Um instante em que se imagina tudo nesse universo paralelo,
As coisas da vida refeitas.
E me refazer é minha busca inconstante, as vezes sou eu, as vezes nem eu.
Totalmente desproporcional ao que imaginaram pra mim,
Se pensaram que eu seria santa, sou puta, e enquanto pensaram é puta,
Sou santa baby, santa da minha vida.
Então não me venha com ideologias de mim, porque eu sou assim,
E não preciso caber nisso, eu não caibo nisso.
Diga-me apenas o que sou agora,
Não com olhos abertos, mas fechados.
Afinal os olhos abertos enganam com clareza,
E me aceite meu bem, verdadeiramente me aceite.
Porque os dias passam e eu continuo aqui,
Deitada no sofá ouvindo Caetano,
Nada mudou, tudo mudou!
Nada a minha volta, tudo em mim,
Mutante?! Sim, eu sou mutante.
Me transformo no que quero, quando quero,
Enquanto a maioria, se contenta com apenas uma cara, com apenas um mundo,
A maioria se contenta com a idéia do outro, e eu apenas com a minha.
Minha firme e forte opinião de mim.

(Jéssica Xavier)