O PAPEL DA EDUCAÇÃO

A virada do milênio é razão oportuna para um balanço sobre práticas e teorias que atravessaram os tempos. Falar de "perspectivas atuais da educação" é também falar, discutir, identificar o "espírito" presente no campo das idéias, dos valores e das práticas educacionais que as perpassam, marcando o passado, caracterizando o presente e abrindo possibilidades para o futuro. Para entender o futuro é preciso "revisitar" o passado.
A educação opera com a linguagem escrita e a nossa cultura atual dominante vive impregnada por uma nova linguagem, a da televisão e a da informática, particularmente a linguagem da internet. A cultura do papel representa talvez o maior obstáculo ao uso intensivo da internet, em particular da educação a distância com base na internet. Por isso, os jovens que ainda não internalizaram inteiramente a cultura do papel, adaptam-se com mais facilidade que os adultos ao uso do computador. Eles já nascem com essa nova cultura, a cultura digital.
A educação atual privilegia a inteligência do homem, em detrimento de sua sensibilidade e de seu corpo, o que certamente foi necessário em determinada época, para permitir a explosão do saber. Todavia, esta preferência, se continuar, vai nos arrastar para a lógica louca da eficácia pela eficácia, que só pode desembocar em nossa autodestruição.É claro que não se trata apenas de aumentar o número de horas previstas para as atividades artísticas ou esportivas. Isto seria como tentar obter uma árvore viva justapondo raízes, um tronco e uma coroa de folhagem. Esta justaposição só levaria a uma imitação de árvore viva. A educação atual só diz respeito à coroa de folhas. Contudo, a coroa não faz a árvore.
Uma educação só pode ser viável se for uma educação integral do homem, segundo a formulação do poeta René Daumal. Uma educação que se dirige à totalidade abeta do ser humano e não apenas a um dos seus componentes.
A educação deveria promover um aperfeiçoamento constante da sociedade cujas metas e técnicas são continuamente reavaliadas e ampliadas, pois uma simples avaliação de das discussões já citadas, indica que a educação tem tarefas diferentes a cumprir diante dos limites e capacidades acessíveis a interação com as fontes de informação e/ou com o sistema educacional de forma que a autonomia do aprendiz através de estudo seja independente e flexível.
Nesse contexto, o papel da educação à distância na política de ensino de línguas funciona (EAD) como um processo educativo que envolve meios de comunicação capazes de ultrapassar os limites de tempo e espaço e considerara à necessidade do desenvolvimento das competências básicas tanto para o exercício da cidadania quanto para o desempenho de atividades tecnológicas/profissionais.
O papel da educação torna-se cada vez mais amplo e voltado para uma escola que priorize a formação de cidadãos. Os avanços tecnológicos e os progressos científicos nos levam, a cada dia, a buscarmos novos caminhos na busca da excelência profissional. Os jovens precisam ingressar no mundo do trabalho e a escola precisa constantemente rever os seus currículos para que os professores sejam orientados cotidianamente sobre o seu papel nesse novo milênio.