Eva Caroline de Sena Castro[1]

Vanessa Andrielle dos Santos Silva[2] 

Resumo: O objetivo desse artigo é apresentar a concepção do matrimônio na Idade Média e o amor nesse período, as formas de cerimônias, os rituais e as comemorações que ocorriam na época. Constitui também como objetivo de análise a posição da mulher na sociedade medieval, o papel da família no enlace e principalmente o controle social da Igreja Católica. Tendo em vista tratar a sua evolução histórica e importância, foi efetuada uma relação com a visão da sobre o casamento. 

Palavras-chave: Casamento; sexo; mulher; Igreja Católica.

Introdução

A origem da palavra matrimônio provém do latim matrimonium, de matrem, mater + muniens, significando a proteção da “mulher-mãe” pelo “marido-pai”, ou ainda, a união de dois formando uma só matéria. O vocábulo casamentum, do latim medieval, fazia alusão a cabana, moradia, assim como ao dote de casamento que se referia a posse de terra, oferecido tanto pelos reis e senhores feudais aos seus criados, quanto pelos mosteiros às filhas de seus fundadores. O casamento nem sempre foi uma união jurídica feita a fim de constituir uma família, um lar, mas principalmente um jogo de interesses que visava o poder e acessão social.[3]

O que se entende hoje por casamento se deve a uma construção histórica e social de um pensamento que foi moldado com o passar do tempo. As conceituações variam por inúmeras vertentes como por exemplo: religiosa, jurídica, espiritual, moral, filosófica, científica e econômica. Caracterizada por uma conveniência pública entre dois seres que decidem manter uma união estável.

Contudo toda essa ideia que se tem de casamento não se enquadra ao que se pensava, ou se impunha, na Idade Média. Um período conhecido como Idade das trevas, cheio de batalhas, conflitos, pestes, derramamento de sangue e uma estratificação social baseada no sistema feudal controlada pelo poder outorgado a Igreja, influencia de várias formas o pensamento da sociedade sobre o casamento. Porém antes de a Igreja ser detentora desse monopólio o que se pensava a respeito de matrimônio era simples e objetivo. Ele não passava de um acordo familiar e de uma comemoração entre famílias que consentiam aquele ato.