O NORDESTE É VIAVEL

Odaci Lima

No Nordeste do Brasil, a conjuntura econômica circula em torno da seca, sem que ninguém possa fazer mais do que torna-la mais resistente a isso. Conseguir essa resistência e associa-la a um desenvolvimento, continuado, é o que nós chamamos de “economia da seca”. Em nosso blog o leitor encontra alguns artigos que dão exemplo de como isto está sendo feito. Mas há blogs e sites, na internet, que podem melhor ajudar a quem deseja aprofundar-se neste tema, entre outros, o Projeto Cisterna, o Projeto Mata Branca, o Jornal da Ciência, o Instituto Agropolos, a SEAGRI-BA e o Site do BNB.
É verdade que nesta Região os índices sociais figuram entre os mais baixos do País, tais como 19,4% de analfabetos e expectativa de vida de 70,1 anos, e que 16 % da população urbana não conta com serviço de coleta de lixo, o que explica a alta mortalidade infantil de 34,4 por mil nascidos vivos. No entanto, alguma coisa tem sido possível fazer, nesta Região, onde a taxa de desnutrição infantil caiu 67%, entre 1996 e 2006, e um leque de possibilidades acena com a esperança de um salto de qualidade no desempenho da economia, tal como o crescimento da classe média. No que se refere à mortalidade infantil, a taxa caiu de 44,7‰ no ano 2000, para 18,5‰ em 2010. Também nesta Região foi onde mais cresceu a classe média, um aumento de 50%, no período de 2004 a 2011, bem superior ao da região Norte, segunda mais beneficiada pela ascensão social dos mais pobres.