O medo dos segredos.

Como dominar a vontade.

Indelével.

De um belo encantamento.

O que se deve fazer.

Quando a loucura domina a razão.

O palúrdio tempo desvanecido.

Ignorar a intensidade.

Que percorre a intuição.

 O  inexorável sonho.

Só de pensar.

Percebe-se que não tem solução.

Um sinal profundo.

Que sente as emoções. 

O que se deve dizer.

A ironia do destino.

Anos inteiros.

Que passaram.

Sem saber viver.

O precípite prazer.

Como se fosse possível.

A doce ilusão.

O eterno medo.

Da possível sintonia morfológica.  

Perfeita precessão.

A recordação.

De pertencer.

Até poderia ser.

Sem saber explicar.

As sensações do mundo.

Sem entender.

A imensurável.

Vontade da realização.  

Sei apenas da explicação.

Dos sinais perdidos.

Da prodigalidade sensorial.

O olhar incompreensível.

Do magnífico delírio.

Se estivesse naquele momento.

Imprescindível.

A história seria diferente.

Resoluta.

Não teria medo das noites escuras.

Muito menos do brilho do amanhecer.

Se tudo tivesse sido realizado.

O mundo com certeza seria outro.

Não restariam tantos sintomas.

Mas o tempo passou.

Inexoravelmente.

Quase ninguém entendeu.

O soluço soçobrado das tonalidades.

Do azul indefinido no espaço.

A geografia da mente.

Sem tautocronismo.

E a ideologia do saber.

Se tivesse o tempo nas mãos.

O mundo seria outro.

As ilusões não seriam permanentes.

Mesmo assim.

Diria ao encantamento.

A sapiência do saber.

O tempo passou.

A imaginação também.

O que teria que dizer.

A não ser te contar um grande segredo.

Mas sumiram as palavras.

Desapareceu a lógica.

O que restou apenas.

 Um imenso desejo.

Peremptório.

Mesmo na distância do tempo.

Posso revelar a você.

 A  única intuição.

 Ela é absolutamente metafórica.

Entenda o silêncio das palavras.

O grandevo etimológico.

 Das raízes incompreensíveis.

Ao mundo do desejo.

Do solerte  entendimento  indutivo.

Edjar Dias de Vasconcelos.