O PAPEL DO LÍDER NAS ORGANIZAÇÕES

 

Edson Costa da Silva Junior1

RESUMO

Este artigo enfoca a habilidade de liderança na atuação do gestor de empresa. As fontes pesquisadas tratam da importância do líder na administração das pessoas na organização. A justificativa de se ter um gestor líder está baseada no maior comprometimento da força de trabalho na tentativa de obter-se maior lucratividade nos negócios. O tratamento dado a cada empregado e a cada situação é uma tarefa do líder e contribui para uma melhoria nas relações no ambiente de trabalho, com mais produtividades e qualidade, indispensáveis para a sustentação da organização em longo prazo.

Palavras-chave: desenvolvimento, gestor, líder, organização.

ABSTRACT                           

This article focuses on the ability of a leader in business performance manager. The search discuss the importance of the leader in managing people in the organization. The rationale of having a manager leader is based on greater involvement of the workforce in an attempt to obtain higher profitability in business. The treatment given to each employee and each situation is a task of the leader and contributes to an improvement in relations in the workplace, with more productivity and quality, indispensable to support the organization in the long term.

 

Keywords: development, manager, leader, organization.

 

1 Introdução

O mercado empresarial atual cada vez mais exigente quanto ao perfil de seus gestores e colaboradores em resposta à sustentabilidade da empresa, com a real necessidade de responder com a velocidade que o mercado econômico exige um papel de liderança.

Além de uma empresa existir para dar lucro ela precisa atender a uma necessidade humana e precisa atuar de maneira vantajosa. Toda empresa precisa dar lucro para ser saudável, mas precisa também de relacionamentos saudáveis entre clientes, funcionários e proprietários. É importante falar sobre líderes e gerentes, pois ambos precisam das pessoas, sendo que os líderes possuem um objetivo a alcançar e os gerentes visam resultados para a organização. O que se pretende é que o gerente se torne um líder para alcançar de forma efetiva os objetivos para a organização.

2 Revisão Literária

2.1 - Conceito de liderança

Liderança é a capacidade de influenciar pessoas para determinado objetivo.

Segundo Hunter (2006, p. 18) a liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem com entusiasmo visando atingir objetivos comuns, de forma a inspirar confiança através da força do caráter. Liderar quer dizer conquistar as pessoas, envolve-las a serviço de um objetivo para que se emprenhem ao máximo dando tudo pela equipe.
Para Drucker (2001, p. 145) a confiança é a convicção de que o líder age conforme o que diz.

2.2 – Estilos de Liderança

O estilo aplicado à situação deverá ser eficiente e eficaz, ou seja, levar às pessoas ao alcance de resultados e motivá-las a produzi-los por sua própria vontade.

O modo com os liderados percebem a atuação do líder influencia na recepção das mensagens pelos liderados, ou seja, é a maneira como os liderados percebem o líder. Para Porché (2002, p.4) a liderança: anuncia um futuro e convocar as pessoas para que façam esse futuro acontecer; gerenciamento: coordena pessoas e materiais para cumprir eventos/objetivos específicos, que farão o futuro anunciado acontecer.
Na liderança eficaz, as pessoas, individualmente e em grupo, assumem um sentimento de continuidade influenciado pelo líder.  Para Drucker (2011, p. 146) as pessoas eficazes tornam a força produtiva. O líder eficaz assume comportamentos (estilos de liderança) de acordo com a necessidade da situação e das pessoas envolvida.
De acordo com Hersey e Blanchard (1986), desenvolveram a teoria da liderança situacional, os líderes eficazes são capazes de atuar e adaptar-se à situação e às necessidades dos liderados. A variação de estilo considerar dois comportamentos: tarefa (atividades e padrões) e relacionamento (canais de comunicação e de entusiasmo).
No estilo “determinar” tem-se a ênfase na tarefa e baixo grau de relacionamento, adequado para subordinados com baixo nível de desenvolvimento; no estilo “persuadir” são altos tarefa e relacionamento, adequado para subordinados com nível de desenvolvimento de baixo a médio; no estilo “compartilhar” a ênfase é no relacionamento, adequado para subordinados em um nível de desenvolvimento de médio a alto e por último no estilo “delegar” são baixos tarefa e relacionamento, adequado para pessoas com alto nível de desenvolvimento.

2.3 – A Habilidade de liderar

Segundo Hunter (2006) a habilidade é uma capacidade aprendida ou adquirida, ou seja, é preciso muita motivação, treino e disciplina para melhorar o desempenho, e complementa com a posição de que grandes empresas no mundo de hoje estão “contratando pelo caráter e treinando para a habilidade”. O caráter está diretamente ligado às escolhas que se faz sobre como se comportar com as pessoas com quem se relaciona. Ainda Hunter enfatiza que estudos sugerem que o treino rápido e intensivo pode ter impacto negativo no desempenho de liderança, sendo necessário auxilio e acompanhamento nesse trabalho tão responsável. Sobre a liderança e sua relação com o poder e com a autoridade, pode-se refletir sobre a maioria dos papéis de liderança tradicional, onde o poder é a capacidade de obrigar em função da posição, é uma imposição e termina por deteriorar os relacionamentos. A autoridade é uma habilidade de levar pessoas a fazerem de boa vontade. O poder do líder faz com que os liderados repitam a ação sem novo impulso.

3 Conclusão

Os gerentes deverão ter habilidade de líder e utilizar o estilo adequado ao nível do liderado e também à situação, ou seja, os tratamentos serão diferentes para pessoas diferentes e até para a mesma pessoa, dependendo da tarefa. O líder deve providenciar para que seus subordinados aprendam aquilo que não conseguem fazer por si mesmo dando-lhe apoio.
Uma supervisão excessiva ou insuficiente poderá frustrar o subordinado e
impedir que ele alcance os resultados esperados.
O nível de desenvolvimento de seus subordinados é que determina a atuação e o estilo. Entende-se que é um desafio a mudança de postura do gestor, e também quanto à forma de atuação.

O presente artigo estimula a busca por novos estudos com relação à transição de gestor a líder e abre espaço para a prática constante de desenvolvimento de líderes para as organizações.

Referências:

ARAÚJO, Ane. Coach um parceiro para o seu sucesso. São Paulo: Editora Gente, 1999.

DRUCKER, P. O melhor de Peter Drucker O homem  [Tradução de Maria Lúcia L. Rosa] – São Paulo : Nobel, 2001.

HERSEY, P.: Blanchard, K. H.  Psicologia para administradores: a teoria e as técnicas da liderança situacional. São Paulo : Editora Pedagógica e Universitária, 1986. GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas. São Paulo: Editora Atlas, 2001.

HUNTER, James C. Como se tornar um líder servidor Os princípios de liderança de O Monge e o Executivo [Tradução de A. B. Pinheiro de Lemos] – Rio de Janeiro : Sextante, 2006.

GOLDSMITH, Marshall; LYONS, Laurence S.; FREAS, Alyssa M. Coaching: o exercício da Liderança. – Rio de Janeiro: Elsevier: DBM, 2003.

PORCHE, Germaine. Coaching: o apoio que faz as pessoas brilharem. - Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2002.

MARRAS, Jean P. Gestão de Pessoas em empresas inovadoras – São Paulo : Saraiva, 2011.