O novo e o velho não se confundem, historicamente vimos sociedades e ideologias modernas impregnadas de nacionalismo que ansiavam pela prevalência do Estado como causa e motivo de normas e condutas de toda uma sociedade. Dotando o cotidiano de coletividade e complacência com os mais fracos. Depois da reforma protestante o mundo mudou e prevaleceu assim, a ideia de que o capitalismo seria um sistema mais humanizado, era comum vermos uma visão de que o Estado tinha a obrigação de suprir as relações de mercados e regular as relações financeiras, era o auge do capitalismo com toda a industrialização e tecnicidade.

Todo o processo político no qual se insere as mentalidades econômicas estão sucumbindo diante das contradições e modificações históricas impostas pelos novos burgueses. As políticas são insensíveis aos problemas sociais e existenciais, ficando claro que revoltas já fazem parte do cotidiano.

O mundo é globalizado e a revolta que está acontecendo nos atingem também. Vivemos a globalização, a industrialização tecnológica, o desemprego e o aquecimento global. Mercados estão ofegantes e famintos, resultados de séculos de degeneração do homem e de seus recursos naturais. Criando assim o capitalismo de risco, da incerteza e da imoralidade social e ambiental. Estão destruindo a esperança e o otimismo dos fortes, depois de terem enterrado os fracos!

Somos fracos, não adianta superar o pessimismo produtivo, tecnológico e ambiental se não enquadrarmos a sociedade que vive abaixo da linha de risco em nossas políticas de desenvolvimento e criarmos uma nova mentalidade de sustentabilidade, onde se enquadrarão o ambiente e o social como um só corpo que necessita de tratamento e cura.

Não adianta fixarmos o discurso do paradoxo perfeito, falando de guerras, fome, desenvolvimento tecnológico e de democracia, afirmando que hoje existe um Estado de fato e de direito, e que potências tão fechadas quanto China estão se rendendo e se tornando cosmopolitas, e se abrindo para o mundo, mas, uma coisa é fato, estas nações vivem dramáticos conflitos internos e insuperáveis. Partindo desta perspectiva estamos absorvendo problemas do novo socialismo-radical-capitalizado e criando uma dicotomia social, abrindo espaço para velhos fantasmas e novos dramas.

O princípio da incerteza é sem sombra de dúvida a verdade, relacionando de forma direta o medo com a pobreza cultural, é a crise existencial provocada pelo capitalismo, onde certamente uma pessoa entra para o mundo do crime porque se sente moralmente incapacitada de exercer o seu direito de cidadão. O que causa prejuízo a sociedade é a distância moral e cultural que ele provoca (entre ricos e pobres), anulando a existência dos que tem menos e os explorando de forma predatória, se a violência estivesse ligada diretamente com a pobreza com certeza teríamos um exército de miseráveis a serviço da criminalidade.