Alexandra Paula Cyrino dos S. Souza.

Texto: 

O MANISFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA (1932) 

A educação no Brasil é, sem dúvidas, um problema real, preocupante, passível de questionamentos e de ações que promovam sua evolução e seu pragmatismo, distanciando-a do empirismo que a pauta; contudo a superficialidade do conhecimento à educação e as questões gritantes que necessitam serem resolvidas parecem ser o que sobressai a causa. O desconhecimento da essência destas causas, que são responsáveis pela deficiência no resultado ao objetivo primeiro da educação, enquanto processo de  formação e emancipação do sujeito, fazem com que esta, não consiga desenvolver-se dentro de uma visão social e humanística. Mesmo assim, os ideais que projetam um “boom” na educação, motivam um movimento de reconstrução educacional que se inicia no ano de 1932. Deste movimento emanam transformações às práticas educativas e ao processo como um todo. Mas isso, não resulta em ascensão à educação, visto que , esta necessita de uma reforma social global e dinâmica apontada, tão somente, para os interesses educacionais. 

A educação se concretiza através da compreensão do processo de concepção de vida existentes no âmbito social e cultural, dentro de um contexto globalizante. Fora disso, as reformas parecem, muito mais, fragmentar as práticas e maquiar seu processo de evolução.

Neste plano de reconstrução educacional o modelo de escola tradicional  em que o educando é “modelado exteriormente” é substituído por uma escola onde o saber é construído juntamente com o educando, numa linha de ação e reação onde estes crescem de “dentro para fora”. Assim, a educação nova trazida por este movimento propõe oferecer ao educando um “lugar de destaque”, respeitando as diferenças e atendendo a singularidade do ser; Nesta nova proposta as diferenças constituídas pelos grupos ou classes sociais, são vistas como elemento determinantes às práticas educacionais.

Para que a escola, enquanto instituição formal de ensino, consiga empregar esses ideais, é necessário que esta se organize de acordo com a região e com a comunidade a qual pertence, oferecendo assim meios para desenvolver-se dentro desta perspectiva, ou seja, a escola será reorganizada como um “mundo natural e social embrionário”, como bem é colocada no texto. Percebendo a escola como um organismo vivo, evidenciamos a importância desta, de integrar família e alunos , independentes de niveis de escolaridade, em prol do aproveitamento e do crescimento intelectual.

Reformas como essa, encontra diversas barreiras que dificultam a sua elaboração , contudo, este processo não deve ser interrompido dando vazão a indiferença, a exclusão e ao preconceito, pois deste, depende o avanço da nação em busca de uma sociedade mais justa, desfrutando da cidadania em plenitude.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 

http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf