O natural engrandecimento da Revolução Francesa por Hobsbawm

 

Introdução

Este artigo tem como objetivo salientar a importância da Revolução Francesa para Eric J. Hobsbawm em seu livro: A era das Revoluções. Através deste artigo, também pretende-se a seguir homenagear o historiador e escritor Hobsbawm.

            A Revolução Francesa é integrante indispensável da era das revoluções, e Hobsbawm com seu estilo ensaístico — a expressão francesa haute vulgarization, seu modo de escrever; claro, cheio de interpretações e exemplos — fez nitidamente transparecer a importância desta revolução para seus milhões de leitores.

            Dentre tantas controvérsias que pairam diante da Revolução Francesa, Hobsbawm dá seu parecer, e diante da autoridade de suas palavras que nos fazem refletir, é impossível não sugar da sua fala tudo que engrandece até hoje a R.F e o próprio país da França.

            O vocabulário nacionalista que corria desenfreado por palavras que solidificassem o ideal revolucionário, constituições e modelos organizativos políticos, técnicos e científicos que atravessaram fronteiras, a luta democrática imbatível contra a monarquia que explorava “seu povo”. Socialista, ecumênica e poderosa, dada no mais poderoso e populoso Estado da Europa: incomparável fenômeno contemporâneo. É assim que Hobsbawm enaltece a R.F. e sendo inglês reconhece a importância das outras revoluções da era, mas aborda o tema da R.F como que admitindo que esta foi uma revolução expansiva, com suas asas potentes que não se delimitava pelas fronteiras territoriais mas percorria todo o mundo,e  assim era sua peculiaridade.

            Se nos perguntarmos o porquê desta repercussão tão grande, Hobsbawm é o historiador que nos responde com veemência: “A França como Estado, com seus interesses e aspirações, enfrentou (ou aliou-se a outros Estados do mesmo tipo, mas por outro lado, a França como Revolução inspirava os outros povos do mundo a derrubarem a tirania e a abraçarem a liberdade)” (Hobsbawm, 2009, pag. 96).

             Este homem romântico e decisivo no saber, só poderia se apaixonar por uma Revolução Romântica, cheia de ideologias libertárias, uma revolução que embora, como qualquer outra tivesse seus inúmeros tropeços, estes não seriam por conta de seus ideais, mas somente por personagens egoístas que neste caso, foram apenas uma pedra insignificante diante do estupor da Revolução Francesa, que abrigava dentro de si não só uma revolução, mas várias. Para Hobsbawm, era a revolução daqueles que ansiavam por justiça, daqueles que depois da derrota contra a fartura e o ganho da fome, agora podiam fazer gritar suas agonias, e inspirar o mundo.

          Conclusão

 Mesmo que não possamos com estas palavras, findar todas as críticas sobre a Revolução Francesa, Hobsbawm em sua eterna vida fez e faz destas críticas a aste para o engrandecimento da mesma. Ele não a mitifica, não a faz ilusória, mesmo mostrando o ideal apaixonado da R.F. como sua principal arma: Ele simplesmente a engrandece naturalmente, com tudo o que acha verdadeiro, e assim, deixa ela continuar sua trajetória automaticamente diante de nossas memórias e heranças revolucionárias.

Nayara Crístian Moraes 

Graduanda-História

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-CAMPUS JATAÍ

BIBLIOGRAFIA: HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções (1789-1848). 24º ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009. A Revolução Francesa