O Método Determinista na Contemporaneidade

RESUMO:

Este artigo discute os novos paradigma do determinismo geográfico contemporâneo, tendo como base teórica o determinismo em Friedrich Ratzel.

PLAVRE-CHAVE: Determinismo geográfica, conteporâneidade.

Francisco Ferreira Cutrim

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Sou Professor de Geografia da rede pública de Ensino do Estado de São Paulo,lecionando no Ensino Fundamental é Médio.Pós Graduado em Docência para o Ensino Superior. 

A Geografia do século XIX foi muito marcada pelo determinismo, com trabalhos desenvolvido princípios metodológicos na qual tornou está ciência explicativa e não mais apenas reduzida á tarefa da descrição.O determinismo geográfico considera a influência exercida pelas condições naturais na vida do ser humano.

Um intelectual que se destacou no segundo quartel do século XIX, defendendo esta teoria foi Friedrich Ratzel, com sua teoria Lebensraum (espaço vital).

“O historiador francês Lucien Febvre considerou Ratzel como determinista geográfico; porém, suas críticas desqualificaram o geógrafo alemão quase sem contribuir construtivamente para a ciência geográfica”.[1]

O determinismo geográfico foi muito discutido no meio acadêmico, chegando até mesmo ser banido do debate por ser algo que não tem muito haver com a nossa dinâmica diária de vida. Só que, se notarmos em nossa dinâmica no nosso dia-a-dia chegaremos a conclusão que sim esse principio metodológico está presente, e estamos submisso a esta teoria que encontra-se ramificada e embutida em um quadro geopolítico mundial e local.

Outros fortalece a idéia que o determinismo é algo que o homem é dirigido pelo meio natural como:

  A idéia popular de que certos grupos nacionais ou regionais seriam preguiçosos devido aos efeitos do clima quente sobre a disposição física das pessoas exemplifica esse tipo de raciocínio, pois expressa uma relação direta de causa e efeito entre clima e comportamento. Em Ratzel, porém, a adaptação do homem ao ambiente é entendida sob a ótica da utilização de recursos naturais para a reprodução dos elementos materiais da cultura, o que muda completamente o sentido da interpretação. Esse autor entendia que o ambiente interfere no desenvolvimento de uma sociedade na medida em que pode oferecer melhor ou pior acesso aos recursos, atuando assim como estímulo ou obstáculo ao progresso. As leis que governam a história humana são, assim, produtos de um processo dinâmico e permanente de adaptação ao ambiente, e não um resultado direto da ação de fatores naturais, como o clima ou o relevo, sobre os homens[2].

A idéia que certos pensadores e geógrafos tem do determinismo é essa, em que o ser humano tem sua dinâmica de vida moldada pelo clima ou por fatores naturais.Só que hoje em dia somos moldados pelo âmbito da política , que é um espetáculo de estratégias deterministas na qual a pessoas não entende ao certo a sua essência e se entende não enxergam, é um termo que denota significado distinto ao longo do tempo e do espaço  conceito  esse que ganha, embates teóricos acirrados e questionamentos.

Posso relacionar alguns exemplos de determinismo geográfico no cenário mundial e local, como:

 A função coercitiva do Estado, em especial quanto à relação entre a implementação das decisões políticas em que  às diversas modalidades de aquisição e de manutenção de influência e controle político de grupos sociais sobre outros grupos  e das interações dos valores políticos existentes no seio da Sociedade; 

A estratégia global de fabricação das grandes empresas que pode produzir os componentes de um produto num país , fazer a montagem final num segundo país , e vender esses produtos em um terceiro país , e assim por diante  em que encontra-se não determinada pelo natureza e nem pelo espaço, mas que nos determina a algo que é um tanto quanto difícil escolha. 

Com isso,a nova face do determismo geográfico está no âmbito da Política e do Poder Político e das grandes corporações hegemônicas que determina a dinâmica  das pessoas, em que nos passa uma falsa imagem de possibilidades diversas do ato de viver e fazer, no entanto, há algo muita mais complexo que nos limita ao determinismo e não sendo mais algo relacionado ao clima ou coisa parecida  e que nos coloca num processo dinâmico e permanente de adaptação. 

Bibliografia:

1- José William Vesentini, "Controvérsias geográficas: epistemologia e política", Confins, revista franco-brasileira de geografia, No 2,1o semestre de 2008.

2- Luis Lopes Diniz Filho. Fundamentos epistemológicos da geografia. 1. ed. Curitiba: IBPEX, 2009 (Metodologia do Ensino de História e Geografia, 6), p. 61-62.