O Mundo Pós Contemporâneo.

A tentativa do que escrevo nesse artigo é inauguração de um novo tempo histórico, não basta a superação do geocentrismo, do mesmo  modo o antropocentrismo, o que desejo refletir é que para o universo  não existe um determinado  centro.

    Nenhuma reflexão tem base epistemológica nela mesma ou poderá ser entendida a partir de outro centro. O mundo não é uma comprovação veemente de apresentação de verdades, mas um relicário de hipóteses possíveis.  

Tudo é uma complexidade indecifrável, podemos apenas entender as coisas nas suas relações complexas por uma lógica racional aplicada a uma grande intuição, que pode até ter uma inspiração metafísica o que é perfeitamente aceitável, mas não na velha metafísica clássica.  Entender a realidade pela transcendência Divina.

O que estou explicitando, é que nada poderá na sua substancia ultima ser apenas entendido por algum principio empírico, refiro a diversidade complexa, não a realidade próxima  ao que se define pelo método empírico particular. Dois métodos básicos e diferentes, motivações opostas, para o entendimento do mesmo fenômeno.

 A  metodologia indutiva, natural que é possível a observação particular, isso não significa que não tenhamos erros, na individualidade  da observação, mas não  exatamente a esse respeito que estou desejando refletir.  

Raciocínios dedutivos aplicados à lógica formal, o velho método aristotélico, isso significa que não tem o mínimo sentido,  o que representa a  uma convencionalidade, o que se define por essa lógica, falta a ela qualquer perspectiva coerente.

 O  mundo poderá ser entendido pela não informação,  ou desvirtuamento do saber, sabemos as coisas distorcidamente.  Isso é muito prático inclusive nas ciências da natureza, ou naquilo que tem campo muito especifico.

Citarei um exemplo muito lógico, entretanto, apavora a realidade física, o velho conceito desenvolvido por Copérnico e reformulado por Galileu na superação das teorias de Aristóteles.

 Como se a terra girasse em torno do sol.  Entendo essa formulação apenas como uma ideologização política, o que foi fundamental para seu tempo, mas insistir nessa ideologia no presente seria uma  exacerbação epistemológica.

Naturalmente que o conceito associado à mudança foi fundamental, a importância de um erro bíblico, dessa forma descreve se de fato o sol não gira em torno da terra, o que de fato parecia evidente para época, a bíblia não poderia ser palavra de Deus, pressupondo que o mesmo tenha criado o mundo, naturalmente lógico.

O que entendo por tudo isso, o autor das leis da física não poderia desconhecer as leis  da física, assim não sendo seria um falso autor, desse modo a bíblia não poderia ser produção divina.

 Se  mesma é a palavra de Deus, e nela contém erros cruciais o referido não seria tão  sábio, e, não teria como justificar o poder absolutista dos reis.

 Na verdade Galileu tentou fazer uma revolução cientifica mais como resultado surgiu uma revolução política, a mudança do Antigo Regime.

A ciência quando não se volta para o pragmatismo da coisa, ela transforma essencialmente em ideologia, isso tem sido uma luta permanente ao logo da história.

  Um exemplo na biologia, querer que uma coisa seja diferente da mesma coisa, algo muito simplificado, mas que explicarei.   

A questão de uma pessoa ser inteligente e a outra não.  Justifica se pela capacidade do QI, sendo que a mesma formulação determina o direito de alguém ser superior ao outro do ponto vista de direitos de privilegio numa função na sociedade. 

Por duas tradições equivale-se a ideologia, sendo Deus o criador do homem, se fizesse um mais inteligente e o outro menos inteligente, ele não poderia ser Deus, um demônio maléfico. Como na situação específica o homem é a imaginação dessa discriminação, com efeito, Deus não existe.

 Então nesse caso descarta Deus, imaginar que por outro lado, a natureza planejaria alguém ser mais inteligente, é negar com essa proposição,  todo o mecanismo da evolução.

O  que acontece de forma natural, sem prever racionalmente uma ação a respeito da outra. A natureza não é por si seletiva nesse sentido, caso fosse não poderia ser ela mesma.

Então todas essas explicações têm outras epistemologias, é o que estou dizendo, o aspecto da igualdade na natureza e da desigualdade nas ações ideológicas na política.  Todos os homens tem a mesma capacidade.

 Um  cidadão pobre analfabeto poderia ser muito bem ser um astrofísico bem sucedido na NASA em descobertas científicas, e o mesmo astrofísico em referencia um senhor qualquer completamente analfabeto e alienado no mundo real da física.   

O homem é as condições reais que a vida lhe oferece, não se trata de ser aquele determinado homem, trata se de estar em determinadas situações, não existe diferença do ponto de vista daquilo que é da natureza humana.

Bem, o que desejo dizer até aqui, é que tudo substancialmente apesar das diferenças formais  evidentemente  tem o mesmo principio substancial, a composição química de um boi, apesar das diferenças das formas, compõe-se pelo mesmo principio natural das coisas.

 Então dizer que o homem tem uma alma, é simplesmente absurdo, uma pessoa realmente inteligente, culta com o mínimo domínio das ciências em geral não pronunciaria um absurdo semelhante essa proposição. O mundo é e não é o mundo, apesar das sinalizações do contraditório.

Na natureza não existe diferenças substancias, todas elas são formais, nisso Aristóteles estava certo, é nesse aspecto que podemos admitir sua genialidade.

 Tudo é a extensão da mesma coisa, é o fundamento do mesmo principio, uma única razão para ser, do homem sapiens, ao mundo da  virologia,   o que sou hoje é replicação do ato evolutivo mater.

O que serei amanha,  nada mais que a defesa da preservação desse ato, não exatamente na mesma forma, mas na essência do fundamento evoluído do mesmo principio, isso significa que existe uma única lógica na natureza, a qual é realmente importante e que deve ser entendida.

A natureza tem uma única preocupação que é a sua preservação,  não interessa as formas das individualidades, refiro a qualquer pessoa em particular no seu tempo, na formulação da sua história, ou qualquer outro aspecto revelado individualmente da manifestação real da natureza.

Veja o que devo explicar a volta permanente para a mudança de Estado, tudo que existe deve mudar se de configuração química, na defesa da mesma essência, ou seja, o revigoramento da natureza, ao fazer ser, da mesma forma, substancialmente do princípio do  primeiro átomo.

Então a única coisa que tem como finalidade em prevalecer é ela mesma,  na modificação formal dela, nas apresentações particulares dessa manifestação, é o que reflito com coerência.

 Tudo  mais poderia dizer é um subproduto desse aspecto fundamental e correto  na prevalência da realidade material, nada mais é além disso, que o escrevo e fundamental necessário  com a lógica intuitiva e formal.

Então significa que devo negar os aspectos da diferença como criação da imaginação pejorativa, o objetivo é o domínio, o desejo de subordinar alguém, para o mundo, e, sobretudo em referencia suas manifestações.

 As coisas desiguais são determinações ideológicas, não existe um centro em que deve ser visto como fundamento para o entendimento das demais coisas. O mundo é atípico mesmo, seja qual for sua imagem prevalecente.

Apenas a continuidade a representação da mesma, numa lógica dialética de princípios supostamente opostos. O que somos é esse momento na manifestação da complexidade de certo modo não muito real, mas apresentado como se fosse e dessa maneira entendemos.

O mundo da imaginação é a ilusão permanente do ofuscamento dos nossos olhares metafísicos na aplicação das ciências da natureza, o que devo dizer de  tudo isso a não ser um paradigma do engano.

 Como  aconteceu com Copérnico, Galileu, para não dizer de tantos outros, entre muitos deles, os da chamada física moderna, o que seria de certo a teoria da revelação da força gravitacional em Newton, ou, a relatividade de Einstein, o principio da incerteza em Heisenberg.

 Por ultimo o principio da refutação em Popper, para finalizar essa loucura toda, a mundo reina por uma única lógica imperceptível a razão do nosso tempo.

 Isso  porque a distorção é  peremptoriamente  histórica e transformou em ideologia, fazendo uso das ciências modernas. O mundo é muito mais alienado do que sua possibilidade da ignorância.

Edjar Dias de Vasconcelos.