UNIP – Universidade Paulista
Educação a Distância
Curso: Pedagogia
O PAPEL DA LEITURA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL COM CRIANÇAS DE 3 À 5 ANOS
Disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientador: Bruno César dos SANTOS
Autores: Aline Cristina RZARTKI RA:1309530
Angela Maria MOREIRA RA:1305631
Sorriso
2015
ALINE CRISTINA RZARTKI
ANGELA MARIA MOREIRA
O PAPEL DA LEITURA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL COM CRIANÇAS DE 3 À 5 ANOS

Resumo
A pesquisa tem como tema o papel da leitura no desenvolvimento infantil com crianças de 3 a 5 anos, na linha de pesquisa como docência na educação infantil. Justifica-se o estudo mediante a observação e constatação da dificuldade de alunos tem com a leitura e interpretação de texto, por não ter o hábito de ler. Com a inclusão das tecnologias houve um grande desinteresse por partes dos educandos. Sendo que o objetivo é mostrar que ato de ler faz com que desenvolve o raciocínio e auxilia na aprendizagem de outras disciplinas. A metodologia apresentada é bibliográfica, desenvolvida com base em material já elaborado, constituído de livros publicados por autores renomados como: Bettlheim (1984), Bamberger (2002), Piletti (1991), Kramer (1995),Kaufman (1995), Merisse (1997), Ferreiro (1996), Sousa (2007), Costa (2008), Oliveira (2011), buscando justificar as relações das crianças com os livros.
Palavras-chaves: 1. Infância; 2. Leitura; 3. Aprendizado; 4. Desenvolvimento; 5. Métodos e Práticas
Resume The research has as its theme the role of reading in child development with children 3-5 years in the search line as teaching in early childhood education. Justified the study by observing and finding the difficulty students have with reading and reading comprehension, for not having the habit of reading. With the addition of technologies there was a great lack of interest in parts of the learners. Since the goal is to show that the act of reading causes develops reasoning and helps in learning other subjects. The methodology presented is literature, developed on the basis of already prepared material, consisting of books published by renowned authors like: Bettlheim (1984), Bamberger (2002), Piletti (1991), Kramer (1995), Kaufman (1995), Merisse ( 1997), Smith (1996), Sousa (2007), Costa (2008), Oliveira (2011), seeking to justify the relationships of children with books. Keywords: 1. Childhood; 2. Reading; 3. Learning; 4. Development; 5. Methods and Practices
9
Introdução
O presente estudo busca compreender as contribuições da leitura no desenvolvimento infantil voltado para as crianças de 3 à 5 anos, bem como formas dinâmicas e eficazes em relação ao trabalho com a mesma.
A literatura infantil é fundamental, pois vai além do simples prazer proporcionado em ouvir historias, serve para efetivação iniciação das crianças na complexidade das linguagens, ideias, valores e sentimentos que regem a sua vida.
Justifica se o estudo que diante da realidade social que tem sido comum nas escolas, que por vários motivos não desenvolveu um hábito de leitura entre as crianças ou não se dá o devido valor que a leitura tem no cotidiano da criança pois muito das vezes os pais e ou responsáveis estão sobrecarregados com seus afazeres do dia a dia, não encontram tempo ou não há condições de contar estórias para seus filhos que poderia ser uma forma de fazer a criança em adquirir o gosto pela leitura.
Ao discutir o papel da leitura no desenvolvimento infantil, algumas perguntas se fizerem presentes: Será que é necessário esperar a criança na alfabetização para poder dar oportunidades de uma boa leitura para elas? Ou podemos oferecer leituras diversificadas, contudo educativas as nossas crianças? Que tipos de textos podem oferecer para as crianças? Essas questões formam o eixo mediador dessa pesquisa.
Devemos levantar questões a respeito ao bom incentivo de tornar simples as crianças em leitores assíduos e, sobretudo possibilitar o grande desenvolvimento intelectual, mental e pessoal de cada individuo sem que de alguma forma possa causar dano e sem forçar a barra.
Sendo que a metodologia aplicada para coletas de informações foram através de pesquisa bibliográfica, trabalha-se com autores que discutem questões relativas o papel da leitura no desenvolvimento infantil com crianças de 3 a 5 anos, como: Bettlheim (1984), Kramer (1995), Bamberger (2002),
10
Piletti (1991), Vygotsky (1995), Kaufman (1995), Merisse (1997), Ferreiro (1996), Sousa (2007), (2001), Costa (2008), Oliveira (2011).
Os objetivos que norteiam esse trabalho foram os seguintes: o objetivo geral é buscar a maneira de estimular o prazer pela leitura, oferecer oportunidades de leituras variadas que são fundamentais no processo de alfabetização. E os objetivos específicos, mostrar a importância da leitura na educação infantil; oferecer diversos tipos de leituras as crianças e propiciar condições para desenvolver habilidade futura de produzir textos e leituras coerentes.
O presente trabalho divide se em três capítulos: o primeiro tem como título “Ensino Infantil um Espaço Legal e Educacional de Aprendizagem” faz um breve histórico do aspecto legal do ensino infantil; no segundo tem como título “As múltiplas Formas e Cenários para Desenvolver leitura” retrata de métodos que facilitam e estimulam os alunos a ter o gosto pela leitura; e ultimo capítulo tem como título” Atividades e Práticas de Leituras” mostra algumas contribuições de atividades propostas para efetivação desse aprendizado.
O primeiro capítulo retrata sobre a importância da leitura no ensino infantil, fazendo observação que as crianças quando chega na escola traz uma bagagem de experiências e aprimora seus conhecimentos adquiridos na escola.
São divididos em três subtítulos, como: Legislação legal, que mostra através da LDB o papel da leitura e suas contribuições que são garantidas; a formação intelectual e social dessas crianças nessa faixa etária, sendo que através da leitura prepara o individuo para essa formação intelectual, tendo o gosto por vários tipos de leituras, seja livro, gibi, desenhos ilustrados, e a definição sobre alfabetização e letramento, esclarecendo a diferença entre eles com a participação da autora: Emília Ferreiro, pois a mesma critica a alfabetização tradicional julga a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliações de percepção (capacidade de discriminar sons e sinais, por exemplo) e de motricidade (coordenação, orientação espacial etc.).
11
No segundo capítulo retrata sobre os tipos de leituras que são adequados para trabalhar com crianças do ensino infantil e inserção da leitura no parâmetro curricular nacional e as práticas pedagógicas no cotidiano escolar, são referências que garantem todas as crianças o direito legal de usufruir conhecimentos reconhecidos como necessário para o exercício da cidadania, adaptados as peculiaridades locais, e a autora Ana María Kaufman Chiappini, que tem participado de importantes investigações sobre a psicogênese da escrita, ensino e aprendizagem da leitura e da escrita nas séries iniciais e o referencial curricular nacional para a educação infantil. E o terceiro capítulo refere sobre atividades e práticas de leituras mostrando a seleção das atividades e textos, suas características e aplicação das atividades. Considerando, como a criança aprende e as condições possibilitam essa aprendizagem, autores como Richard Bamberger, Ana María Kaufman e Claudino Piletti.
12
Capítulo 1. Ensino Infantil um Espaço Legal e Educacional de Aprendizagem
A educação infantil no Brasil é resultado de um processo carregado de avanços e retrocessos, realizações compatíveis com as intenções, mas na direção de garantias que vão sendo asseguradas no âmbito legal.
Nesse momento objetivamos situar na educação infantil no contexto histórico brasileiro, visando a uma compreensão de relação existente entre as transformações sociais e o reconhecimento da criança como sujeito de direitos que passa a ser assistida não apenas pela família, mas também pelo poder público e por toda a sociedade. Finalizamos o capítulo tratando sobre a formação intelectual e social dessas crianças e a definição da alfabetização e letramento.
Levando em consideração a autora Emília Ferreiro, pois a mesma critica a alfabetização tradicional julga a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliações de prontidão.
1.1 Legislações Legais
Na Europa e na América, a educação infantil ocorreu no inicio da década de 60 e no Brasil aconteceu por volta dos anos 70. E os principais fatores que contribuíssem para isso é a urbanização e a participação da mulher no mercado de trabalho.
Com a Constituição Federal de 1988, criou o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, no ano de 1990 foi criada dispositivos legais que contribuíram para a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394, de dezembro de 1996, no qual ratifica a educação infantil como dever do Estado e afirma a educação como direitos sociais.
A intencionalidade pedagógica tem definida como ferramenta necessária pedagógica que reconfigurou toda a trajetória da Educação Infantil no Brasil, ofereceu a dimensão pedagógica e política dessa etapa da educação básica no sentido de valorização dos profissionais atuantes e melhores condições de trabalho.
13
É pertinente entender o caminho histórico dos modelos de educação institucionalizada da criança no Brasil para compreender a atual relação social e, sobretudo, reivindicações de políticas públicas educacionais para um entendimento pedagógico nessas instituições. Para o autor Souza, afirma:
“a educação institucionalizada de crianças pequenas surgiu no Brasil no final do século XIX [...] O setor privado da educação pré-escolar, voltado para as elites, os jardins de infância de orientação Forebeliana já tinha os seus principais expoentes no Colégio Menezes Vieira do Rio de Janeiro, desde 1875 e na Escola Americana anterior a isso [...] No setor público o jardim de infância da escola Normal Caetano de Campos, que atendia a elite paulistana, foi inaugurado apenas em 1896, mais de vinte anos depois das fundações iniciativa privada. O jardim de infância da Escola Caetano de Campos, cujo trabalho pedagógico se baseava em Froebel tinha como princípios educativos os conteúdos cognitivos e moral" (SOUZA, 2007, p.15 e16).

[...]