Atravessamos momentos de turbulência. Mudanças meteóricas nos deixam ansiosos, sem perspectivas. Não sabemos, muitas vezes, o que é certo ou errado. O mundo está fora de esquadro. Nossas balizas, adquiridas na infância e adolescência, são meras figurinhas que fazem parte de um álbum amarelecido e jogado e que não tem mais importância na biblioteca da vida.

Virada de século, de milênio. Para muitos estudiosos é natural esta inquietude do ser humano. Justifica-se. Pretexta-se de tudo. Os valores mudaram, temos que acompanhar o bulício dos tempos!

Tudo isso faz parte da vida moderna. Os clichês se imortalizam. "Dinheiro não traz felicidade, manda buscar" ou "Dinheiro não é tudo, mas é cem por cento. Sofregamente ansiamos salpicos de notoriedade. Enquanto buscamos nos inserir no contexto social somos incinerados, reduzidos a pó. É a lei do mais farto é a lei do mais forte. O que fazer?  Já estamos fazendo. Apelando pra  Ele, através de vários caminhos. Uns tendo como baliza as "figurinhas de outrora, outros, valendo-se das "figurinhas virtuais".

Nesta procura desenfreada por Deus, quase sempre somos vítimas de ciladas e de embustes. Nossa capacidade de distinguir e de discernir o bem não acompanha a voracidade dos fabricantes de igrejas e de seitas. Nossa estreiteza mental se acentua diante da avalanche retórica de pseudopastores e de mentores espirituais.

Aqui, está muito difícil saber quem inspira confiança!
Aqui, está muito fácil saber quem conspira nossas finanças!

Trocadilho à parte, acreditamos que a mercantilização da nossa alma seria amenizada com o bom senso, mas bom senso requer educação no seu sentido lato. E isso é que não temos ou não queremos ter.