Faculdade Nossa Cidade - FNC

Aluna: Bruna Valentim Machado - RA: 1587

Curso: Administração de Empresas

Profº Lawton Benatti

Tema: 4.1 O papel das incubadoras

2º PARTE


4.1.4   Tipos de Incubadoras

           Existem modalidades diferentes de incubadoras, dentre as mais procuradas são:

 4.1.4.1 Incubadora de empresas de base científica e tecnológica:

            É a incubadora que abriga as empresas que partiram de um projeto inovador, baseado em resultados de pesquisas aplicadas. Seu fundamento é de total valor tecnológico. Na sua maioria as incubadoras de tecnológia são do tipo fechada, ou seja, utilizam locais com mais recursos, além de dispor de espaços privativos para cada empresa.

 4.1.4.2  Incubadora de empresas dos setores tradicionais:

             Neste tipo de incubadora as empresas ligadas são de setores tradicionais da economia, ou seja, empresas que possuem um produto ou serviço, mas que não tem como fundamento principal a tecnologia, mas que com a ajuda das incubadoras buscam agregar valor tecnológico constantemente, de forma que passem a ter um diferencial futuramente.

 4.1.4.3  Incubadora Mista:

           Esta abriga ambos os tipos de empresas citadas acima, neste caso tanto as de base tecnologia quanto as tradicionais fazem parte do atendimento.

4.1.5   Aceleradoras

            A aceleradora é um tipo moderno das incubadoras, tem a mesma finalidade de abrigar empresas iniciantes, porém seu processo se diferencia totalmente das incubadoras. 

           São entidades com fins lucrativos que auxilia na formação de empreendedores e principalmente na descoberta do modelo de negócio da startup. De acordo com a definição do SEBRAE, considera-se uma startup a empresa de pequeno porte, recém-criada ou ainda em fase de constituição, com atividades ligadas à pesquisa e desenvolvimento de ideias inovadoras, cujos custos de manutenção sejam baixos e ofereçam a possibilidade de rápida e consistente geração de lucros. Além disso, o negócio desenvolvido pela startup deve ser viável, ou seja, que ele será não só sustentável, mas que apresente também potencial de sucesso.

            A média de tempo para engajar as empresas no mercado é de 3 a 6 meses, seu acordo parte de um investimento inicial tabelado e para iniciar as ações de desenvolvimento das startups as aceleradoras pedem em troca uma pequena participação nos lucros das empresas.

  4.1.6  Fases do Processo de Incubação

        O processo de incubação corresponde ao período no qual a empresa permanece incubada.

Conforme Moreira:

expõe que "durante este tempo a empresa é acompanhada pela equipe da incubadora que trabalha para organizá-la gerencialmente e com isso melhorar suas chances de sucesso e permanência no mercado". (MOREIRA, 2002, p.60).

           É dividido em fases o período em que a empresa fica incubada, portanto o número de etapas depende de cada caso.

            As fases citadas pelo autor Moreira (2002) são:

 4.1.6.1  Fase de seleção

             Nesta fase é comum da incubadora solicitar um plano de negócios para avaliar a viabilidade do novo empreendimento.

  4.1.6.2  Fase de incubação

             A fase de incubação é considerada uma fase intermediária entre a seleção e o seu desenvolvimento. Onde é feita a formalização, no caso de aprovação segue com a contratação formal e nos casos de reprovação ainda é possível rever os erros e de alguma forma corrigi-los.

4.1.6.3  Fase de desenvolvimento

             A terceira fase é de desenvolvimento, nesta fase a empresa incubada começa a desenvolver suas estratégias comerciais, planejar suas atividades, controlar seus recursos, dentre outros fatores.

4.1.6.4  Fase de crescimento

             É o momento em que as empresas deverão expandir os elementos citados na fase anterior, dar crescimento de mercado, conquistando novos consumidores.

4.1.6.5  Fase de liberação

            A última fase é denominada fase de liberação, é o momento em que a empresa está apta a sair da incubadora, pois sua demanda aumentou e consequentemente seu faturamento, de forma que podem seguir vida em outro espaço físico, pois mostrou capacidade de sobrevivência longe da guarda da incubadora.  

4.1.7   Infraestrutura e Serviços

         A incubadora oferece aos residentes uma infraestrutura física para que estes novos empreendimentos se desenvolvam nos seus negócios, além de um conjunto de serviços que da base a todo processo de entrada do produto ou serviço no mercado.

        Medeiros cita em uma pesquisa realizada para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), na qual foi constatado que no Brasil:

"há dificuldades pontuais que não combinam com a agilidade exigida pelos negócios, como infraestrutura física não dimensionada de forma adequada e equipe de apoio administrativo mal preparada". Enfatiza ainda que "houve casos em que prédios foram reformados à toa, pois ocorreu mudança na orientação da instituição responsável pelo empreendimento. Em decorrência, os módulos ficaram subutilizados ou inabitados, num lamentável exemplo de desperdício de verbas". (MEDEIROS, 1998, p.9)

         Os serviços oferecidos podem variar de incubadora para incubadora, tem as que assessoram de forma mais enxuta e as outras que tem uma boa bagagem de recursos e vantagens.

          Dentre os serviços prestados temos:

 4.1.7.1  Assessorias

          As assessorias tem por objetivo dar suporte a tomada de decisão dos empresários residentes, nas áreas de conhecimento específica de cada assessoria, são elas, marketing, Comunicação e Imprensa, Visual, Financeira, Assessoria ao empreendedor, jurídica, Contábil e administrativo.

4.1.7.2    Capacitação

        Além do suporte individual dado pelas assessorias a incubadora oferece cursos e treinamentos, onde é trocado experiências de negócios e até mesmo cases de sucesso que já tenham passado pelo mesmo processo de incubação.

4.1.7.3    Acompanhamento

        É feita uma avaliação constante dos profissionais da incubadora junto aos incubados, para verificar o nível que cada um se encontra, aperfeiçoando todo processo para o crescimento do negócio.

 Referências Bibliográficas

 Manual para implantação de incubadoras de empresas. Disponível em: <http://www.ufal.edu.br/empreendedorismo/downloads/manual-para-implantacao-de-incubadoras-de-empresas-mct-pni>. Acesso em: 05 out. 2013.

MEDEIROS, José Adelino. Incubadoras de empresas: lições da experiência internacional. Revista de Administração da USP, São Paulo, v. 33, n. 2, abr./jun., p. 5-20, 1998.

 MOREIRA, José Henrique. Modelo de gestão para incubação de empresas orientado a capital de risco. 2002. 131f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.

 RAUPP, Fabiano Maury; BEUREN, Ilse Maria. Perfil do suporte oferecido pelas incubadoras brasileiras às empresas incubadas. REAd. Rev. eletrôn. adm. (Porto Alegre), Porto Alegre , v. 17, n. 2, ago. 2011 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-23112011000200002&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 10 out. 2013.

 SEBRAE. Dúvidas freqüentes:o que é e como funciona uma incubadora deempresas?. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/br/duvidasfrequentes/index.asp?especifico=true&id=4718>. Acesso em 10 de out. 2013.