Chama-se de modernismo, ou movimento modernista, o conjunto de escolas e estilos que prevaleceram nas artes e no design durante a primeira metade do século XX. Apesar de ser possível encontrar diversas semelhanças entre os vários movimentos, eles em geral se diferenciam e muitas vezes se antagonizam.

O movimento modernista baseou-se na ideia de que as formas conservadoras e tradicionais das artes plásticas, literatura, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que era importante que fossem deixadas de lado para dar lugar a uma nova cultura. Esta constatação apoiou a ideia de reexaminar cada aspecto da existência do ser humano, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seria “tradicional” e substituir essas coisas o quanto antes por novas formas, se possível, melhores. Em essência, o movimento argumentava que o que era novo era também bom e belo.

O modernismo é sinônimo de contemporaneidade, embora as palavras moderno e contemporâneo abranjam contextos diferentes. O que era novo atraía os olhos modernistas. Nas artes plásticas, uma tabela de cores diversificada dava originalidade às obras de artistas como Tarsila do Amaral e Di Calvacanti.

No Brasil, o modernismo tem seu marco inicial com a Semana de Arte Moderna de 1922, realizada no Teatro Municipal de São Paulo. A Semana foi organizada por um grupo de artistas formado por pintores, músicos e escritores que tinham o sonho de trazer as influências das vanguardas europeias à cultura brasileira. Muito mais que trazê-las, eles esperavam que o novo fosse aceito e assimilado.

Essas correntes europeias expunham na literatura as reflexões dos artistas sobre a realidade social e política vivida. Isso causou estranhamento ao público que costumava comprar o Romantismo, já que esse movimento ao qual eles já estavam habituados era despreocupado socialmente e só retratava o que era belo.

Em paralelo à ruptura, não se pode negar o desejo dos escritores de aglutinar o passado como fonte de criação, não como norma para se criar. Como manifestações desse desejo por ruptura, que ao mesmo tempo respeitava obras da tradição literária, temos o Manifesto Pau-Brasil, o livro Macunaíma, o retrato de brasileiros por Tarsila do Amaral, o livro Casa Grande e Senzala, dentre outras expressões artísticas.