Ensino Superior pressupõe troca de informações, disponibilidade para resolver problemas e aprender assuntos novos, articulação entre o que se sabe e o que se está aprendendo. E pressupõe que os conhecimentos vão ganhando  sentido quando são experimentados em contextos reais, na interação com as práticas sociais. Cremos que as aprendizagens significativas compartilhadas são integrações construtivas de pensamentos, sentimentos e ações.

A função do psicopedagogo no atendimento Psicopedagógico no Ensino Superior é de prevenir como intervir nos processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos do acadêmico, oferecendo ao mesmo suporte, atuando sobre os múltiplos fatores que possam estar interferindo, no seu desenvolvimento integral, nas questões ligadas a aprendizagem.Como também oferecer subsídios para que os docentes trabalhem com os acadêmicos em sala de aula, assumindo transformações necessárias, e buscando sempre soluções apropriadas ás demandas emergentes.

Considerando os fatores implicados no processo da aprendizagem, poderíamos pensar no papel de psicopedagogo com relação ao fracasso escolar. O que a família pensa, seus anseios, seus objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento de seu filho também são de grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico. Vale lembrar o que diz Bossa (1994) sobre o diagnóstico:

O diagnóstico Psicopedagógico é um processo, um contínuo sempre revisável, onde a intervenção do psicopedagogo inicia segundo vimos afirmando, numa atitude investigadora, até a intervenção. É preciso observar que esta atitude investigadora, de fato, prossegue durante todo o trabalho, na própria intervenção, com o objetivo de observação ou acompanhamento da evolução do sujeito. Bossa (1994, p. 29).

A psicopedagogia trabalha e estuda a aprendizagem, o sujeito que aprende aquilo que ele está apontando como a escola em seu conteúdo sociocultural. É uma área das Ciências Humanas que se dedica ao estudo dos processos de aprendizagem. Podemos hoje afirmar que a Psicopedagogia é um espaço transdisciplinar, pois se constitui a partir de uma nova compreensão acerca da complexidade dos processos de aprendizagem e, dentro desta perspectiva, das suas deficiências. (Nívea M. C. Fabrício. 2000).

Aprender é produzir; produção requer prática. "Educação e Psicopedagogia: Aprender e Ensinar um ensino que cumpra as exigências formais e projete um olhar diferenciado no território emocional, digital, sócio-cultural e, principalmente, autoral. Educar é compartilhar a generosidade de dividir pensamentos, que somados, compõem a rede de conhecimentos. (João Beauclair, 2006).

Considerações finais

O psicopedagogo não é mais um especialista na escola, mas, sim, um profissional munido de competências capazes de introduzir novos conhecimentos, posturas básicas e formas de trabalhar a construção e a produção de conhecimento. Com atuação numa linha preventiva ou terapêutica ou enquanto educador, ele procura despertar e incentivar os alunos que se encontram à margem do saber, contribuindo para torná-los sujeitos autônomos.

Historicamente a Psicopedagogia surgiu da necessidade de contribuir na questão do fracasso escolar, tendo nascido com o propósito clínico, desvinculado do ambiente escolar. Aos poucos pode ser reconhecida a importância do trabalho preventivo e de uma interação com os demais agentes do universo escolar.

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