Roberto Ramalho é Advogado, Relações Públicas e Jornalista, além de Blogueiro do Além Tempo Real.
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O caso do famoso médico Roger Abdelmassih, acusado por sessenta e cinco mulheres já procuraram a Polícia Civil afirmando terem sido vítimas de stupro causa nojo, aberração e constrangimento para essa mulheres que tentaram fazer inseminação artificial In Vitro na sua famosa Clínica particular e que cobrava honorários em dólar.

Ele está preso em São Paulo, desde o dia 17 de agosto, acusado de estuprar todas essas pessoas, a maioria ex-pacientes.
Quem afirma categoricamente isso é a delegada titular da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, Celi Paulino Carlota, segundo informou domingo, dia 23 de agosto, a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo.

O médico que é um famoso especialista em reprodução assistida,  está preso no 40º Distrito Policial em Vila Maria, capital paulista. O advogado dele nega as acusações. Porém contra fatos não há argumentos segundo esse princípio consagrado do direito pátrio.

Segundo informações da imprensa televisionada, especialmente do repórter Paulo Henrique Amorim, da Rede Record, no Programa Domingo Espetacular exibido nesse domingo, dia 23 de agosto, quando  entrevistou várias das vítimas estupradas pelo médico, as informações e os relstos chocam e causam constrangimento as vítimas.

A secretaria de Segurança Pública de São Paulo informa que a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher afirmou ter relatado um primeiro inquérito à Justiça com 61 vítimas do médico. Desse número, a Justiça aceitou a denúncia contra 56 mulheres, feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), do Ministério Público. Os depoimentos das vitimas foram a base do inquérito da polícia e da denúncia da Promotoria.

A denúncia do Ministério Público foi aceita pelo juiz Bruno Paes Stranforini, da 16ª Vara Criminal da Capital. O Poder Judiciário só abriu processo criminal contra Abdelmassih por estupros porque, pela nova lei, o ato sexual não precisa ser consumado para se caracterizar o estupro.

Segundo informações da imprensa na mesma decisão do juiz, também foi decretada a prisão preventiva do médico. Como o relator do habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo indeferiu o pedido de liminar, a defesa tentou no STJ obter a liberdade de Abdelmassih, mas também não conseguiu.  O ministro Felix Fisher, do STJ, negou, no entanto, na noite de sexta-feira (21), a liminar em que o médico pedia para aguardar seu julgamento em liberdade.

O advogado José Luís de Oliveira Lima, que representa o suspeito, Dr. Abdelmassih, disse na tarde de segunda, dia 17 de agosto que a prisão de seu cliente é “manifestamente ilegal”.

Segundo informou a assessoria da Secretaria da Segurança, a delegada Celi afirmou que "no primeiro inquérito, já relatado à Justiça, constam 61 vítimas. A partir da nova denúncia do Ministério Público, feita em 17 de agosto, a delegada informou que instaurou um novo inquérito policial, em 18 de agosto de 2009. Até o momento, a delegada disse que outras quatro mulheres a procuraram afirmando terem sido vítimas do médico.”
Segundo  a imprensa noticiou, Roger Abdelmassih teve o registro da profissão suspenso por tempo indeterminado. A medida foi adotada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), após reunião com os integrantes do órgão na terça-feira, dia 18) de agosto.

A Clínica e Centro de Pesquisa Abdelmassih, emitiu uma nota  divulgada na quarta-feira, dia  19 de agosto, afirmando que mantém padrões éticos e legais nos procedimentos médicos realizados em suas pacientes. O centro médico é gerenciado por Abdelmassih, que tem 65 anos.

O médico também é investigado por suposta manipulação genética. Ele foi indiciado em junho pela Polícia Civil, sob suspeita de estupro e atentado violento ao pudor. O Cremesp abriu 51 processos ético-profissionais contra o profissional.

É preciso também que as mulheres alagoanas que se submetem a tratamento de fertilização in vitro com médicos em alagoas prestem bastante atenção se nenhum deles estão praticando os mesmos atos desse médico paulista que está preso e teve o seu registro suspenso pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo.

Não quero insinuar e afirmar com isso que os médicos de Alagoas estão fazendo isso também. Mas é preciso tomar bastante cuidado com os tarados e seus maridos devem fazer o acompanhamento das suas esposas quando se dirigirem a esses consultórios médicos especializados em fertilização in vitro.

As provas contra esse médico paulista de nome Roger Abdelmassih, um profissional de renome internacional são irrefutáveis e o Ministério Público de São Paulo a quem cabe a ação penal, tem provas e subsídios suficientes para processar o médico que ainda se encontra preso.